Vitor Cunha
A poucos dias da eleição do
presidente norte-americano, chegou a altura de fingir que me interesso pelo
assunto. Na realidade, até me interesso bastante, tomando em consideração que
não há vivalma que não anuncie aos sete ventos o erguer oriundo do abismo da
besta de sete cabeças e dez chifres que dá pelo nome de Donald Trump.
Há dias, levado pelos últimos
raios de sol que precedem o Inverno do nosso descontentamento, caí no erro de
dizer a um indivíduo que duvidava que alguém pudesse ser tão mau como se diz
que Trump é. Má hora. Tivesse dito que a mãe do meu interlocutor ainda é
considerada a melhor prostituta de todo o Douro, Minho e Trás-os-Montes e
obteria reacção menos exacerbada.
Trump é o Anti-Cristo, o falso
profeta, o único que se consideraria responsável, caso perdurasse a memória,
pela extinção da espécie humana. Questionar isto é uma heresia passível de
redenção apenas pela fogueira purificadora de tão mortal pecado.
Como não quero nem me dá jeito
passar por isto nesta fase da minha vida, anuncio já que na Terça-feira, dia 8,
como português residente em Portugal, votarei, obviamente, Hillary Clinton.
Título e Texto: Vitor Cunha, Blasfémias,
6-11-2016
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