Aparecido Raimundo de Souza
Sexta-feira, 06.07, às 19 horas.
COMEÇA O
PLANTÃO DO desembargadorzinho
Rogério Graveto (perdão, amados, Fraveto) no TRF-4 ou (Tente Resgatar o Fula-4),
com sede em Porto Alegre.
19h32
Um pedido de habeas corpus vindo do nada surge em favor de Luiz
Inácio Mula da Silva assinado pelos senhores Paulo Jumenta (desculpem de novo,
Paulo Pimenta, Paulo Teixeira e Waldih Damous e é protocolado no distribuidor desse tribunal.
20h07
O camalioso pedido de habeas corpus é distribuído ao
gabinete do simpático e primoroso desembargador plantonista não outro, senão
quem? Adivinhem! Ele mesmo, Rogério Fraveto.
08.07.2018
9h05
Panfreto, perdão, de novo, Fraveto concede a liminar sem ler
o que os três “onrosos” cidadãos pediram determinando a soltura do
ex-cachaceiro.
12h05
O juiz Sergio Moro, bate o pé e furioso por ter que
interromper as férias assevera que o desembargador plantonista é “incompetente”
para decidir sobre a liberdade de Gula e que a sua ordem descumpre determinação
da 8ª Turminha de outra caixinha de fósforos, ou a Turma do TRF-4.
12H44
Chanfreto – ratificando, Fraveto emite segundo despacho,
desta vez com galinhas e velas pretas e reitera a ordem de soltura imediata
pela PF, “sob pena penosamente penosa de responsabilização por descumprimento
de ordem judicial”.
13h25
O procurador-regional da 4ª Região, José Osmar Pumes entra
no bafafá e pede que o desembargador reconsidere a sua decisão e argumenta que
um magistrado (não confundam com maugistrado), em decisão individual não
poderia soltar o sofredor e pobre do Lula, apesar dele estar padecendo horrores
pelo fato de não poder atirar em ônibus de sua própria caravana.
14h13
O desembargador João Gebran Neto, relator da Lava-Jato na
segunda instância, revoga a liminar concedida por Gaspreto (de novo? Fraveto).
Em sua “de visu” diz que o plantonista foi induzido a erro pelos impetrantes do
malicioso petitório. Os espertalhões, na ânsia de conseguirem soltar
Lulaulaula, colocaram Moro como parte ativa na ação. Gebran, todavia, esperto, safo,
inteligente e desembaraçado, esclarece que o juiz Sergio, ao mandar engaiolar o
fubica de São Bernardo, apenas cumpriu ordens do TRF-4.
16h04
Frigueto, não senhoras e senhores, Fraveto. Fraveto, furioso,
brabo, soltando fumaça pelos ouvidos, emite terceiro despacho (desta vez com
farofa e azeite de dendê vindos da Bahia de São Salvador) decretando, de novo,
a libertação dos “dezenove dedos” ato contínuo. Estabelece, no mesmo fôlego, o prazo de uma
hora. Ele afirma que não desafiou decisões anteriores do TRF-4 nem de qualquer
instancia superior.
17h53
O Ministério Público pede que o presidente do TRF-4
determine qual decisão é válida: a de Gibran que revogou a liminar de Fraveto,
ou a de Rogério, que mandou botar Fula imediatamente nos braços de seus comparsas
e apaniguados.
19h30
FIM DO
IMPASSE IMPASSIVO.
O presidente do TRF-4, Thompson Flores decide que o caso
pendengoso compete ao relator da Lava-Jato no tribunal. Para complicar a vida
do ex-presidentinho, mantém o sujeito onde está, lembrando, na cadeia, vendo o
sol nascer quadrado e com cheiro e gosto de agentes federais com caras de
poucos amigos.
QUEM É
QUEM NESSE VAI E VEM?
Vejamos agora quem são as figuras que ingressaram com o
habeas corpus. Paulo Pimenta, Paulo Teixeira e Wadih Damous. Todos, petistas e
além de petistas, “deuputados” federais e “devogados”. O primeiro além dessas
insígnias, é líder do PT (Partido dos Trapaceiros) na câmara, Teixeirinha é
cantor, autor de Coração de luto (ou Churrasco de mãe lembram dela?!) e mestre
em direito esquerdo pela USP e o último foi presidente da OAB (Onde Anda o
Brasil?) seção Rio de Janeiro.
O Rogério Livreto (pelo amor de Deus, Fraveto), Rogério
Fraveto foi filiado ao PT até 2010. Ocupou quatro cargos diferentes no governo
Gula. Começou como procurador-geral do município de Porto Alegre quando o
petista Tarso Metatarso Sogro (Sogro não, Genro) era prefeito da capital dos gaúchos.
Sergio Moro, evidentemente dispensa maiores comentários.
Responsável pelas ações da Lava-Jato em Curitiba condenou Mula, em primeira
instância, a nove anos e meio de prisão, por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro, no caso do tríplex no Guarujá.
João Gebran Neto é considerado um sujeito linha dura. Conheceu
Sergio Moro no início de 2001, quando faziam mestrado na Universidade Federal
do Paraná.
Por derradeiro, Thompson Flores. Presidente do TRF-4. Esse
cidadão se viu alvejado por dezenas de ataques de Sula, perdão, Lula, após
declarar que a sentença de Moro condenando-o engraçadinho passar tanto tempo
sem ver seu apartamento em Guarujá e o sítio de Atibáia era “tecnicamente
irrepreensível”.
Sabemos, de antemão, que sucessivas decisões levam (como
levaram) a desgastes entre juízes, sem falar na dúvida insidiosa que ficou
bailando quanto ao futuro da novela Lula diante do judiciário. Pior, nessa história
da carochinha, o cidadão comum. Temos pena dele. Como os prezados leitores acham
que está a cabeça do brasileiro que dá um duro desgraçado durante o dia todo e
na hora em que chega em sua casa para ver seus programinhas preferidos, se vê
bombardeado com uma carga pesada de canalhices e putarias da pior espécie?!
Para encurtarmos conversa, se for para o bem dessa cambada
de idiotas que idolatram esse desgraçado e outros mais que roubaram os bolsos
da raia miúda, da ralé, até dizer chega, bota o cara na rua. Não fizeram isso
com o Dirceu? Não rasgaram a Constituição, em nome de uma porrada de pequenas mumunhas
por debaixo dos tapetes? Gente, pelo amor de Deus.
O povo não aguenta mais essa palhaçada. Estamos cansados de
bancar os girafales, os carequinhas, enfim, os patatis e patatas da vida. Na
verdade, caros amados, o folhetim Lula está mais nojento e repetitivo que
aquela novela água com açúcar “Redenção”, que levou trocentos anos para chegar
ao fim, tendo um total de 545 capítulos.
A prisão de Lula, mesmo norte, já passou dos limites.
CONCLUSÃO.
Em meio a essa torre de babel, de decisões contraditórias,
de uma centena de memes circulando pelas redes sociais, riam da mais nova patacoada.
Após Lula ser solto, ser preso, ser solto, ser preso, ser solto, e de novo, em
repeteco, ser preso, ser solto, ser preso, sem sair do lugar, tudo em menos de
três horas, a Polícia Federal mandou instalar uma porta giratória em sua cela.
O problema surgido até o momento: as duas bandas que compõem a geringonça não
estão conseguindo chegar a um acordo entre si. Uma quer ir para o sul e a outra,
para norte. Todavia, siameseadas no mesmo zigoto, giram, giram, rodopiam para
lugar nenhum.
Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza,
jornalista. De São Paulo, Capital. 10-7-2018
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O caso "Lula" esta igual couro de pica; não vai nem fica. Me perdoem a expressão. Mas essa história de Lula, de desembargadores, procurador enfim essa papagaiada toda, virou um grande circo, Brasil virou um grande picadeiro onde nós os idiotas somos os grandes palhaços onde temos que fazer graça para os bandos de ladrões safados corruptos. Somos e seremos sempre grandes palhaços dessas corjas. Perfeito seu texto jornalista Aparecido. Parabéns. Carla Rejane
ResponderExcluir"A novela da mente politicamente má formada do magistratura brasileira".
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