Hermínia Saraiva
Humberto Pedrosa e David Neeleman, foto: José Sena Goulão/Lusa |
A liderança é de Humberto
Pedrosa, mas o palco pertenceu ontem [quase] integralmente a David Neeleman. O
empresário, dono da brasileira Azul, está no negócio da aviação desde 1995, um
currículo que serve de argumento para que tenha tomado a dianteira na
explicação da estratégia do Atlantic Gateway, o consórcio que ontem assinou com
o Governo português a compra de 61% do capital da TAP. E até nas questões
dirigidas directamente a Humberto Pedrosa, David Neeleman fazia questão de acrescentar
um aparte, uma conclusão. A última palavra foi ontem sempre dele.
Apesar da dinâmica da
conferência de imprensa que se seguiu à assinatura do contrato de compra e
venda, David Neeleman voltou a sublinhar que quem controla a TAP é Humberto
Pedrosa, o português dono da Barraqueiro e que, como o Económico avançou,
controla 50,1% do consórcio, um número mágico na hora de Bruxelas decidir se a
privatização cumpre todas as exigências de Bruxelas. "Eu estou falando
mais porque tenho mais conhecimento da aviação", garantia ontem de manhã
David Neeleman, sublinhando que "o Humberto é controlador, tem mais de 50%
da empresa". E o norte-americano garante que vão "cumprir todas as
regras" e que não vão pedir "para a Comissão Europeia dar um
jeitinho".
A apresentação repetir-se-ia
algumas horas mais tarde, numa reunião que juntou perto de 250 quadros da
companhia aérea na sede da empresa. A diferença, diz fonte presente no
encontro, foi a postura de Humberto Pedrosa, que terá mesmo chegado a
emocionar-se enquanto falava do seu compromisso para com a companhia aérea.
"Foi emotivo", conta a mesma fonte, e já a terminar terá dito que só
lamenta não ter já 40 anos "para poder ter mais tempo para ver o resultado
desta aposta".
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