quinta-feira, 4 de junho de 2020

Abandono: Quiosques da praia de Copacabana são ocupados por moradores de rua

Redação Diário do Rio

Os bonitos quiosques da praia de Copacabana, ao serem instalados, poucos anos atrás eram um orgulho para o bairro. Com suas portas deslizantes em vidro, e jardins muito bacanas, atraíam olhares. Com o decurso da quarentena causada pela pandemia, a maioria deles acabou fechando as portas, e agora os frequentadores do bairro reclamam da situação lastimável em que se encontram.

Este é um dos vários quiosques de Copacabana que se transformaram em moradia de moradores de rua e depósito de lixo. Foto: Facebook/Grupo Copacabana Urgente
Diversos dos espaços externos dos quiosques estão ocupados por moradores de rua, que erguem cabanas dentro dos mesmos, criam animais e fazem suas necessidades no chão ou nos vasos de plantas.

Uma moradora de Copacabana chegou a dizer no grupo Copacabana Urgente que tem regado as plantas de um quiosque em frente à sua casa, para que não sequem, como tem ocorrido em diversos deles. Outros moradores reclamam. “O odor é horrível, urina e fezes“, disse a moradora Sônia Jotta, que gosta de correr no calçadão.

São famílias de três a cinco pessoas, habitando nos quiosques e às vezes danificando sua estrutura, além de espalharem o lixo“, diz Severino Pompeu, porteiro de um edifício no Leme.

Para Adriano Nascimento, administrador de um edifício na Avenida Atlântica, a situação tem piorado. “No início, eles hesitaram em invadir as áreas dos quiosques. Mas agora que viram que não dá nada, estão ocupando tudo. Chegam a armazenar lixo nas escadas que descem para os banheiros, que aliás, estão em sua maioria interditados desde o início da quarentena“, diz.

H.S., morador do edifício Camões, na Avenida Atlântica, mostra um quadro pior ainda: “Vendem e usam tóxico ali dentro. Já vi um com um maço de notas, e outro pegando um saquinho com pedrinhas de crack“, atira.

A situação dos quiosques, segundo moradores, já não era das melhores desde os últimos anos da gestão Crivella, que permitiu a ocupação do calçadão de Copacabana por camelôs ilegais que vendem de pão de forma a batidas de cachaça, passeios de barco e mercadorias falsas de todo o tipo. É uma quantidade enorme de camisas falsificadas de times de futebol, shorts “Nike” e “Adidas” (aspas propositais), e contrabando. Pelo menos da venda criminosa de artigos falsificados o calçadão tem estado livre, durante a pandemia.
Título e Texto: Redação Diário do Rio, 4-6-2020

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