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Supremo Tribunal Federal, foto: AD |
Geraldo Almendra
Quase sete anos depois de um Procurador-Geral
da República denunciar a gang dos 40, o Brasil e o mundo estão próximos de
testemunhar aquilo que corre o risco de ser qualificada como a maior fraude
jurídica da história envolvendo diretamente um Tribunal Superior, uma “piada de
salão”, na afirmação de um canalha que já se convenceu de que somos todos
idiotas e imbecis a serviço de um corrupto, sórdido e hediondo projeto de poder
liderado pelo PT, o mesmo partido cujo líder tinha o hábito de chamar
parlamentares de picaretas, acusação
comprovada com a transformação do Congresso Nacional em lacaio do Poder
Executivo.
O “Mensalão”, um esquema de suborno de toda uma base parlamentar
para apoiar projetos do Poder Executivo, e que acabou tendo o “maior sucesso”
ao transformar o Congresso Nacional em um palco permanente de negociações
espúrias entre muitos outros crimes envolvendo algumas dezenas de canalhas esclarecidos da iniciativa
privada, com o mais grave já
prescrito, chega à sua fase final de
julgamento e, por incrível que possa parecer, sem ainda data marcada para
terminar.
São 50118 páginas de processo, 233 volumes e 495 anexos de pura
enrolação jurídica diante de uma sociedade permanentemente atacada pela doença
da idiotia e que já aceitou o espúrio relativismo da Justiça como uma “saudável
prática” do direito de defesa.
Tudo vai acabar terminando “sem que se conheça” o verdadeiro mandante e
chefe do mensalão que conseguiu manter, por enquanto, o silêncio e a proteção
da lealdade dos 40 formalmente acusados.
Todas as pessoas honestas e
honradas que entendem que a prática da Justiça formal não pode estar
prioritariamente vinculada a togados bandidos, bandidos vestidos de togados ou
togados cúmplices ou omissos diante da transformação do poder público em um
Covil de Bandidos, devem estar absolutamente decepcionadas com a postura dos
nossos Tribunais Superiores, que têm demonstrado não atender mais os anseios da sociedade por Justiça, mas
primordialmente as necessidades dos atores sórdidos de um jogo de poder que se
utiliza fartamente da corrupção e do suborno para atingir seus objetivos.
O PT no seu terceiro mandato
consecutivo, caminhando para o quarto, continua impune de mais de cem
escândalos de corrupção denunciados e investigados pela Polícia Federal, entre
eles o Mensalão, que dada a sua dimensão política abafa muitos outros, talvez, de caráter ainda mais grave.
A nossa sociedade presencia com a cumplicidade da covardia e da omissão
quase coletiva a absurda degeneração das relações públicas e privadas e a
transformação do poder público em um Covil de Bandidos e o país em um Paraíso
de Patifes.
Nossa “opção democrática”
parece ser vivermos sob o controle de um degenerado Regime Fascista que tem
como norma fundamental de comportamento - a
quem interessar possa - a prática e a indução ao suborno e da corrupção
como seus sustentáculos, tendo como pano de fundo a inaceitável degeneração
moral da Justiça e um processo permanente de vingança contra as Forças Armadas,
única força institucional (ainda)
capaz de destituir o mais safado e corrupto poder público de nossa história,
diante da união das burguesias e oligarquias de milhares de canalhas
esclarecidos que se beneficiam diretamente, e cada vez mais, com a degeneração
das relações públicas e privadas.
Para não esquecer: quem roubou
o crucifixo do gabinete da Presidência?
Título,Texto e Grifos: Geraldo
Almendra, 20-03-2012
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