Rui Veloso tem razão, pelo
menos no que foi publicado no DN (versão online gratuita, é um
desperdício pagar mais pelo jornal do que o que se paga pela música).
É muito
difícil para mim aceitar a realidade do país. Fico à espera que isto um dia
tenha compostura e volte aos valores básicos da vida.
Também sinto isso. A realidade
do país é uma cambada de pendurados no Estado, sempre com a lâmina encostada ao
pulso, com a ameaça de “vou cortar”, como se alguém quisesse mesmo saber ou,
pior, como se a reacção ao corte não fosse o aplauso generalizado dos
contribuintes. Eu próprio espero que isto tenha compostura e que um destes dias
se volte aos valores básicos da vida como, por exemplo, não nos humilharmos com
lâminas no pulso a tordo e a direito.
… perdido
algures nestes últimos 30 anos de grande confusão e de desrespeito total pelos
portugueses.
Tecnicamente foram 40 mas
admito que a crise de 1983 já seja demasiado longínqua.
A música é
para todos, mas nem todos são para a música.
De acordo. Os concursos
televisivos são ridículos. Lá porque um gajo consegue cantar não quer dizer que
possa fazer carreira na música. É como aqueles cursos para professores: existem
mas não significa que vão leccionar. Como os sociólogos (e daí, talvez estes
sejam maus exemplos).
É natural
que os portugueses estejam baralhados e que adotem comportamentos próprios de
quem foi cobaia.
De acordo. Os portugueses
estão baralhados. O problema parece ser sempre o mesmo: acharem que alguém se
importa que andem de lâmina encostada ao pulso a gritar “agarrem-me que eu
corto”.
É uma
procura para voltar às raízes e uma reavaliação – que todos fazemos numa
determinada altura de modo a saber o que a vida realmente é.
Também concordo. Se um
criativo reescrevesse essa frase e a colocasse com uma imagem de uma criança a
soprar um dente-de-leão com os pés num rio, todos faríamos like no Facebook.
Título e Texto: Vitor Cunha, Blasfémias,
11-08-2014
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