quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

[Daqui e Dali] Como passam os portugueses a quadra natalícia

Humberto Pinho da Silva

A Bíblia é, como se sabe, o livro mais vendido no mundo e o mais traduzido, editado em todas as línguas e numerosos dialetos.

Infortunadamente, muitos cristãos mal a conhecem, mormente os católicos. Muitos são, porém, os que a compram em edições monumentais ou nas reproduções mais modestas.

Compram-na para proclamar, ufanamente, que a possuem, mas permanece, eternamente, bem alinhada com outros tomos, nas prateleiras da biblioteca doméstica.

A Igreja Católica recomenda a leitura – pelo menos o Novo Testamento – diária, durante quinze minutos. Recomenda, porque quem a não lê desconhece, quase completamente, quem é Jesus, e Sua doutrina.

A Bíblia é, e será sempre, o melhor manual de instrução do crente; o guia por onde pautar sua vida.

Felizmente, os nossos irmãos separados – da Igreja Católica, não de Cristo – como frequentam desde a infância as aulas dominicais, são, em regra, mais conhecedores, e muitos sabem de cor as passagens mais importantes para a vida quotidiana do crente.

Não admira, portanto, que não falte quem assevere que Deus disse e quer, o que na verdade nunca disse nem quer.

O Observatório da Solidão do Centro de Investigação e Intervenção Interdisciplinar do Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo (ISCET), realizou recentemente sondagem (400 pessoas contactadas, que é número bastante escasso,) para conhecer como os portugueses vivem a quadra natalícia.

Segundo o estudo 60% não pratica nem frequenta Igreja cristã.

76% - Considera que é o meio de fomentarem consumo.

62% - Pensa que o Natal é uma festa religiosa.

94% - Faz ceia de Natal em casa com a família.

1% - Passa a consoada fora da residência – restaurantes.

86% - Faz árvore e presépio.

32% - Aproveita para se ausentar, de férias

Destes: 45% - São jovens, e 53% pessoas de idade.

Quase todos os contactados consideram o Natal como festa de família.

Saberão que é comemorado o nascimento de Jesus? Talvez saibam, mas não dizem...

Se o estudo fosse realizado décadas atrás, talvez o resultado fosse bem diferente. A entrada de imigrantes, em grande número, com tradições, costumes e gastronomias diferentes e das mais diversas religiões, tem provocado notáveis alterações nos hábitos, e levado, principalmente as camadas mais jovens, à apatia pelas tradições natalícias.

Título e Texto: Humberto Pinho da Silva, dezembro de 2023

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