sexta-feira, 26 de junho de 2015

Nova Atitude

Thomaz Raposo
As tentativas amadorísticas nas áreas econômicas do nosso BRASIL desde o tempo do Collor somadas às posteriores do plano cruzado geraram um desconforto econômico às empresas de aviação e muito mais à VARIG, pois a equipe econômica que gerou a solução que veio a fortalecer a moeda nacional não teve continuidade no governo do presidente Lula e outros interesses vieram a eliminar de vez a VARIG do mercado mundial e nacional.

Os fatos acima até o dia de ontem, foram tratados observando tais ocorrências de forma esparsa sem se dedicar realmente na obtenção na regularização dos direitos dos trabalhadores da VARIG e seus aposentados do fundo AERUS, eis estes fatos que somente ocorrem no BRASIL, possibilitaram a lei de recuperação judicial vir a ferir as leis de rescisões trabalhistas, o que perdura até os dias de hoje de forma irresponsável com grandes prejuízos para a grande família VARIG.

A demonstração clara da participação nos graves prejuízos e falta de fiscalização por parte da Secretaria de Previdência Social, SPC, atual PREVIC, veio a permitir que a base financeira  principal do AERUS viesse pouco a pouco a ser desconstruída pois um cálculo atuarial feito para perdurar até o ano de 2012 foi aceito pela SPC através de uma interrupção abrupta em 1991, acreditamos por suposições para atender a interesses das empresas de aviação visto os prejuízos tarifários que vinham da era Collor, enfim, a receita perdida de vinte e um anos causou um verdadeiro estrago no AERUS, pois visava vir a suportar aposentadorias que começaram a ocorrer a partir de 1987 com apenas cinco anos de contribuição.

Em paralelo com uma demonstração clara de ineficiência governamental da época também foram permitidas inúmeras renegociações entre o AERUS e a VARIG o que não era permitido pela lei 109 da previdência complementar e que durante a recuperação judicial ficou claro e aceito pela justiça e governo em uma garantia real em uma ação denominada de ação TARIFÁRIA que a VARIG obteve sucesso em 2014.

Nos últimos anos a falta de compromisso do governo para com os funcionários demitidos e o AERUS persistem de diversas formas, visto que conhecidamente as leis brasileiras permitem postergações e mais postergações a fatos declaradamente comprovados, pois no caso da chamada terceira fonte existia um compromisso, acordo no qual a receita de três por cento da receita voada seria destinada ao fundo AERUS até 2012 e por uma falha da lei 109 que permitia a nomeação de presidente de fundos de previdência complementar pela empresa participante o AERUS, este somente veio a reclamar seus direitos judicialmente em 2003, pois havia conflito de interesses entre o presidente e diretor da VARIG na área de recursos humanos que eram a mesma pessoa.

Durante os últimos nove anos buscamos através de ações, solicitações e através da PREVIC e interventores uma solução para os aposentados e observamos a continuidade da falta de compromisso inclusive com nossos irmãos que demitidos não receberam nem suas poupanças junto ao AERUS nem suas rescisões trabalhistas.

Ontem fizemos uma primeira reunião na APRUS com o objetivo de construir um processo que analisando todos os fatos permita uma reclamação junto a COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS, que é o primeiro passo para que a CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS venha a interceder junto ao governo brasileiro para a justa solução para todos os nossos problemas.
Título e Texto: Thomaz Raposo, APRUS, 26-6-2015




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2 comentários:

  1. Amigos, acrescento ao texto que repasso, a minha compreensão. Fortalecer a moeda nacional em nada ajudou a evitar que o governo, na época, mantivesse o compromisso de manter as empresas aéreas ativas. Ao longo de governos e sucessões não se conseguiu força e fôlego para evitar ações nocivas aos trabalhadores e às empresas, culminando no caos a que estamos expostos.
    Dayse Mattos

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  2. Estamos perdidos em meio a atitudes confusas, falaciosas e manipuladas por uma sucessão de governos que primam em nos prejudicar sobremaneira. A estatística não mente: enquanto esperamos ATITUDES que beneficiem a categoria dos aeronautas e aeroviários aposentados e da ativa – VARIG e TRANSBRASIL – muitos dos nossos colegas estão morrendo, cometendo suicídios ou se afundando em uma depressão mortal.

    Da minha parte, a partir de agora, publico a minha adesão ao movimento liderado pela APRUS visando o início de um requerimento à CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS em relação ao que está ocorrendo com os participantes do AERUS ao longo destes NOVE ANOS.
    Carlos Lira

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