terça-feira, 18 de novembro de 2025

"Chanceler diz que alemães 'ficaram contentes' ao irem embora de Belém"


Karina Michelin

A fala do primeiro-ministro alemão Friedrich Merz sobre sua visita ao Brasil caiu como uma bomba no colo do regime Lula. Em discurso na Alemanha, Merz fez um relato que expõe, sem rodeios, a percepção de sua comitiva sobre o país que está sediando a COP30. 

Merz contou que se reuniu com jornalistas que o acompanharam ao Brasil “na semana passada”. Diante deles, fez uma pergunta simples e direta: “Quem de vocês gostaria de ficar aqui?”. O silêncio foi absoluto. “Ninguém levantou a mão”, afirmou o premiê. Em seguida, completou com uma sinceridade rara na diplomacia: “Todos nós ficamos felizes por termos retornado à Alemanha na sexta-feira à noite, especialmente por este lugar onde estávamos.”  

A fala não é apenas uma impressão pessoal, é um recado político e dos mais duros. No momento em que Lula tenta vender ao mundo a imagem de que o Brasil está preparado para liderar a agenda climática global, Merz mostra o oposto: a sensação de insegurança, instabilidade e desconforto vivida até por delegações estrangeiras. 

Merz continuou: “Vivemos em um dos países mais bonitos do mundo. Vivemos em um dos países mais livres do mundo.” Se a Alemanha é, para ele, sinônimo de liberdade e segurança, então , significa que o Brasil realmente está no fundo do poço como “democracia” aos olhos do velho continente. 

A repercussão da fala de Merz desmonta a narrativa oficial de que a COP30 é o grande trunfo diplomático de Lula. A Alemanha - um dos principais parceiros ambientais, financiadores internacionais e apoiadores históricos da Amazônia - deixou o país com a sensação de alívio. E Merz não tentou suavizar nada. 

Um chefe de governo europeu acaba de declarar, para sua plateia doméstica, que sua comitiva não queria permanecer no Brasil. Para o mercado internacional, é um alerta: se até quem viaja com escolta oficial se sente inseguro, o que sobra para investidores e turistas? E quem dirá ao povo brasileiro, que se tornou refém desse regime? 

Não há marketing climático capaz de mascarar a deterioração institucional, a crise de segurança e o caos administrativo que o país vive. A COP30 mostrou ao mundo que estamos muito mal. 

Texto: Karina Michelin, X, 17-11-2025, 18h18 

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