Recebi este texto “Estou cansado!/I’m tired” erroneamente atribuído a
Bill Cosby. Pesquisando, cheguei ao blogue do ex-Senador Robert A. Hall. Aí, ao
comparar os textos, o original, no blogue, e a “tradução” recebida, verifiquei
que havia muitos erros, aquela coisa feita à pressa, sem qualquer cuidado com a
credibilidade. Pois então, pedi ao Vitor que traduzisse, de jeito e com
capricho:
Robert A. Hall é um
veterano do Vietnã, que serviu em cinco mandatos no senado do estado de
Massachusetts. Seu blog
é www.tartanmarine.blogspot.com.
Neste artigo ele desabafa contra o atual estado de coisas da cultura e
política norteamericanas. Penso que é válido, em parte, para nossa realidade
também.
Robert A. Hall
Farei 63 anos em breve. E
exceto por um semestre na faculdade quando emprego era algo escasso, e um outro
período de seis meses desempregado, mas correndo atrás diariamente, eu tenho
trabalhado duro desde os meus 18 anos. Apesar de alguns problemas de saúde, eu
ainda trabalho 50 horas por semana e não usei de licença por motivo de saúde
por pelo menos os últimos sete ou oito anos. Meu salário é bom, mas eu não
recebi minha renda ou meu emprego de herança, eu trabalhei pra chegar aonde
estou. Devido à atual situação econômica, não pretendo me aposentar em breve,
mas estou cansado. Muito cansado.
Estou cansado que me digam que eu devo “distribuir a riqueza” a pessoas que não tem a minha ética de trabalho.
Estou cansado que me digam que eu devo “distribuir a riqueza” a pessoas que não tem a minha ética de trabalho.
Estou cansado que me digam que o governo tomará
o meu dinheiro à força, se necessário, e o dará a pessoas que são muito
preguiçosas ou que não têm a inteligência para conquistá-lo.
Estou cansado que me digam que
devo pagar mais impostos para “manter pessoas em seus lares”. Bom, é claro que,
se elas perderem seus empregos ou adoecerem, estou pronto a ajudar. Mas se tais
pessoas tiverem comprado casas grandes demais para seu bolso a três vezes o preço
do meu apartamento e ainda recebendo um terço do meu salário, aí então deixe
que os ajudem esses congressistas de esquerda que aprovaram Fannie and Freddie
e o Community Reinvestment Act, que criaram a bolha, e que os ajudem com o seu próprio
dinheiro.
Estou cansado de ouvir quão má
é a América por milionários de esquerda tais como Michael Moore, George Soros e
artistas de Hollywood que vivem vidas luxuosas justamente por causa das
oportunidades que a América oferece. Em trinta anos, se eles alcançarem o que
desejam, os Estados Unidos terão a mesma liberdade religiosa e os direitos das
mulheres que tem a Arábia Saudita, terão a economia do Zimbábue, a liberdade de
imprensa da China, a violência e criminalidade do México, a tolerância que o
Irã tem pelos gays, a liberdade de expressão da Venezuela. Não será lindo todo
esse multiculturalismo?
Estou cansado que me digam que o Islamismo é uma “religião de paz”, quando a cada dia eu leio dezenas de histórias de muçulmanos assassinando suas irmãs, esposas e filhas em nome da “honra” de sua família; de muçulmanos causando motins por causa de ofensas tolas; de muçulmanos matando cristãos e judeus porque eles não são… “crentes”; de muçulmanos queimando escolas de meninas; de muçulmanos apedrejando à morte adolescentes vítimas de estupro por causa de “adultério”; de muçulmanos mutilando a genitália de meninas; tudo em nome de Alá, porque assim o dizem o Corão e a Sharia.
Eu acredito que “um homem deve
ser julgado pelo seu caráter, não pela cor de sua pele”.
Eu estou cansado que
me digam que a “raça não importa” no mundo pós-racial do presidente Obama,
quando, na verdade a raça é tudo que importa nas políticas de ação afirmativa,
de admissão universitária para as minorias (que tudo que fazem é
prejudicá-las), nas reservas contratuais governamentais, na tolerância pela
cultura de violência do gueto e pela cultura de filhos sem paternidade, que
prejudicam as minorias mais do que a qualquer um, e nas nomeações dos senadores
de Ilinóis. Penso sim que é algo muito positivo termos um presidente negro e
uma criança negra fazendo seu trabalho de casa na mesa onde Lincoln escreveu a Proclamação da Emancipação. Só que eu preferia que o presidente negro fosse Condi Rice,
ou alguém que acreditasse mais na liberdade e no indivíduo e menos num governo
onisciente.
Eu estou cansado da mídia que pensa que a captação de recursos e as despesas inaugurais de Bush foram absurdas, mas ao mesmo tempo pensa que as mesmas ações de Obama, que custaram três vezes mais, foram maravilhosas.
Eu estou cansado da mídia que pensa que a captação de recursos e as despesas inaugurais de Bush foram absurdas, mas ao mesmo tempo pensa que as mesmas ações de Obama, que custaram três vezes mais, foram maravilhosas.
Eu estou cansado da
mídia que pensa que rotina diária de exercícios físicos de Bush eram um
desperdício de tempo presidencial, mas a rotina de Obama é um grande exemplo
público de controle de peso e estresse, que realçou cada linha dos registros
militares de Bush, mas jamais requereram que Kerry
liberasse os seus registros, que criticava severamente a candidatura a
vice-presidente de Sarah Palin por ser inexperiente com seus apenas dois anos
como governadora, mas exaltava Obama, que só tinha experiência de três anos
como senador, como o provável melhor presidente de todos os tempos.
Por que será que as pessoas
estão preferindo a Fox News? Reflita por um instante. Eu não votei em Bush em
2000, mas a mídia e Kerry fizeram com que eu me juntasse a ele em 2004.
Eu estou cansado de ouvir que
devido a nossa “tolerância por outras culturas” devemos permitir que a Arábia
Saudita use o dinheiro do nosso petróleo para erguer mesquitas e escolas madraçais –
escolas islâmicas – que pregam ódio na América, ao passo que nenhum grupo
americano tem permissão para erguer uma igreja, sinagoga ou escola religiosa na
Arábia Saudita para ensinar amor e tolerância.
Eu estou cansado que me digam
que eu preciso diminuir meu padrão de vida para lutar contra o aquecimento
global, coisa que ninguém pode questionar. Minha esposa e eu vivemos num
apartamento de dois quartos, vamos aos nossos respectivos empregos em um único
carro. Também possuímos um apartamento de três quartos onde vivem nossa filha e
neta. Nossa emissão de carbono é menos que 5% da emissão de Al Gore, e se
você é mais verde que Gore, você é suficientemente verde.
Eu estou cansado que me digam
que viciados em drogas têm uma doença e que, portanto, eu devo ajudar a
apoiá-los e tratá-los e pagar pelos danos que eles causam. Será que algum
monstro gigante apareceu do nada e os arrastou para algum beco enfiando pó
pelos seus narizes adentro enquanto eles lutavam para fugir? Eu não acho que os
gays escolheram ser gays, mas estou certo que drogados escolheram se drogar. E
eu estou cansado do embaraço de ser tratado como um estranho por pessoas
“descoladas” quando lhes digo que nunca fumei maconha.
Atualização: algumas pessoas me escreverem dizendo que eu teria mais simpatia por eles se eles fossem próximos a mim. É exatamente por eu ter visto a destruição que o alcoolismo e a heroína causaram em minha própria família que eu me tornei bastante intolerante a pessoas que querem destruir aqueles a sua volta a fim de indultar a si mesmas.
Atualização: algumas pessoas me escreverem dizendo que eu teria mais simpatia por eles se eles fossem próximos a mim. É exatamente por eu ter visto a destruição que o alcoolismo e a heroína causaram em minha própria família que eu me tornei bastante intolerante a pessoas que querem destruir aqueles a sua volta a fim de indultar a si mesmas.
Eu estou cansado de
estrangeiros ilegais sendo chamados de “trabalhadores sem documentação”, ainda
mais quando tais “trabalhadores” não trabalham, mas vivem à custa do Estado e
do crime. O que virá depois? Chamaremos os traficantes de “farmacêuticos sem
documentação”? E não, eu não tenho nada contra hispânicos. A maioria deles são
católicos e faz alguns séculos desde que os católicos quiseram me matar por
causa da minha religião. Eu faria tudo o possível para acelerar o processo de
legalização de qualquer hispânico falante do inglês, sem ficha criminal, que
sustenta a si e a sua família sem se encostar na previdência social ou que
serviu honrosamente ao nosso exército por três anos. Esse é o tipo de cidadão
que precisamos.
Atualização: Alguns entenderam isso como algum preconceito contra os católicos baseado em eventos ocorridos há 400 anos atrás. Embora eu ache que essas pessoas sejam um tanto melindrosas, eu só estava querendo dizer que eu não tenho problema algum com católicos que queiram vir para os Estados Unidos, mas me preocupo seriamente com muçulmanos, já que uma razoável porcentagem deles querem, sim, me matar ou forçar sua religião e moralidade sobre mim.
Atualização: Alguns entenderam isso como algum preconceito contra os católicos baseado em eventos ocorridos há 400 anos atrás. Embora eu ache que essas pessoas sejam um tanto melindrosas, eu só estava querendo dizer que eu não tenho problema algum com católicos que queiram vir para os Estados Unidos, mas me preocupo seriamente com muçulmanos, já que uma razoável porcentagem deles querem, sim, me matar ou forçar sua religião e moralidade sobre mim.
Eu estou cansado de
esquerdistas e jornalistas tolos, que jamais vestiriam o uniforme da República
ou deixariam seus filhos super protegidos próximos a uma estação de
recrutamento, criticando nosso exército. Eles e seus filhos podem se sentar em
casa, sem jamais precisar tomar uma decisão de milésimo de segundo sob
circunstâncias de vida ou morte e criticam pessoas que são melhores do que
elas. Acontecem coisas ruins na guerra? Pode apostar que sim. Nossas tropas às
vezes se comportam de maneira inadequada? Claro. Mas será que isso se compara
às atrocidades que têm sido a política vigente de nossos inimigos nos últimos
cinquenta anos – e ainda são? Nem perto disso. Então aqui está o ponto. Eu
permito que me sujeitem a toda humilhação e maus tratos a que estiveram
sujeitos os terroristas de Abu Ghraib ou Gitmo, desde que os críticos também se
sujeitem ao cativeiro pelos muçulmanos que torturaram e decapitaram Daniel Pearl no Paquistão,
ou os muçulmanos que torturaram e assassinaram o tenente-coronel da Marinha William Higgins no
Líbano, ou os muçulmanos que eram responsáveis por quartos de tortura repletos
de manchas de sangue, que nossas tropas encontraram no Iraque, ou os muçulmanos
que cortaram as cabeças de meninas colegiais na Indonésia simplesmente porque
as meninas eram... cristãs. Aí a gente conversa. Os soldados americanos e
britânicos são os únicos militares da história para os quais os cidadãos
correram por ajuda e apoio, em vez de se esconder deles por medo.
Atualização: Corretamente alguns me lembraram que eu deveria ter incluído as tropas canadenses, australianas e neozelandesas. Peço perdão por esquecer desses nobres aliados da liberdade.
Atualização: Corretamente alguns me lembraram que eu deveria ter incluído as tropas canadenses, australianas e neozelandesas. Peço perdão por esquecer desses nobres aliados da liberdade.
Eu estou cansado que me digam
que o partido deles é virtuoso e que o outro é corrupto. Leiam os jornais – os
vagabundos são bipartidários. E eu estou cansado que me digam que precisamos de
bipartidarismo. Eu vivo em Ilinóis, onde o “Combinado de Ilinóis” entre
democratas e republicanos tem trabalhado harmoniosamente para usurpar do povo
há anos. E também percebo que os ladrões de dinheiro público do gabinete de
Obama são bipartidários também.
Eu estou cansado de ouvir
atletas endinheirados, personalidades e políticos de ambos os partidos falando
sobre erros inocentes, erros tolos ou erros da juventude, enquanto todos nós
sabemos que eles acham que seu único erro foi terem sido pegos. Eu estou
cansado de gente com senso de grandeza, seja rico ou pobre.
E por falar em pobre, eu estou
cansado de ouvir pessoas que têm casas com sistema de ar condicionado central,
TV’s a cores e dois carros na garagem serem chamadas de pobres. A maioria dos
americanos não tinha nada disso nos anos 70, mas nós não sabíamos que éramos
“pobres”. Os cafetões da pobreza precisam estar sempre mudando a definição de “pobre”
para manter seus dólares fluindo.
Eu estou realmente cansado de
gente que não toma a responsabilidade por suas vidas e ações.
Eu estou cansado de ouvi-los culpar o governo, ou a discriminação ou coisa do tipo pelos seus problemas.
Eu estou cansado de ouvi-los culpar o governo, ou a discriminação ou coisa do tipo pelos seus problemas.
Sim, cansado pra cacete. Mas
também feliz de ter 63 anos. Isso, principalmente, porque eu não viverei para
ver o mundo que essa gente está construindo. Só lamento pela minha neta.
Texto: Robert A. Hall
Tradução e hiperligações:
Vitor Grando Pereira, publicado no blogue "Despertai, Bereanos!"
Edição: JP
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