segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Isto dá para o lado que der mais jeito

Vitor Cunha
Noto que “ser misógino”, assim mesmo, com o verbo auxiliar “ser”, porque é uma condição imutável e genérica, é considerado mau. Um traço permanente, felizmente identificado e de livre atribuição que permite caracterizar estes vermes como eles merecem.

Razão parecem ter os fundamentalistas islâmicos, obrigando a que o casamento seja entre pessoas de sexo diferente. A lógica parece ser a da tolerância: é preciso saber viver com uma mulher em plena comunhão com o desejo de uma sociedade paritária, mesmo que preferisse viver com um moçambicano recordista do maior diâmetro de trajectória miccional. Digamos, quotas de género no casamento, tal como em empresas ou na função pública.

Agora que sabemos identificar racistas, fascistas, xenófobos e outras coisas ruins, é altura de perdermos o pudor de afirmar que o casamento gay é altamente misógino. Vamos fazer o mesmo exercício para xenófobos? É a vossa vez. 
Título e Texto: Vitor Cunha, Blasfémias, 13-11-2016

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