Rodrigo Constantino
Tudo que é preciso fazer para
se ter noção do incrível duplo padrão vigente em nosso país hoje é o exercício
hipotético de trocar a vítima, aquilo que o advogado faz no filme “Tempo de
Matar”, substituindo a menina negra estuprada por uma loira, para demonstrar o
racismo existente naquela sociedade. Hoje, o que devemos fazer é substituir
Bolsonaro, o “pária”, por Alexandre de Moraes, a “muralha da democracia”, e
esperar para ver a mágica acontecer.
Bolsonaro fazia mais uma
motociata no Paraná quando um sujeito chegou bem perto de sua moto e lançou um
objeto. Falha grave da segurança, claro, em que pese o enorme desafio de
proteger um presidente que se mistura o tempo todo com o povo, pois não tem
medo dele como seu adversário, que vive escondido. A imprensa está tratando a
coisa de forma banal, ignorando até que o mesmo Bolsonaro já sofreu atentado de
um militante esquerdista que quase lhe tirou a vida.
Seu filho Carlos, paranoico
com a segurança do pai com toda razão, desabafou: “Mais uma tentativa covarde
de atingir fisicamente o chefe do Poder Executivo. Algum daqueles clássicos
vagabundos dando opiniões em suas redes sociais, inquérito, manifestação pela
democracia, lisura do processo eleitoral? Nada! Não é difícil enxergar o que
querem desde o início!”
A narrativa sobre polarização
e risco de violência vem sempre associada ao bolsonarismo, enquanto na prática
as ameaças concretas partem muito mais da esquerda contra bolsonaristas. Mas
como eles foram demonizados, então parece que tudo bem. Podemos, então, fazer o
exercício hipotético: e se fosse Alexandre o alvo de uma agressão dessas? O que
aconteceria com o meliante? Qual seria a reação da mídia?
Quando Bolsonaro critica as urnas eletrônicas, postura coerente desde sempre no seu caso, a imprensa e os ministros supremos chamam isso de “ataque”, como se o presidente estivesse quebrando os objetos inanimados com marretas por aí. Mas quando um sujeito consegue o domínio Bolsonaro.com.br e transforma a página numa chuva de ataques e ofensas pessoais, colocando o presidente como se fosse Hitler, a imprensa chama isso de... crítica!
Vamos apenas imaginar qual
seria a reação se fosse uma página com o ministro Alexandre sendo retratado da
mesma forma. Sabemos que quase toda a imprensa estaria dando enorme
visibilidade ao fato e constatando que se trata de um inaceitável ataque às
instituições democráticas do país.
Empresários “bolsonaristas”
foram alvos de abusos a pedido do senador petista que convocou o MST para
“derrubar o governo”. E se fossem empresários petistas tratados desta forma? E
se vazassem conversas do ministro Alexandre? Quem seria investigado, no caso,
seria o autor do vazamento, com certeza.
Dementes jogaram bola com uma
réplica da cabeça de Bolsonaro à guisa de pelota. E se fosse o Alexandre?
Jornalista da Folha desejou a morte do presidente abertamente, com
"justificativa" pseudo-filosófica. E se fosse o Alexandre? Atriz
global quis esfregar a cara de Bolsonaro no asfalto quente. E se fosse o
Alexandre?
A conclusão salta aos olhos:
no Brasil de hoje, há um salvo-conduto para quem falar qualquer coisa que seja
contra Bolsonaro, enquanto jamais seria tolerado o mesmo comportamento se o
alvo fosse o ministro supremo. A reação da imprensa e da "Justiça"
muda completamente dependendo que quem é a vítima.
Isso expõe o preconceito
existente em nossa sociedade. Aqueles que tanto falam em
"diversidade" e "tolerância" não aceitam a existência dos
bolsonaristas. Eles assinam cartinhas patéticas "pela democracia" ao
lado de petistas bajuladores de ditaduras comunistas, mas não dão um pio para
protestar contra as agressões sofridas pelo Presidente da República eleito com
quase 58 milhões de votos.
Título e Texto: Rodrigo
Constantino, Gazeta do Povo, 1-9-2023, 8h15
Você pensou que eu ia desistir?
Editorial do Jornal da Band
As marcas do voto
Lula, você perdeu, sabe por quê?
Se fosse o Alexandre, perdão o Aleiseesconde... alguém teria jogado merda...
ResponderExcluirAparecido Raimundo de Souza
de Esteio, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul