Carlos Martins
Uma atitude nobre de um
funcionário da Azul Linhas Aéreas fez dele um herói após um voo cancelado e uma
família vítima de golpistas.
O caso aconteceu no Aeroporto de Campo Grande e quem salvou o dia foi o agente de aeroporto Raphael Cavaleiro [foto]. Note-se que, na Azul, os colaboradores são denominados “tripulantes” internamente, de modo que o termo não se limita ao uso por pilotos e comissários.
Foto: Divulgação/Azul |
Tudo aconteceu dias atrás,
quando um voo foi cancelado no aeroporto e Cavaleiro foi atender a uma família
de cinco pessoas. O pai e a mãe são deficientes auditivos, e estavam com duas crianças
de colo, além de uma filha mais velha de nove anos.
Essa seria a primeira viagem
deles de avião e quando a filha, que estava muito empolgada, entregou o bilhete
aéreo ao agente, ele viu de cara que tinha algo errado ali. O bilhete era bem
diferente do padrão da empresa e uma consulta ao código da reserva logo revelou
o problema, já que não retornou nenhuma passagem válida.
Ele então perguntou aos pais,
por intermédio da filha, como eles compraram a passagem. O casal, por sua vez,
explicou que foi pelo Facebook, onde a pessoa que vendeu o tíquete acabou
bloqueando eles após o envio do comprovante de pagamento. Era um golpe.
A família explicou que não
teria condições de comprar uma nova passagem e entrou em desespero, ao passo
que a menina começou a chorar. Cavaleiro ficou comovido e pediu licença à
família, enquanto verificava o que poderia ser feito. Ele conta que foi então para
o escritório e começou a chorar, triste pela família e indignado pela maldade
do golpista.
Após se recompor foi até o seu supervisor e falou da sua ideia: comprar uma passagem para a família, usando dinheiro do próprio bolso.
Segundo relatos de colegas de
Cavaleiro, que preferem permanecer de maneira anônima, ele custeou todas as
passagens fora do seu benefício como tripulante da empresa (o benefício daria
um grande desconto, mas só embarca se tiver assento sobrando no voo). Cavaleiro
optou por pagar o “preço cheio” e garantir que a jornada da família fosse
concluída.
Assim feito, ele entregou os
novos bilhetes e foi recompensado com um abraço em conjunto, num belo gesto de
gratidão.
No entanto, a história não
terminou aí, mesmo mantendo tudo discreto, comentado apenas com a chefia e com
um colega, a história chegou aos ouvidos do CEO da Azul, John Rodgerson, que
dias depois ligou para agradecer Cavaleiro pela atitude.
Rodgerson também fez questão
de contar a história e enviar no e-mail interno para todos empregados, como faz
toda semana, destacando as boas atitudes da empresa. A companhia também
reembolsou o funcionário após a ação.
São atitudes assim que fazem
um mundo melhor para todos. Aqui também fica os nossos parabéns ao Raphael pela
atitude exemplar.
Título e Texto: Carlos
Martins, AEROIN,
25-2-2021. Colaboração: Fernando Canedo
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