João Bosco Leal
Independentemente dos reais
motivos pelos quais isso vem ocorrendo, o fato concreto é que, graças à
imprensa, nos últimos dez anos, a população brasileira vem tomando
conhecimento, com muito mais detalhes, do que ocorre nos bastidores da política
brasileira.
No governo passado, colocamos
em risco o relacionamento com nossos tradicionais parceiros para buscar
transações com países que não possuem riquezas, ou mesmo população, de tamanho
suficiente para despertar qualquer interesse comercial, que justificasse tal
atitude.
A aproximação brasileira de
parceiros ideológicos de Lula como Evo Morales, Hugo Chávez, Ahmadinejad e os
irmãos Castro, fez com que o país perdesse sua credibilidade de tal forma que,
mesmo construindo embaixadas em países como Tuvalu, Lula não conseguiu o seu
sonhado assento no Conselho de Segurança da ONU.
Apesar de tantas trapalhadas,
que muito prejudicaram o Brasil, atualmente o ex-presidente Lula viaja o mundo,
em aviões particulares, dando palestras não se sabe sobre o quê e recebendo
prêmios.
Em seu governo a corrupção
assumiu proporções jamais vistas e continuou até os dias atuais, tanto que,
recentemente, o presidente do Senado foi vaiado por milhares de pessoas,
durante um show musical, quando souberam que o Supremo Tribunal Federal, mesmo
com todas as provas apresentadas pela Polícia Federal, anulou todo o processo
que envolvia seu filho.
A indicação de vários
apadrinhados para os mais diversos cargos em todos os Três Poderes Constituídos
transformou Sarney, Lula e outros membros do governo, em pessoas praticamente
inatingíveis por denúncias, por mais que se tenham indícios de sua veracidade,
como as que têm ocorrido.
Foram tantas indicações, que
atualmente o poder de Sarney é maior do que quando foi Presidente da República,
a ponto de, diante de denúncias contra ele, Lula haver declarado que “Sarney
não podia ser tratado como ‘qualquer um’, pois tinha uma história”.
Outros dos chamados ‘coronéis
nordestinos’, já cassados, ou que renunciaram para não o serem, foram reeleitos
ou conduzidos por seus pares a cargos de enorme importância no Congresso e em
outros Poderes.
O ex-guerrilheiro José
Genoíno, envolvido no chamado ‘mensalão do PT’ e reeleito somente por sobras de
votos dados ao palhaço Tiririca, se tornou auxiliar direto do Ministro da
Defesa e João Paulo Cunha, que quando Presidente da Câmara dos Deputados foi
acusado de participar do mesmo ‘mensalão’, hoje participa exatamente da
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
Nenhum dos acusados de
enriquecimento ilícito, responsáveis por superfaturamentos em obras públicas,
ou outros crimes de corrupção praticados por ministros, como mostrados
ultimamente, foram presos ou devolveram aos cofres públicos os recursos
desviados.
Pelo que se vê atualmente, ao
perder o cargo o acusado já se livra de todas as acusações e nem sequer é
julgado, ou os processos se arrastam por tanto tempo que seus crimes
prescrevem. A sociedade brasileira acaba sem saber o que ocorre com casos como
o de Erenice Guerra, José Dirceu, Antonio Palocci e tantos outros.
Nem mesmo o Supremo Tribunal
Federal, a maior corte do país, escapou de um enorme constrangimento e tensão
interna, com as declarações da ministra Eliana Calmon, responsável pela
apuração de desvios no Poder Judiciário, de que há “bandidos de toga”.
Se absorvidas como corretas as atitudes da grande maioria de nossos
atuais políticos e membros da justiça brasileira, nossos filhos serão como eles
e na sua geração, ser honesto será exceção.
Título, Imagem e Texto: João Bosco Leal
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