Luciano Ayan
Felippe Hermes,
editor do Spotniks, escreveu:
“A mesma turminha que há
pouco tempo falava em “presidente democraticamente eleita”, “respeitar os
milhões de votos”, chamava qualquer um que discordava de fascista, agora me vem
com este papo de que pobre não sabe votar por conta da derrota de Freixo e Haddad.
Isso é o que dá aprender sobre democracia com a Venezuela.”
De fato, o que se observou desde o 1º turno destas eleições foi o
desrespeito por parte dos petistas e seus aliados com o eleitorado. A
hipocrisia veio à tona rapidamente quando, ainda no começo de outubro,as urnas
mostraram a derrota acachapante da maioria dos candidatos da extrema-esquerda,
ou quando perceberam a eleição de João Dória em 1º turno, enquanto Haddad
amargou a segunda posição.
O desrespeito aos valores republicanos é uma constante entre os
extremistas, mas no caso específico foi mais curioso porque a vitória foi dada
aos opositores do PT justamente pelo povo, pelos mais pobres. Dória foi bem
votado nas periferias de São Paulo, assim como Crivella foi bem melhor aceito
entre as favelas do Rio. Os candidatos da extrema-esquerda, desta vez, tiveram
principalmente os votos das minorias ricas da cidade grande. Com isso, veio à
tona o discurso de ódio.
Neste caso, do ponto de vista da guerra política, não há segredo. O
frame deve ser óbvio: a extrema-esquerda é antidemocrática, ela odeia os pobres
e ela está contra os valores republicanos. Simples assim.
Título, Imagem e Texto: Luciano Ayan, Ceticismo Político, 2-11-2016
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