sexta-feira, 15 de julho de 2011

Governo reajusta benefícios acima do salário mínimo: reajuste de R$ 0,65


Brasília – O governo federal alterou o reajuste dos benefícios da Previdência Social acima do salário mínimo. O reajuste passou de 6,41% para 6,47%, conforme  portaria dos ministérios da Previdência Social e da Fazenda, publicada hoje (15) no Diário Oficial da União.
Em janeiro deste ano, os benefícios acima do piso tinham sido reajustados em 6,41%, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) estimado para dezembro. Como o indicador fechou em 6,47 %, os benefícios serão reajustados retroativamente a janeiro de 2011.
Em média, o reajuste será de R$ 0,65 para quem recebia mais que o salário mínimo em dezembro de 2010, informou o Ministério da Previdência Social.
A portaria traz também as novas alíquotas de contribuição ao Instituto Nacional do Serviço Social  (INSS) para os trabalhadores empregados, domésticos e avulsos. Para aqueles que ganham até R$ 1.107,.52, alíquota de 8%, para os que estão na faixa salarial até R$ 1.845,87, de 9%, e para os que ganham até R$ 3.691,74, de 11%. As alíquotas passam a valer a partir do próximo mês.
Outra mudança é no teto do salário de contribuição e do salário de benefício, que passou de R$ 3.689,66 para R$ 3.691,74.
Mais informações podem ser obtidas no site da Previdência Social 
Texto: Carolina Pimentel e Christina Machado, Repórteres da Agência Brasil, 15-07-2011
Edição: Nádia Franco

Juízes reclamam do INSS por descumprimento de decisões judiciais
Brasília – Juízes federais das cinco regiões do país reclamam que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não está acolhendo entendimentos já pacificados na Justiça, inclusive no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os representantes dos juizados especiais federais apresentaram as reclamações durante videoconferência com integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A proposta do grupo de trabalho é encontrar soluções para desafogar os juizados da grande quantidade de ações do INSS, o maior litigante da Justiça brasileira. Os juizados federais foram criados em 2001 para dar agilidade à solução de conflitos de até 60 salários mínimos. A ideia era que as decisões finais saíssem em até seis meses, mas hoje uma ação leva até quatro anos para chegar ao fim.
Durante a videoconferência, os representantes dos juizados reclamaram da repetição de processos e dos recursos do INSS contestando direitos já assegurados pelo Judiciário. No Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), por exemplo, 50% dos juízes consultados pelo CNJ informaram que o INSS não incorpora benefícios reconhecidos pela jurisprudência do STF. Com isso, as pessoas têm que entrar com processo para obter o direito.
O TRF2 informou que, ao aceitar revisar um benefício, o INSS impõe descontos e parcelamentos, o que resulta em grande volume de processos. “Não há política interna do INSS de revisão administrativa em razão de decisões do STF”, relatou o tribunal.
A forma heterogênea com que agências da Previdência Social tratam situações semelhantes foi outro problema apontado pelos juízes. De acordo com os magistrados, algumas delas reconhecem direitos que outras negam. Eles também relataram que em São Paulo o INSS atrasa até um ano para cumprir decisões judiciais.
De acordo com o CNJ, todas as questões serão levadas à diretoria do INSS para que adotem providências para o atendimento administrativo de direitos já assegurados pelo Judiciário.
Título e Texto: Débora Zampier, Repórter da Agência Brasil, 15-07-2011
Edição: João Carlos Rodrigues

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-