Cristina Miranda
Somos manipulados a
toda a hora sem nos darmos conta. Se por um lado as novas tecnologias vieram
revolucionar o nosso modo de vida, melhorando-o, por outro, trouxe um perigo
omnipresente: a formatação da mente humana.
Comecemos pelos motores de
busca. O mais conhecido de todos, o Google, é usado pela maioria
das pessoas que procuram informação. Mas, o que antes era uma ferramenta
eficiente, transformou-se, hoje, numa rede de dados para vigilância global e
engenharia social. E como tudo se processa?
É simples. O Google seleciona
por si o que quer que você veja. Organiza os temas por forma a que tudo o que é
dito oficialmente sobre um tema, esteja em primeiro plano, e
só pesquisando muito aprofundadamente, consegue artigos que o contradizem (isto
se não estiverem já apagados pela plataforma). Mais: se, entretanto, algum
artigo ou reportagem foi polémica – por contrariar as narrativas
oficiais -, vai primeiro mostrar todos os artigos de fact
checking que “provam” que se trata de uma teoria da
conspiração ou conteúdo “falso. Assim, desviam o indivíduo de todo
o contraditório existente à narrativa oficial para que fique
com a ilusão de que aquele artigo, documentário, investigação ou estudo, não
são fidedignos. Se olharmos, por exemplo, para os estudos do uso de máscara
facial ou distanciamento social, constatamos que os estudos que costumavam
estar na página 1, 2, 3 do índice de busca, não existem mais. O que aparece no
início da pesquisa são estudos que apoiam a narrativa comum.
O Google já é mais
poderoso, em termos de controlo na vida das pessoas, que qualquer Governo no
Planeta. Tem mais poder de influenciar, por exemplo, umas eleições, do
que qualquer nação estrangeira. Questionado no Senado, Dr.
Robert Epstein afirmou: “Os métodos que estão a ser usados (pelo
Google) são invisíveis, subliminares e com efeitos mais poderosos do que já tinha
visto nas ciências comportamentais e estou nas ciências do comportamento há
quase 40 anos”. Zach
Vorhies, um delator do Google, declarou: ”Eu, como engenheiro, fiz
uma pesquisa no motor de busca interno do Google e adivinhe? eu vi que tinha na
“lista negra” termos de pesquisa como “curas para cancro”. Por que razão o
Google decide o que as pessoas podem ou não podem pesquisar?”.
E quem são esses, donos
da verdade absoluta (que o Google financia) que classificam os
conteúdos, designados por Fact Checking? São “empresas”
com ligações às Big Tech, Big Pharma, organizações de filantropia bilionárias
com agendas várias e mass media, ou seja, gente em claro conflito de
interesses. Analisemos de seguida, algumas das mais famosas e
“prestigiadas”:
· Pertence ao casal David e Barbara Mikkelson que
o fundaram em 1995 sem qualquer formação em jornalismo.
· Construíram um império a partir da verificação
de conteúdos usando como principal fonte o Google.
· Declara ser o local na internet para ir “à
fonte” sobre o que é verdadeiro ou falso, mas numa análise feita ao seu “fact
checking”, verificamos que: quando a Dra. Mikovits afirmou que ela fora
presa sem mandado de captura nem acusação, este “fact checker”
classificou de falso esta declaração; se tivessem investigado
os documentos de detenção teriam obtido a prova que não
havia, de facto, mandado de captura nem assinaturas para oficializar uma
acusação; facto confirmado com prova documental pela equipa jurídica da
Dra. Mikovits. Ou seja, não havia mandado de captura, nem nunca fora
acusada em inquérito por nenhum crime.
· Não falta informação quanto à “ética e idoneidade” do fundador (leia aqui, e aqui e também aqui).
· É o braço de verificação do Facebook.
· Recebe doações do Facebook, Tik Tok,
Google, Democracy Fund, Bill
& Melinda Gates Foundation.
· É propriedade do POYNTER INSTITUTE cujos
financiadores são aliados do Big Pharma, Google e Fundação Bill e Melinda
Gates.
· Tem histórico a enganar o público: no final de janeiro
de 2019 em conjunto com a SNOPES e FACTCHECK ORG., uniram-se para criar a
ilusão de que o corona e os seus tratamentos não foram patenteados, revisando
APENAS 3 das 4452 patentes disponíveis publicamente
e que demonstravam que, na realidade, a detecção e tratamento do
SARS Cov2 foram amplamente patenteados pelo sector público e
privado (por demonstração das restantes 4452 patentes não consideradas pelo
Fact Checker).
POYNTER INSTITUTE:
· É uma rede internacional de fact-checkers que
certifica o Poligrafo e o Observador.
· É financiada por: Facebook, Open Society
Fundations de Soros, Silicon Valley Community Foundation, Tides Foundation
(Google.org) e outras organizações bilionárias.
· Intitula- se como independente e defensor da
verdade na luta contra a desinformação.
· É apoiada pela Fundação Wikimédia (empresa
mãe da Wikipedia), sem fins lucrativos e com um longo historial de
financiadores com ligações políticas, outras instituições bilionárias de renome
e anônimos.
· Não se sabe o que recebe o doador em troca da
sua “generosidade”, mas parece óbvio o conflito de interesses.
· O que começou com uma plataforma de código
aberto, imparcial, é agora uma arma para minar o trabalho e reputação de qualquer
pessoa considerada uma “ameaça” às partes interessadas, porque uma vez
difamado, bloqueiam a vítima de fazer correções à sua própria
biografia.
· O Diretor Fernando Esteves tem problemas de
ética e deontologia jornalística. Num artigo do Sol é dito: “(…) recebeu do
Santa Maria uma verba para fazer livros e pouco depois publicou naquele site
uma notícia favorável ao hospital. Além disso, é acusado pelo MP de ter
relações profissionais promíscuas com Lalanda e Castro, arguido no processo da
Máfia do Sangue, omitindo também a responsabilidade do empresário no livro que
escreveu sobre a Operação Marquês” (notícia
do Sol).
· O Diretor Adjunto Gustavo Sampaio é expert em
manipular a verificação de conteúdos (veja aqui e
também aqui).
· Pertence à Emerald Group propriedade
do advogado N’gunu
Tiny, sediada no Dubai, (30%); à B.
creative media (21%); e Fernando Esteves (49%).
· Tem uma parceria com a SIC (uma
avençada do Governo de Costa que a financia em muitos milhões)
· É campeão na manipulação da verificação de
conteúdos (veja aqui e aqui e
também aqui,
só alguns exemplos).
A maioria dos “verificadores
independentes” não são independentes nem factuais (ao
contrário do que dizem), simplesmente, estão ao serviço de quem lhes paga. Decidem
que há uma narrativa aprovada e oficial. Se estiver alinhado com os organismos
que defendem essas narrativas (OMS, CDC, DGS, Governos), presumem que
seja “correto”, mesmo que comprovadamente não o sejam. O que os Fact Checkers
fazem é procurar artigos publicados pelos media do mainstream que
afirmam o que se quer confirmar como verdadeiro. Acontece que todos os
media do mainstream plantam agora evidências (a mando desses organismos) e
fazem depois “copy paste, entre eles, dos artigos de outros órgãos de
comunicação. Não investigam. Não fazem contraditório. Repetem a
narrativa que convém ao sistema de que fazem parte e são bem pagos para isso.
(só em Portugal, o financiamento aos media do mainstream, pelo Governo, já
ultrapassou os 15 milhões).
No entanto, basta relembrar
que Centro de Controlo de Doenças nos EUA, por exemplo, era aquele
que dizia que se devia utilizar DDT no uso doméstico, que usado corretamente
era inofensivo para humanos e animais. Mais tarde, alguns cientistas vieram
confirmar que os pesticidas podiam representar uma grave ameaça para a
Humanidade. Outro caso com o CDC foi em 1976, o ano em que o
governo dos EUA disse que a gripe suína era fatal. Decidiu que todos deveriam
ser vacinados para prevenir o surto. Foram vacinadas 46 milhões de pessoas.
David Spencer, o Diretor do CDC em 66/77, quando questionado se sabia da
possibilidade de danos neurológicos dessa imunização em massa e se alguém o
tinha alertado sobre isso, respondeu que não. Porém, foi desmentido
pelo Dr. Michael Hattwick, da sua equipa de vigilância da gripe suína,
no CDC. Esta equipa tinha elaborado um relatório onde listaram
complicações neurológicas como uma possibilidade. Mas ele
escondeu isso do público. Este Diretor do CDC também ajudou a criar
publicidade para levar o público a tomar a vacina. Agora, os americanos cobram
ao Estado o valor de 3 biliões e meio de dólares por danos neurológicos e
mortes. Este é o mesmo CDC em que numa notícia se dava conta que, pela
3 vez num mês, reconheceu que patogénicos mortais foram
tratados incorretamente nos laboratórios do governo (veja
aqui). Relembrar também, que a OMS e a nossa DGS, afirmaram
que o vírus da moda não se transmitia a humanos, que as máscaras davam falsa
sensação de segurança, e que podíamos visitar os nossos velhinhos. E são estas
as organizações que “zelam pela nossa saúde”. Venha o diabo e escolha.
Desde a invenção do
jornal impresso que há uma batalha para controlar a informação.
No início do século XIX, o magnata do petróleo, John D. Rockfeller, assumiu
o controlo de cada jornal e editor de notícias da sua época. Ele tornou-se
o 1º bilionário dos EUA que trilhou o caminho para quem tem a fome de poder abrindo
a corrida ao recurso mais precioso do mundo moderno: a narrativa.
Durante uma investigação do
Comité do Senado, foi revelado que a CIA estava a conduzir uma operação
secreta para se infiltrar e controlar os media: operação “Mockinbird”. Mais de 3000 operacionais da CIA foram colocados em
posições chave dentro dos media, atuando como jornalistas e editores. Neste
trecho de vídeo (veja
aqui), pergunta um jornalista ao ex-agente, John Stockwell: “Com que
frequência a CIA manipula os media desta forma?” Resposta: “Isso vai além da
sua imaginação mais selvagem”. Questionado o presidente da CBS News
(1951-1961), com a pergunta: “Você diria que isso continua a acontecer hoje?”
Este respondeu: ”Sim, como repórter, eu diria que provavelmente continua por
causa de todas essas revelações. Acho que você tem de ter muito mais cuidado
com isso”.
Hoje, um punhado de impérios
corporativos controlam a maioria de tudo o que se lê, escuta ou assiste:
estúdios de cinema, televisão, rádio, jornais, revistas, além do vasto universo
de notícias na internet e sites de entretenimento. É uma indústria que é paga
para perseguir, desacreditar, arruinar, destruir, ou difamar quem ousa
questionar, alterando a nossa percepção da realidade com imagens e
narrativas alinhadas com o sistema.
As personalidades mediáticas
não são os únicos intervenientes bem pagos para servir a máquina de propaganda.
A maioria dos programas de “talk show” são propriedade dos mesmos senhores
corporativos, e que usam o humor para fazer chacota, começando com comentários
absurdos que não estão relacionados, como por exemplo, os defensores do
“terraplanismo”, “negacionistas do clima” etc. (uma técnica padrão usada por
propagandistas) para que tudo o que seja dito, a seguir, sobre essas pessoas,
pareça absurdo por comparação.
Estamos na era do
jornalismo de “copy paste” que multiplica artigos/notícias dando a ideia de
que são todas de fontes diferentes. Mas, na realidade, não o são. Os “Fact
Checkers” estão todos intimamente ligados à comunicação social do mainstream,
exatamente aquela que planta evidências, encomenda estudos, faz “copy paste” de
outros media para validar narrativas. É um grande processo de lavagem
cerebral para mudar a percepção da realidade de forma tão intensa para
que ninguém seja apto a tirar conclusões por si próprio. É uma tática.
À conta deste “Fact Checking,
cientistas, médicos, políticos, jornalistas, escritores, cronistas,
investigadores e até cidadãos comuns, são perseguidos, banidos,
ridicularizados, ameaçados, presos, e perdem empregos. São acusados de tudo sem
direito a defenderem-se (não existe nas suas plataformas um espaço público para
contestação dos autores, à avaliação por eles feita, como é seu dever, de
acordo com a deontologia jornalística).
Em suma, as vítimas ficam com
as suas vidas totalmente destruídas por esta “Inquisição” da era moderna.
Só não os queimam na praça. Por enquanto.
Título, Imagem e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias, 21-2-2021
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