Presidente Bolsonaro destacou medidas de
repatriação de brasileiros
Alex Rodrigues
O presidente Jair Bolsonaro
pediu hoje (4), ao primeiro-ministro Índia, Narendra Modi, o apoio do governo
indiano para que o Brasil continue recebendo os produtos farmacêuticos
necessários à produção da hidroxicloroquina.
Indicada para o tratamento e
prevenção da malária e de outras doenças, como o lúpus, a hidroxicloroquina vem
sendo testada em pacientes com o novo coronavírus em vários países, inclusive
no Brasil.
Importante produtora de
insumos para remédios e principal fornecedora mundial de medicamentos
genéricos, a Índia restringiu a exportação de ingredientes farmacêuticos em
meio à crise que motivou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a decretar
pandemia.
“Neste sábado, em contato com
o primeiro-ministro da Índia, solicitei apoio na continuidade do fornecimento
de insumos farmacêuticos para a produção da hidroxicloroquina”, escreveu o
presidente no seu perfil pessoal no twitter. “Não mediremos esforços para
salvar vidas”, acrescentou.
Neste sábado, em contato com o Primeiro-Ministro da Índia, @narendramodi , solicitei apoio na continuidade do fornecimento de insumos farmacêuticos para a produção da hidroxicloroquina. Não mediremos esforços para salvar vidas. 🇧🇷🤝🇮🇳 pic.twitter.com/v03Bvti40R— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 4, 2020
Também no Twitter, o
primeiro-ministro indiano afirmou ter tido uma "conversa produtiva"
com Bolsonaro sobre "como Índia e Brasil podem unir forças contra a pandemia
de covid-19". Modi também revelou que, mais cedo, conversou por telefone
com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "Tivemos uma boa
discussão e concordamos que Índia e Estados Unidos devem unir suas forças para
combater à covid-19."
Na semana passada, o governo federal zerou o imposto de importação cobrado de medicamentos como a cloroquina – e seu derivado, a hidroxicloroquina -
e a azitromicina para uso exclusivo em hospitais, em casos de pacientes em
estado crítico, com o objetivo de facilitar o combate da doença.
Até a tarde desta sexta-feira
(3), o Brasil já registrava 9.056 casos confirmados da doença e 359 mortes,
segundo o Ministério da Saúde. Em todo o mundo, até esta manhã, a doença já
matou a 60.887 pessoas, de acordo com levantamento da Universidade Johns
Hopkin.
Repatriação
Durante a teleconferência,
Bolsonaro estava acompanhado de assessores e do ministro das Relações
Exteriores, Ernesto Araújo, que também participou da conversa. Bolsonaro e
Araújo também comentaram, entre si, das medidas de ajuda aos brasileiros
retidos em outros países devido à crise do novo coronavírus.
Mais cedo, o presidente já
tinha compartilhado em sua conta pessoal no Twitter um vídeo divulgado há
alguns dias, no qual brasileiros prestes a embarcar em voos disponibilizados
pelo governo brasileiro agradecem o auxílio do Itamaraty para que pudessem
regressar ao Brasil.
“O Itamaraty tem agido para
trazer [de volta ao país] milhares de brasileiros que ficaram isolados em
outros países”, escreveu o presidente.
Também no Twitter, o chanceler
brasileiro agradeceu o reconhecimento presidencial ao trabalho dos servidores
do Itamaraty. “Prosseguimos com total empenho no esforço de repatriação e em
todas as tarefas que o senhor nos confiar em benefício dos brasileiros.”
De acordo com a assessoria do
ministério, até ontem (3), cerca de 10.500 pessoas já tinham sido repatriadas
com a ajuda dos servidores de embaixadas e consulados brasileiros.
O Itamaraty vem pedindo aos
brasileiros que residem em outros países ou foram surpreendidos durante viagem
ao exterior que se mantenham informados das ações de ajuda por meio dos sites e
das páginas oficiais que as embaixadas e consulados mantém em redes sociais.
Brasileiros que precisem de
ajuda no exterior devem preencher o formulário disponível neste link. Já os telefones de emergência
das embaixadas e consulados podem ser consultados no portal consular.
Título e Texto: Alex
Rodrigues; Edição: Pedro Ivo de Oliveira – Agência Brasil, 4-4-2020, 13h51
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