sábado, 17 de novembro de 2012

47º capítulo (daquela Série): FGTS

 
Garrastazu Médici

Naqueles primeiros tempos de Brasil, primeiros anos da década de 70, era presidente do Brasil o general Emílio Garrastazu Médici, dizem alguns historiadores que foi o período mais “repressivo” do Regime Militar que então governava o Brasil.
Num daqueles dias fui parar num apartamento de universitários na Rua Tonelero, Copacabana. Eu tinha muitas dúvidas sobre a "democracia" brasileira. Os outdoors que vi na Praça Mauá martelavam a minha cabeça, então, conversávamos e eu notava um certo chauvinismo naqueles universitários… mas pouco contestava pois ainda não conhecia a História do Brasil (depois andei lendo uns livrinhos), mas uma coisa me chamou a atenção e admiração: foi o tal de FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço: até 1966 o trabalhador do setor privado ao completar dez anos de serviço era considerado “estável”, só podia ser demitido por “justa causa”. Então, esse Fundo viria a substituir a poupança que as empresas previdentes faziam para cobrir as indenizações devidas aos trabalhadores demitidos. Sob o regime do FGTS, as empresas depositam 8% do valor do salário numa conta bancária em nome do trabalhador. Se e quando demitido o trabalhador tem direito a sacar essa poupança. Também pode utilizar na compra de casa própria, para abater nas prestações da casa, em caso de doença grave e, claro, quando se aposenta. Os trabalhadores tiveram um prazo para optar por esse novo regime. Foram poucos os que não optaram. Então, como eu dizia, naqueles dias de 1972 achei um barato, é verdade.
Curioso, transplantando para os dias atuais, uma medida tomada por um executivo ditatorial que nunca foi sequer questionada pelos executivos de esquerda e esquerdeiros que governam o Brasil há 17 anos, especialmente os dos últimos 9 anos, os esquerdeiros, que tanto se opunham a tudo que se mexia… ih! extrapolei…
Voltando, o que eu queria dizer é o seguinte: a impressão que tinha, naquela época, era que a ampla maioria do povo se sentia ótimo e julgava o país próspero, em desenvolvimento, etc…
Sinceramente, não me lembro de qualquer constrangimento pelo qual eu tenha passado.

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