quarta-feira, 24 de junho de 2015

As duas mais recentes demandas a um tribunal internacional

José Manuel
Vamos tentar levar ao conhecimento de uma forma simples mas didática a todo grupo de participantes do Aerus, em especial aos que já estão se disponibilizando a fazer parte em um grande esforço para levar o nosso caso a um tribunal internacional de direitos humanos, e o que isto tem a ver com este grupo de milhares de pessoas do Aerus, cada vez mais perseguido por órgãos públicos, que teriam, em princípio, que dar o exemplo em cumprir leis e sentenças que emanam dos próprios poderes executivo e judiciário, em salvaguarda a seus cidadãos. 

Lei  nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, ou como queiram  chamar, " Estatuto do Idoso "

AS DUAS FACES DE UMA  MOEDA

A notícia a seguir é de 10-06-2015 e a fonte jornalística é o G1

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (Tedh) começou a examinar nesta quarta-feira (10) o caso da morte em Londres do brasileiro Jean Charles de Menezes, que a polícia britânica matou por engano em 2005 ao confundi-lo com um terrorista.

Quase 10 anos depois da morte de Jean Charles, os advogados da família questionam ante os juízes europeus o tratamento judicial dado ao caso no Reino Unido, onde nenhum policial foi processado individualmente porque a promotoria considerou que não existiam provas suficientes.

A Grande Câmara, principal instância do Tedh, formada por 17 juízes, anunciará o veredicto dentro de vários meses e sua decisão será definitiva.

A demanda, apresentada no tribunal de Estrasburgo por uma prima da vítima, tem por objetivo obter uma condenação das autoridades britânicas por atentar contra o direito à vida, com a alegação de uma ausência de investigação efetiva sobre os fatos.

"A opinião pública deve ter confiança no fato de que os funcionários que abusam do direito de matar serão obrigados a prestar contas", afirmou durante a audiência Hugh Southey, advogado da demandante.

Como se pode perceber nesta notícia, a Inglaterra não tomou as necessárias providências à elucidação do caso em questão, preferindo esquivar-se do caso, e oferecendo uma ridícula indenização de cem mil libras, após a reação internacional, desconsiderando o fato de que existe uma instância jurídica internacional, da qual é um país signatário e talvez por ter sido apenas um sul-americano, sem maiores admoestações futuras ao Reino. Erro de julgamento grave e que a qualquer momento pode colocar a Inglaterra no banco dos réus novamente em um tribunal internacional.

Foi outra falha monumental do sistema judicial Inglês, que simplesmente se absteve de julgar o caso com a responsabilidade que o fato traduz, eximindo de culpa os policiais que mesmo em nome da lei, não podem sair executando cidadãos ao seu bel-prazer, só porque têm autoridade para o fazer, ou por meros achismos eventuais. Afinal, a barbárie na Europa parece que terminou há muito.

Certamente, o caso será julgado pela corte Européia de direitos humanos, com 99 % de chances de que os policiais sejam considerados culpados, a Inglaterra irá passar um vexame internacional com uma indenização milionária e decente à vista, e a caminho da família do infeliz rapaz.

O mesmo erro britânico é observado aqui com relação ao Aerus, talvez por julgarem que os seus participantes, não se manifestam, estejam desagregados, velhos e não têm força para um enfrentamento maior. A mesma soberba, pessoalmente acho que estão bastante equivocados.

O recurso da defesa do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil ainda não foi acolhido pelo Conselho de Estado, mas sim será analisado a partir da próxima semana pelo órgão que dará o parecer se aceita ou não o argumento dos advogados do mensaleiro. Com isso, o petista condenado a 12 anos e 7 meses no processo do mensalão vai esperar pela decisão em solo italiano, o que deve demorar ainda mais dez dias.

A suspensão temporária da extradição de Pizzolato foi feita a pedido do Ministério da Justiça da Itália para que houvesse tempo de o Conselho de Estado analisar o recurso de defesa do ex-diretor de marketing, uma praxe no sistema jurídico daquele país.

Dessa maneira, a justiça italiana se resguarda de uma possível queixa da defesa de Pizzolato à Corte Europeia de que não teve seu recurso analisado antes da extradição do petista. A decisão foi tomada após o ingresso do recurso da defesa do mensaleiro hoje pela manhã. Como o recurso foi feito em caráter se urgência, a análise pode ser feita entre  amanhã e os próximos dias.
O Globo, 12-6-2015

Podemos aqui neste último parágrafo notar a diferença de posicionamento da Itália em relação à Inglaterra, quando não só respeita, como não quer conflitar com uma Corte Internacional (Dessa maneira, a justiça italiana se resguarda de uma possível queixa da defesa de Pizzolato à Corte Europeia ).

A totalidade das atitudes dos países signatários a tribunais internacionais se preocupa e muito com essa questão de infringir uma Corte Internacional. Neste caso a Itália certamente não sofrerá nenhuma sanção, diferentemente da Inglaterra que infringiu não só neste caso específico, essa postura, por sua soberba histórica com relação a latinos, indianos, e asiáticos de uma maneira geral, participantes da Commonwealth, tanto que lhes é dado um passaporte britânico de segunda classe.

De qualquer modo, o que podemos notar tanto no primeiro caso, como no segundo, quando as partes se julgam capazes de recorrer a um tribunal jurídico internacional, principalmente na área dos direitos humanos, isto é imediatamente explorado pela mídia internacional, na maioria das vezes e dependendo do caso, não sendo nada abonador ao país infringente aos tratados internacionais.

É aqui que começamos a dar o primeiro passo, saber porquê, como funciona e quem pode recorrer a esse organismo internacional.

Dois casos, antagônicos entre si, porém recorríveis à Corte, o primeiro por ter se passado dez anos, percorridas todas as instâncias e o processo ter sido desconsiderado, no caso do Jean Charles, na Inglaterra.

O segundo, pelo conhecimento internacional de como é o sistema prisional no Brasil, e já por ter sido condenado no país, o réu Pizzolato pode perfeitamente recorrer à corte, visando a sua integridade física, pois cumprimento de pena em lugar apropriado não tem nada a ver com o crime em si, exatamente o porquê em que o prisioneiro alega querer cumprir a pena na Itália.

Duas coisas nos chamam a atenção de imediato. Primeiro, as partes recorrentes se encontram qualificadas ao pleito por preencherem os requisitos básicos dessa Corte.
Segundo, toda a mídia internacional deu uma cobertura extraordinária aos fatos, nos demonstrando e nos indicando a primeira porta aberta ao nosso caminho. O fato de que iremos expor não só aqui, mas como também no exterior, a nossa saga e o quanto de mortes já aconteceram, já nos catapulta a uma posição quantitativa e qualitativa bem melhor do que somos na atualidade, ou seja zero, para os responsáveis.

É a publicidade ao nosso caso, que tanto o Executivo como o Judiciário temem fortemente, pois irá expor toda uma rede de atitudes sem nexo desses órgãos, vide o exemplo mais claro impossível de um ex-presidente da Corte maior que pediu vistas no caso da tarifária, ficando irregularmente com o processo durante sete longos meses, e os recursos infindáveis da AGU, a nosso respeito.

Correio do Povo, 21-06-2015, Senadora Ana Amélia:
"Quem viu quebrar a Varig, uma das maiores e mais conhecidas empresas privadas do mundo, fundada no Rio Grande do Sul, sabe o quão devastador é o descuido em relação à gestão pública e à administração dos recursos da previdência complementar. Com a liquidação do fundo Aerus mais de 1,3 mil aposentados e pensionistas de companhias aéreas morreram sem ter assegurado o direito à integralidade de seus benefícios. O calvário de muitos aposentados e pensionistas, ainda persiste, em meio à judicialização e aos pagamentos atrasados de benefícios".

Não fui eu que escrevi. Isto é um fragmento da reportagem do Correio do Povo, e declaração de uma Senadora da república, portanto, nada melhor que um documento desses para ser anexado ao processo.

Por tanto e por tudo que acabam de ler, a hora é agora e é nas fraquezas expostas dos que nos tentam manipular que o nosso caminho está mais do que nunca embasado.
Título e Texto (e Grifos): José Manuel, buscando o caminho, 24-6-2015

Relacionados:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-