segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

[Atualidade em xeque] Visão política e estratégica, zero!

O CONGRESSO NACIONAL

A VARIG

A GURGEL MOTORES

O DR. ENÉAS CARNEIRO

José Manuel

Absolutamente inacreditável o que ocorreu nesta sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021.
O país foi dormir mais pobre do que nunca ao constatar uma realidade para a qual não estava preparado, nem intelectual, nem moralmente, para sentir na alma, tanta arbitrariedade e vergonha de seus políticos e poderes constituídos da República. Mas isso é apenas mais uma sequência de irresponsabilidades com o futuro do Brasil, cada vez mais distante da realidade, e que até pode levar a uma ruptura institucional.

A falta de visão política e estratégica a longo prazo, aqui no Brasil, chega a doer na alma e no coração de qualquer patriota, que ao final apenas lhe resta a dor e o choro por decepções políticas constantes, e grandes visionários sendo relegados ao chorume da história e suas fantásticas visões patrióticas que teriam levado nossa nação ao sucesso, assassinadas sem dó nem piedade por um amálgama de estupidez e corrupção.

Ao olharmos grandes nações de sucesso em todos os campos, volta e meia queremos nos espelhar nesse futuro, pois capacidade não nos falta, mas o caminho é sempre de uma nebulosidade atroz, nos remetendo ao passado e, pior, não nos permitindo reagir e evoluir, tendo sempre que engolir fatos políticos execráveis e nações estrangeiras dentro e fora do nosso solo, ditando normas e dizimando nossos empregos.

São centenas de exemplos, mas os citados em especial, são emblemáticos:

Poderes legislativo e judiciário,
Ruben Martin Berta, 
João Conrado do Amaral Gurgel,
Dr. Enéas Carneiro

A VARIG

O primeiro exemplo, VARIG, é sobejamente conhecido como vítima de uma das maiores canalhices perpetradas no Brasil, ao se torpedear a ideia de um visionário como Ruben Berta de construir por décadas uma empresa de aviação comercial tão boa ou melhor que as melhores do mundo. O seu pragmatismo em relação ao social na Varig, ao criar uma fundação para os funcionários, não tem paralelo na história da aviação comercial no Brasil. Qual a empresa que teve um departamento para trazer remédios do mundo inteiro que aqui não existiam? Qual a empresa que tinha alfaiatarias para os uniformes de seus funcionários, restaurantes e ambulatórios médicos até para pequenas cirurgias, em três bases?

O Brasil não só liquidou uma empresa tecnológica e social de primeira grandeza, vilipendiando seu patrimônio quase centenário, como entregou os seus céus para serem mal explorados por outros países e um ativo de mais de vinte mil empregos perdidos aqui e no exterior.

A Varig sempre foi estratégica, sendo usada inclusive pelo Estado Brasileiro na retirada humanitária de civis em países em guerra. A FAB tem muito a contar pela cooperação da VARIG em engenharia de manutenção a seus Avros HS-748 e B-707/KC-137 presidencial ou transporte de tropas.

Faço parte com orgulho, dessa história e sou ator privilegiado de momentos históricos aqui relatados.

De certa forma, o Brasil também ignora seus heróis anônimos.

A GURGEL MOTORES

O milionário Sul Africano Elon Musk é hoje venerado pela imprensa marrom desclassificada, pobre mesmo, e por desavisados do mundo real, como o grande empreendedor da eletricidade automotiva. Que pena e que grande injustiça!

Em Junho de 1980, portanto há mais de 40 anos, quando muito pouco ou nada se falava sobre carro elétrico no mundo, o empresário João Augusto Conrado do Amaral Gurgel [foto], construiu uma fábrica cuja finalidade era montar veículos movidos a eletricidade em Rio Claro, interior de São Paulo.


E já naquela época nos deixava autossuficientes em veículos comerciais leves e elétricos, com alguns ainda rodando até hoje.

Foi a visão deste engenheiro que começou a fabricar carros brasileiros em 1969, portanto um ano antes do nascimento de Musk, que incomodou grandes montadoras internacionais e a corrupção abutre no país.

Finalmente a traição de governadores como Ciro Gomes do Ceará e Fleury Filho em São Paulo que após assinarem importantes acordos com o engenheiro Gurgel, descumpriram o acordado, causando a morte prematura, falência inevitável.

Não fora essa traição ao Brasil, por politicagem abjeta, mentirosa, e ultrajante, estaríamos hoje com 40 anos de avanço mesmo sobre a Mercedes, em veículos pesados de carga e elétricos, trazendo ao Brasil a primazia nesse setor.

Mas ao contrário, precisavam matar essa ideia tão estratégica quanto a Varig, colocando uma pá de cal sobre uma indústria genuinamente brasileira.


O Brasil precisa acordar de seu berço esplêndido e prestar mais atenção em seus ícones, em seus filhos geniais, sob pena de continuar a morrer na praia.

O Dr. ENÉAS CARNEIRO

Escrever sobre o Dr. Enéas Ferreira Carneiro [foto] é extremamente difícil, tendo-se o cuidado de não errar pois este brasileiro, um polímata por excelência, foi militar, médico cardiologista, professor, escritor e político, a meu ver num país não merecedor de sua cultura e de sua inteligência profética.

É considerado um dos brasileiros mais inteligentes do século XX e princípio do XXI, tendo uma carreira política cheia de vitórias. Em sua vida pública, acertou em tudo o que disse. Está mais atual que nunca e como um visionário que era, deixou duas pérolas super atuais, ao Brasil:

1º) "para ele, há que se combater a França e a Alemanha, dois países passíveis de retaliar comercialmente o Brasil, e que deveria se adotar a energia da biomassa, gerando uma independência nacional do petróleo. Anos antes da formação do BRICS, Enéas ainda acertava dizendo que tanto a China como a Rússia e a Índia, poderão ser excelentes parceiros comerciais no caso de retaliações advindas do Império social-globalista".

Impressionante a sua visão geopolítica de futuro com relação a combustíveis fósseis e política externa, pois é exatamente isso que mais tememos e que poderá ocorrer neste momento com a vitória de Biden.

2º) Sobre a bomba atômica do qual era defensor ferrenho: "A bomba atômica é fundamental.

Não para jogar em ninguém, mas para sermos respeitados. É o que em geopolítica se chama dissuasão estratégica. Isto quer dizer primordialmente: Deixem-nos em paz!

Quando se tem a bomba atômica senta-se para conversar em condições de igualdade."

Mas, como sempre, o Brasil não acreditou e continua querendo acreditar em Papai Noel e nos coelhinhos da Páscoa. É mais confortável, mas quando a Disneylândia nos expulsar e não pudermos mais ir comprar iPhone em New York, vamos começar a perceber que temos que nos sentar e conversar!

E, se depois de ter lido isto, ainda continuar não acreditando, lembre-se de que a China anda falando grosso pelos mares do planeta.

E que os nossos corredores de exportação vitais ao país, estão exatamente nesses mares!

Título e Texto: José Manuel, 22-2-2021

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