Valdemar Habitzreuter
A tão propalada imagem do
futebol brasileiro como sendo o melhor e o mais artístico do mundo não tem mais
sentido. Pode ter sido no passado, mas, na atualidade, iguala-se a de outros
países e, diria mesmo, que se coloca inferiorizado a de muitos outros que se
organizam e se dedicam com afinco para a realidade lúdica preferível dos povos,
que é o mundo do futebol.
Os países europeus se destacam
nesta organização, levam a sério um esporte que fascina multidões e que
merecem, portanto, espetáculos à altura de seus anseios por diversão e
congraçamento. Temos aí a Copa da UEFA e a Liga dos Campeões da UEFA que
apresentam verdadeiros espetáculos que agradam ao público e televisado para o
mundo todo.
Aqui na América do Sul temos a
CONMEBOL, a entidade que organiza a Copa Libertadores da América e a Copa
América. Não podemos dizer que é propriamente uma organização em prol do
futebol espetáculo, mas, talvez, antes uma organização com interesses
extracampo – corrupção e combinações fraudulentas nos resultados de jogos. (Vide
o resultado do jogo entre Corinthians e Boca em 2013 na decisão da Taça
Libertadores da América).
Aqui no Brasil a realidade não
é diferente. A CBF, de entidade organizadora dos campeonatos brasileiros não
tem nada, tem, sim, em seu meio, uma corja de dirigentes que se organizam
internamente para falcatruas em prol de interesses pessoais e não em prol do
futebol – a paixão nacional.
Estamos no momento tendo a
Copa América e assistimos no domingo passado o jogo Brasil X Venezuela. Que
atitude mais ridícula do Neymar neste jogo. Parece que este cãozinho raivoso
acha-se o dono do time. De tanto de a mídia inflar seu ego como o jogador
salvador e que as vitórias só acontecem com ele em campo, arroga-se o direito
de partir para agressões quando as coisas não lhe favorecem em campo, culpando
adversários e juízes de deslealdade para com ele.
É, realmente, um menino muito
mimado que ainda tem pela frente importantes lições de vida a aprender. Se
continuar assim, seu futebol – diga-se de passagem de alto nível técnico e
artístico, acima da média de outros – entrará numa espiral de declínio. Na
seleção brasileira ele é considerado a estrela mor, os outros são seus
coadjuvantes. Nada mais errado. O culpado é o treinador que ainda lhe dá a
braçadeira de capitão, como líder do grupo. De líder não tem nada, a não ser
líder de confusões. No Barcelona ele faz o papel de coadjuvante do Messi. E
olha só a diferença dos dois: Messi é um gentleman sem arrogância de ser o
melhor do mundo, e Neymar?...
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Neymar discutiu com árbitro
chileno Enrique Osses em Colômbia x Brasil. Foto: Miguel Tovar/Latin Content/Getty Images
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É preciso adestrar este
cãozinho raivoso para que chegue ao topo com dignidade, cultivando a humildade
e simplicidade. É isso que forja os heróis do futebol como verdadeiros
ídolos...
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 23-6-2015
Todos acabaram mal, á exceção de Raí, que também não era nada de fenomenal, mas pelo menos representou bem o país lá fora.
ResponderExcluirO resto ? tudo acaba no limbo, vide Adriano, Ronaldinho Gaúcho e outros mais
É o intelecto rudimentar
José Manuel