Primeiro capítulo: Páginas de vida: que me ensinaram a não gostar de nacionalismos
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Garrastazu Médici |
Naqueles primeiros tempos de Brasil, primeiros anos da década de 70,
era presidente do Brasil o general Emílio Garrastazu Médici, dizem alguns historiadores que foi o período mais
“repressivo” do Regime Militar que então governava o Brasil.
Num daqueles dias fui parar num apartamento de universitários na Rua
Tonelero, Copacabana. Eu tinha muitas dúvidas sobre a "democracia" brasileira. Os
outdoors que vi na Praça Mauá martelavam a minha cabeça, então, conversávamos e eu
notava um certo chauvinismo naqueles universitários… mas pouco contestava pois
ainda não conhecia a História do Brasil (depois andei lendo uns livrinhos), mas
uma coisa me chamou a atenção e admiração: foi o tal de FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço: até 1966 o trabalhador do setor privado ao
completar dez anos de serviço era considerado “estável”, só podia ser demitido
por “justa causa”. Então, esse Fundo viria a substituir a poupança que as
empresas previdentes faziam para cobrir as indenizações devidas aos
trabalhadores demitidos. Sob o regime do FGTS, as empresas depositam 8% do
valor do salário numa conta bancária em nome do trabalhador. Se e quando
demitido o trabalhador tem direito a sacar essa poupança. Também pode utilizar
na compra de casa própria, para abater nas prestações da casa, em caso de
doença grave e, claro, quando se aposenta. Os trabalhadores tiveram um prazo
para optar por esse novo regime. Foram poucos os que não optaram. Então, como
eu dizia, naqueles dias de 1972 achei um barato, é verdade.
Curioso, transplantando para os dias atuais, uma medida tomada por um
executivo ditatorial que nunca foi sequer questionada pelos executivos de
esquerda e esquerdeiros que governam o Brasil há 17 anos, especialmente os dos
últimos 9 anos, os esquerdeiros, que tanto se opunham a tudo que se mexia… ih!
extrapolei…
Voltando, o que eu queria dizer é o seguinte: a impressão que tinha,
naquela época, era que a ampla maioria do povo se sentia ótimo e julgava o país
próspero, em desenvolvimento, etc…
Sinceramente, não me lembro de qualquer constrangimento pelo qual eu
tenha passado.
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