Walter Biancardine
Este sete de setembro deixou claro, talvez de forma definitiva, a verdadeira votação para a Presidência da República nas eleições de 2022: de um lado, um Luís Inácio e seu consórcio – Ministros do STF e demais autoridades – em uma Brasília às moscas, acenando para ninguém enquanto um outrora glorioso Exército desfilava constrangido, protegido pela seriedade impassível exigida pela farda. Fosse um antigo filme de faroeste e faltaria apenas as moitas secas rolando pelas ruas poeirentas, sopradas pelo vento do deserto.
Imagens tiradas a partir do prédio do Congresso Nacional mostram o desfile do 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios; o escasso público ficou nas arquibancadas, que são cobertas |
No outro lado do território nacional, em São Paulo, seu adversário nestas mesmas eleições – amordaçado na corrida eleitoral por regulamentos casuístas, proibições absurdas, censura prévia em plena campanha e uma verdadeira tentativa de lavagem cerebral imposta pela grande mídia, sempre o apresentando como “genocida”, “ditatorial”, “fascista” e outros – reunia mais de um milhão de pessoas para vê-lo, espremidas em cinco quarteirões do centro nervoso do Brasil. E este milhão não estava só: outros quase cinco milhões assistiam a tudo via internet, distribuídas entre os poucos canais que ainda resistiram à sanha enlouquecida de um ditador de toga que, pudesse, censuraria e baniria a todos.
Avenida Paulista, São Paulo, 7 de setembro de 2024 |
Não bastasse tal multidão, à
mesma foi adicionada ainda a soma incalculável de espectadores espalhados pelos
mais distantes rincões do país – iniciativa corajosa da primeira emissora de TV
de sinal aberto, a TVD do Brasil, que transmitiu via parabólica nossa triste
verdade para quem quisesse ver e não dispusesse de internet – somada ao peso de
Elon Musk, dono do X (Twitter) e da Starlink, ambas empresas perseguidas
implacavelmente na selva ditatorial alexandrina, espalhando pelo mundo os
tormentos particulares de um país que, infelizmente, repetem-se com idêntico
“script” nas mais tradicionais democracias ao redor do mundo – que fique o
alerta.
O fato é que uma simples
fotografia de ambos os eventos – o sete de setembro em Brasília e a convocação
de Bolsonaro em São Paulo, na mesma data – mostra ao mundo, de maneira clara, o
verdadeiro resultado das eleições presidenciais de 2022 no Brasil: se Luís, o
Inácio, teve dez milhões de votos em todo o país (obtidos às custas de trapaças
e subornos, poucos e raros por crença) é uma soma otimista; Jair Messias
Bolsonaro ganhou “de lavada” e isso explica o porquê de sua saída do país logo
após o pleito, pois temia – com razão – ser preso. Qual motivo da prisão? Pouco
importa, pois para o ditador togado vale a famosa frase “mostre-me o homem e eu
arranjarei um crime”.
O Brasil, ao contrário do que
a mídia “mainstream” tenta divulgar, não é um país “dividido” politicamente.
Qual é a divisão quando, de um lado, meia dúzia de cúmplices tentam empurrar
seu candidato na garganta do povo e, do outro, a absoluta maioria aclama seu
adversário? Aliás, o próprio conceito de maioria “absoluta” já não admite a
alegação de “divisão” mas, sim, de “unanimidade”. E por tal lógica implacável
podemos avaliar a enormidade da fraude cometida por ditadores de toga,
financiados e amparados por interesses internacionais diversos, que abrangem
desde notório globalismo até os mais excusos contrabandos de substâncias
ilícitas. Assim, desde o primeiro dia de janeiro do ano de 2023, somos uma
narco-ditadura comuno-globalista de toga – um híbrido perfeito, a refletir a
vocação nacional pela miscigenação.
Não é intenção deste artigo
apontar saídas para tal problema, as mesmas são insistentemente indicadas em
diversos escritos deste autor. O que desejo expor é a importância daquilo que
chamei acima de “fotografia do verdadeiro resultado das urnas”, para que
esfreguemos tal imagem nos olhos insistentemente cegos daqueles que – por temor
ou desleixo – ainda insistem em considerarem-se imunes e não afetados por tais
desgraças.
Bolsonaro venceu e teve o poder usurpado, o país não está dividido
politicamente e não existem “conspirações internacionais” daquilo que chamam
“extrema direita”. Se existe alguma conspiração é a dos usurpadores que, para
não fugir à regra, cumprem o lema denunciado pelo filósofo Olavo de Carvalho:
“Acuse-os do que você faz,
xingue-os do que você é”.
Que fique, para todos, a
lembrança dos versos de John Donne:
“Nenhum homem (país) é uma
ilha. Por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.
A verdade foi exposta, ao
Brasil e ao mundo.
Título e Texto: Walter Biancardine, ContraCultura, 10-9-2024
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