Alexandre Garcia
O noticiário sobre o
vestibular de fim de semana na Universidade de Brasília mostra que, embora as
questões de exatas estejam mais fáceis, os alunos têm se queixado que as
consideram muito difíceis.
Professores ouvidos pelos
repórteres, por sua vez, se queixam de que a formação está cada vez mais
deficiente. E começa lá no fundamental, onde metade dos alunos de terceira
série não consegue interpretar o que lê.
Imagine formar uma frase.
Tenho visto que a linguagem de muita gente prefere “visualizar” a ver; prefere
“comercializar" a vender; prefere “aeronave” a avião; prefere
“disponibilizar" a oferecer. Na falta de vocabulário, empregam palavras
mais compridas para ter tempo de achar a palavra seguinte.
Saiu agora a lista de
competitividade, entre 63 países listados pelo IMD. O Brasil está no 59º lugar.
Falta de ensino básico que abre as portas para os outros níveis de capacitação
profissional. No entanto, nas últimas três décadas, muitos professores, principalmente
na área de humanas, ocuparam-se, como é sabido, da doutrinação ideológica, para
formar militantes.
Gente que leva para as ruas
milhares apoiando a corrupção, mesmo sendo vítimas dela. Parece que ninguém
ensina a pensar. Não é por mais verba no Ensino. É reação à despolitização das
escolas e dos órgãos públicos de ensino.
Tenho recebido depoimento de
pais que têm ido às escolas discordando que seus filhos recebam de professores
doutrinação de fracassados sistemas totalitários, mentiras sobre a História,
teorias malucas que contrariam a realidade biológica.
Tenho percebido resistência
nos órgãos públicos, que foram aparelhados por gente de partidos extremistas (e
é bom lembrar que seria péssimo substituí-los por gente do outro extremo). O
Ministério da Educação é o maior desafio de desaparelhamento.
O resultado, todos conhecem
pelas redes sociais. Nos primeiros níveis, professores sem autoridade,
intimidados; indisciplina, crimes praticados dentro das escolas, traficantes
agindo. Na universidade pública, todos temos visto as imagens de decadência
humana, ironicamente, nas áreas de Humanas.
E atitudes totalitárias,
violentas, agressoras, contra os de pensamento diferente. Uma mistura de
stalinismo com nazismo. Muitos pais me dizem que perderam os filhos para esses
doutrinadores que excluem família, pátria e democracia do currículo.
Título e Texto: Alexandre
Garcia, Gazeta
do Povo, 3-6-2019
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