sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Os cúmplices do Irã na América Latina escondem seus números

Apesar de esquerda, o governo Dilma parece ter tido o bom senso de pular fora da ratoeira “Cuba-Venezuela-Irã” 
 
Maibort Petit
Alguns governos da América Latina serviram ao Irã como ponte para passar por cima das sanções do Conselho de Segurança da ONU, e os embargos estadunidenses. Ou seja, concordaram em facilitar seus espaços geográficos e seus recursos naturais para satisfazer uma aliança tripartite formada por Hugo Chávez, os irmãos Castro e Mahamud Ahmadinejad. 
 
Rafael Correa e Ahmadinejad no Equador. Foto: Google
Equador, Bolívia, Nicarágua e outros países com os quais o Irã estabeleceu acordos comerciais são meros instrumentos do projeto político de Chávez, que costuma comprar os apoios de seus servis seguidores com dinheiro, projetos faraônicos que nunca são concluídos, e jogos políticos, tudo a custa do dinheiro do petróleo que pertence ao povo venezuelano e que deveria estar sendo empregado no país para melhorar a sua vida.
Também são peças do xadrez político que joga Ahmadinejad, cujos objetivos e propósitos outros não coincidem com os interesses dos povos latinoamericanos.
A última visita de Ahmadinejad à região deixou para muitos a dúvida sobre a verdadeira natureza da aliança tripartite (Irã, Cuba e Venezuela), e dos benefícios que poderiam ser obtidos dos tais intercâmbios comerciais que foram e ainda estão sendo firmados.
Muitos fizeram o papel de inocentes úteis, peças do jogo que são movidas por Ahmadinejad para cumprir seus propósitos anti-norteamericanos, que, diga-se de passagem, não são muito saudáveis e recomendáveis aos interesses sulamericanos.
Vários analistas têm afirmado que a última viagem de Ahmadinejad à América Latina foi um fracasso total e que a aliança não tem futuro. Primeiro, porque o câncer de Chávez congelou os planos comunistas da Venezuela e atrapalhou os de Cuba; segundo, porque o Irã não cumpriu com os desembolsos previstos e, terceiro, porque os governos da região continuam mantendo vínculos comerciais e políticos com os Estados Unidos e não lhes convém se tronar inimigos da primeira potência mundial.
Ahmadinejad necessita do apoio de seus sócios latinoamericanos. O líder do fascismo islâmico enfrenta, também, enormes problemas internos. Se as eleições no Irã tivessem sido livres e transparentes, Ahmadinejad teria saído do poder este ano, mas, tal como em Cuba e na Venezuela, os sistemas eleitorais são amplamente manipuláveis pelo poder e não pela decisão da maioria dos votantes, razão pela qual continuará a serviço dos atuais mandos ditatoriais nesses países.
O BRASIL JÁ NÃO JOGA O XADREZ PERSA
Não sabemos se foi pela visita do presidente Barack Obama e os acordos firmados com os EUA, ou se simplesmente a presidente Dilma Rousseff não simpatiza com a causa iraniana, que as relações entre o Brasil e o Irã estão congeladas. O fato é que Ahmadinejad lamenta a perda da parceria com Lula Da Silva, com quem conseguiu fechar vários “negócios” (não se sabe ainda se ‘sensu lato’ ou ‘stricto’...).
Publicamente, o iraniano declarou que “a presidente brasileira desfez tudo o que Lula tinha feito. Ela destruiu anos de ‘boas’ relações”.
O pranto de Ahmadinejad não é para menos, até e principalmente pelo fato de a economia brasileira ser a mais saudável e crescente da região, e a que apresenta os melhores números diante da crise financeira que vivem os Estados Unidos e a Europa.
O Brasil está mais próximo dos EUA e mais distante de alguns dos inimigos do Ocidente. A delegação diplomática do governo brasileiro tornou público que prefere agir em consonância com os interesses comuns do país e dos EUA a sacrificá-los pelos projetos sinistros do Irã, e que a nova presidente deseja ter as melhores relações comerciais e amistosas possíveis com a administração de Barack Obama.
Rousseff também manifestou suas preferências geopolíticas, em março de 2011, quando apoiou uma investigação da ONU sobre a situação dos direitos humanos em geral e da mulher em particular no país persa.
“O Irã também lamenta o fato de que o Brasil tenha abandonado os ‘esforços diplomáticos’ para atenuar a pressão sobre o programa nuclear iraniano”, acrescentou o noticioso, que atribuiu o esfriamento das relações bilaterais a decisão de Ahmadinejad de excluir Brasília do périplo que realizou por aqui agora no início de janeiro e que incluiu Venezuela, Cuba, Nicarágua e Equador, ressaltou um cabograma da agência EFE.
No entanto, os números estão sendo escamoteados da mídia. O conflito com o Irã segue adiante, e já se ouvem o rufar dos tambores de guerra.
Título e Texto: Maibort Petit, analítica.com, 02-02-2012
Tradução (e grifos): Francisco Vianna
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