terça-feira, 19 de agosto de 2014

Começa nesta terça-feira a campanha pela TV e pelo Rádio: o que muda?


Cesar Maia           
1. Desde uns dez anos atrás, os programas eleitorais de TV e Rádio já não produzem a emoção que produziam durante muitos anos anteriores. Isso não quer dizer que não sejam importantes. Certamente são. É pela TV e Rádio que o eleitor entra para valer na eleição.
           
2. Nesse sentido, as pesquisas de opinião só começam a sinalizar tendências após o terceiro dia, para presidente, para governador e para senador, ou seja, uma semana depois do horário eleitoral ser iniciado.
           
3. Se os programas e comerciais eleitorais já não produzem a emoção que produziam, por outro lado cumprem uma função vital: informar ao eleitor quem são os candidatos, que cargos disputam e o que pretendem. Isso exige domínio de técnicas de publicidade, para que a informação seja memorizada. Aí entram imagens, comunicação visual, legitimações, expressões dos candidatos, etc.
           
4. Os programas e comerciais eleitorais podem produzir inversões de opinião. Por exemplo, um candidato melhorar sua imagem. Numa campanha em dois turnos – para presidente e governador- isto é fundamental, pois a rejeição no primeiro turno não elimina ninguém, mas no segundo inviabiliza o candidato. Por isso, este terá o primeiro turno na TV e Rádio para inverter parte da opinião pública e se tornar competitivo no segundo turno.
              
5. Há dois tipos de mistificação no horário eleitoral. Um deles é a demagogia eletrônica, ou populismo eletrônico, quando o candidato usa a tecnologia, especialmente na TV (marketing político), para iludir o eleitor com promessas falsas. Esse é um caminho de alto risco se uma vez eleito.
              
6. O outro tipo é a recriação virtual do governo numa situação de reeleição. Ou seja, um governo medíocre, que através da TV mostra o que não fez, ou que pretendia fazer como tendo feito, ou destaca casos específicos como se fossem a generalidade.
               
7. O tempo de TV é muito importante nesses dois tipos citados de populismo eletrônico. Mas é fundamental no caso da reconstrução virtual dos governos. Por isso, a pressão dos candidatos à reeleição – com pouco o que mostrar- para conseguir aglomerar apoios e conquistar um grande tempo de TV.
               
8. A partir desta terça se poderá avaliar que tipo de comunicação farão os candidatos majoritários pela TV e em setembro – através das pesquisas eleitorais- o que conseguiram, ao informar ou tentar iludir o eleitor.
Título e Texto: Cesar Maia, 19-08-2014

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