A Embraer está otimista com a
possibilidade de vender seus E-Jets para a portuguesa TAP, adquirida pelo
consórcio Gateway, integrado pelo empresário David Neeleman, dono da brasileira
Azul.
"Nossos parabéns ao David
e acreditamos que haja um bom espaço para aeronaves E-Jets na TAP, seja em rotas
com menor densidade de passageiros, seja em rotas que podem oferecer sempre
mais freqüências e melhores serviços aos passageiros", disse Paulo Cesar
Silva, presidente da Embraer Aviação Comercial.
A TAP tem 77 aviões, sendo 61
Airbus e oito aeronaves da Embraer. Os modelos da fabricante brasileira voam na
Portugália Airlines (PGA), de aviação regional.
A Azul opera hoje a maior
frota de jatos E195, de 120 lugares, no mundo, com 60 unidades. Em maio deste
ano, a companhia confirmou uma encomenda firme de 50 aeronaves do modelo de
nova geração - E-195 E2 - e outras 20 opções, um negócio da ordem de US$ 3,2
bilhões, segundo o preço de lista das aeronaves.
A frota da Azul é composta
hoje por 82 jatos Embraer e ainda aguarda a entrega de outros seis E195.
Desde que entraram em serviço,
em 2004, os E-Jets da Embraer, família de aeronaves composta por quatro modelos
de 70 a 130 assentos, já receberam mais de 1.500 pedidos. Deste total, 1.100
foram entregues para 70 companhias aéreas em 50 países. A América do Norte é o
principal destino dos E-Jets da fabricante brasileira, respondendo por quase
50% das suas vendas de jatos comerciais.
Com mais de 50% das vendas e
60% das entregas do mercado mundial, os jatos regionais fabricados pela Embraer
se destacam pela combinação de custo operacional atrativo e cabines ergonômicas
e espaçosas, com dois assentos por fileira.
Em 2013, a empresa lançou a
segunda geração de aeronaves comerciais, os E-Jets E-2, que já contam com 242
pedidos firmes, além de 348 opções e direitos de compra. O primeiro avião E2
está previsto para ser entregue em 2018. A Azul opera hoje a maior frota de
jatos E195 no mundo.
A expectativa da Embraer é que
os jatos regionais sustentem a eficiência das companhias aéreas em operações de
alimentação de tráfego nos grandes aeroportos e atuem de forma complementar aos
aviões de maior porte, de corredor único. Desta forma, a empresa acredita que
os E-Jets estariam bem posicionados para incentivar o desenvolvimento de novos
mercados de média densidade com menores riscos.
A principal mudança que será
incorporada nos jatos E2 em relação à atual família está relacionada ao motor.
A Embraer selecionou as turbinas da Pratt & Whitney, que prometem uma
economia de consumo de 16% e uma redução de 20% nos custos de operação das aeronaves.
Título e Texto: João José Oliveira, UOL
Economia, 12-6-2015
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