terça-feira, 10 de setembro de 2024

Um presidente sem povo, um povo sem Presidente

Walter Biancardine

Este sete de setembro deixou claro, talvez de forma definitiva, a verdadeira votação para a Presidência da República nas eleições de 2022: de um lado, um Luís Inácio e seu consórcio – Ministros do STF e demais autoridades – em uma Brasília às moscas, acenando para ninguém enquanto um outrora glorioso Exército desfilava constrangido, protegido pela seriedade impassível exigida pela farda. Fosse um antigo filme de faroeste e faltaria apenas as moitas secas rolando pelas ruas poeirentas, sopradas pelo vento do deserto.


Em meio a este nada, à toda a aridez solitária de um poder repudiado, encontra-se um homem que se arroga vitorioso nas últimas eleições, amparado por pesquisas falsas divulgadas por uma grande mídia mentirosa e – pior – pesquisas estas que foram apenas a preparação psicológica para que o povo aceitasse a plena e irrespondível fraude no pleito. Não há recontagem, não existe a materialidade das cédulas de votação e, muito menos, em nenhum momento os tribunais responsáveis abriram uma brecha sequer para a fiscalização popular – e deste modo um cidadão foi levado ao cargo mais poderoso do país impulsionado pela mais rasteira trapaça. 

Imagens tiradas a partir do prédio do Congresso Nacional mostram o desfile do 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios; o escasso público ficou nas arquibancadas, que são cobertas

No outro lado do território nacional, em São Paulo, seu adversário nestas mesmas eleições – amordaçado na corrida eleitoral por regulamentos casuístas, proibições absurdas, censura prévia em plena campanha e uma verdadeira tentativa de lavagem cerebral imposta pela grande mídia, sempre o apresentando como “genocida”, “ditatorial”, “fascista” e outros – reunia mais de um milhão de pessoas para vê-lo, espremidas em cinco quarteirões do centro nervoso do Brasil. E este milhão não estava só: outros quase cinco milhões assistiam a tudo via internet, distribuídas entre os poucos canais que ainda resistiram à sanha enlouquecida de um ditador de toga que, pudesse, censuraria e baniria a todos. 

Avenida Paulista, São Paulo, 7 de setembro de 2024

Não bastasse tal multidão, à mesma foi adicionada ainda a soma incalculável de espectadores espalhados pelos mais distantes rincões do país – iniciativa corajosa da primeira emissora de TV de sinal aberto, a TVD do Brasil, que transmitiu via parabólica nossa triste verdade para quem quisesse ver e não dispusesse de internet – somada ao peso de Elon Musk, dono do X (Twitter) e da Starlink, ambas empresas perseguidas implacavelmente na selva ditatorial alexandrina, espalhando pelo mundo os tormentos particulares de um país que, infelizmente, repetem-se com idêntico “script” nas mais tradicionais democracias ao redor do mundo – que fique o alerta.

O fato é que uma simples fotografia de ambos os eventos – o sete de setembro em Brasília e a convocação de Bolsonaro em São Paulo, na mesma data – mostra ao mundo, de maneira clara, o verdadeiro resultado das eleições presidenciais de 2022 no Brasil: se Luís, o Inácio, teve dez milhões de votos em todo o país (obtidos às custas de trapaças e subornos, poucos e raros por crença) é uma soma otimista; Jair Messias Bolsonaro ganhou “de lavada” e isso explica o porquê de sua saída do país logo após o pleito, pois temia – com razão – ser preso. Qual motivo da prisão? Pouco importa, pois para o ditador togado vale a famosa frase “mostre-me o homem e eu arranjarei um crime”.

O Brasil, ao contrário do que a mídia “mainstream” tenta divulgar, não é um país “dividido” politicamente. Qual é a divisão quando, de um lado, meia dúzia de cúmplices tentam empurrar seu candidato na garganta do povo e, do outro, a absoluta maioria aclama seu adversário? Aliás, o próprio conceito de maioria “absoluta” já não admite a alegação de “divisão” mas, sim, de “unanimidade”. E por tal lógica implacável podemos avaliar a enormidade da fraude cometida por ditadores de toga, financiados e amparados por interesses internacionais diversos, que abrangem desde notório globalismo até os mais excusos contrabandos de substâncias ilícitas. Assim, desde o primeiro dia de janeiro do ano de 2023, somos uma narco-ditadura comuno-globalista de toga – um híbrido perfeito, a refletir a vocação nacional pela miscigenação.

Não é intenção deste artigo apontar saídas para tal problema, as mesmas são insistentemente indicadas em diversos escritos deste autor. O que desejo expor é a importância daquilo que chamei acima de “fotografia do verdadeiro resultado das urnas”, para que esfreguemos tal imagem nos olhos insistentemente cegos daqueles que – por temor ou desleixo – ainda insistem em considerarem-se imunes e não afetados por tais desgraças.
Bolsonaro venceu e teve o poder usurpado, o país não está dividido politicamente e não existem “conspirações internacionais” daquilo que chamam “extrema direita”. Se existe alguma conspiração é a dos usurpadores que, para não fugir à regra, cumprem o lema denunciado pelo filósofo Olavo de Carvalho:

“Acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é”.

Que fique, para todos, a lembrança dos versos de John Donne:

“Nenhum homem (país) é uma ilha. Por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.

A verdade foi exposta, ao Brasil e ao mundo.

Título e Texto: Walter Biancardine, ContraCultura, 10-9-2024  

#ForaMoraes

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