Almir Papalardo
Como um cidadão prejudicado
entre outros milhões por essa política lesa-aposentados, sinto-me no direito de
dar-lhe a seguinte resposta, sem querer ser insubordinado ou desrespeitoso,
usando apenas o direito de expressar-me como preceitua a nossa Carta Magna:
– Saiba deputado Eduardo Cunha, vossa
excelência perdeu uma ótima oportunidade de ficar calado. Ao contrário do que o
senhor disse, a Câmara dos Deputados prestou um relevante serviço, um dos mais
justos que já surgiu ultimamente.
Eduardo Cunha, foto: Fabio Rodriguez Pozzebom/Agência Brasil |
A Câmara que agora merece ser aplaudida,
estava em falta com a categoria de aposentados, por obstruir indevidamente seus
projetos, porque, afinal de contas, também merecemos usufruir de uma justa e
digna cidadania, com os mesmos direitos de ter seus projetos analisados e
votados, como é praxe usada para todos os demais projetos, de todas as outras
categorias de cidadãos.
Vossa Excelência não leva em
consideração que os aposentados do RGPS, aqueles que por força de suas maiores
contribuições conquistaram uma aposentadoria um pouquinho melhorada, estão há dezessete
anos sofrendo uma preconceituosa discriminação, sem ter aumentos reais e sim
perdas verdadeiras, crescendo feito rabo-de-cavalo, arcando com percentuais de
aumento inferiores ao que é dado à correção do salário mínimo, não acontecendo
o mesmo com dois terços dos outros aposentados do mesmo regime (?!).
Nossos proventos já foram degradados em mais
de 80%! Que estapafúrdio critério é este de atualizar as aposentadorias com
dois percentuais diferentes? Vocês que negam direitos aos aposentados
prejudicados, são os primeiros a descumprirem o Estatuto do Idoso! Se esquecem
por conveniência que o aposentado que ganha uma merreca um pouco acima do piso
mínimo, não tem culpa alguma dos cofres da Previdência serem mal administrados!
Alegam que a Previdência
Social irá quebrar se for feita justiça àqueles aposentados. Blasfemam que se
essa medida for aprovada, o governo terá suas contas oneradas em nove bilhões
de reais, passando a Câmara dos limites aprovando aquela necessária e
justíssima medida.
Se esquecem e não ficam
ruborizados de vergonha, se considerassem que o governo irá injetar vinte
bilhões no BNDES para serem desviados para outros países e, que tencionam ainda,
construir um shopping dentro da Câmara dos Deputados, um gasto desnecessário
que em nada irá favorecer a nação e que custará a princípio, um bilhão de reais!
Se esqueceram que foram
desviados dos cofres da Previdência 3,5 TRILHÕES que nunca retornaram aos
cofres da Previdência. Agora não é justo que os aposentados sirvam de bode
expiatório, ou válvula de escape, para que o governo possa equilibrar suas
contas, sempre mal administradas e escoadas pelos ralos da gastança inútil!
Crianças e idosos deveriam ser
os últimos brasileiros a serem atingidos por medidas impopulares, quando o
governo fosse obrigado a adotá-las…
Respeitosamente,
Almir Papalardo, 28-6-2015
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