Valmir Azevedo Pereira
Uma das extravagantes consequências
do Manifesto Interclubes Militares, do “Alerta
à Nação” e seus signatários tem sido a reação da caserna.
Na medida em que “ladraram os velhos cães de pijama” e não
foram punidos, conforme a ordem dos ofendidos, os comandos militares não
cumprindo a decisão da suprema governança, por impossibilidade legal, se
empenham em demonstrar um servilismo, que soa como uma desculpa para os seus
superiores por sua “falta de competência”.
É uma modesta compensação para
remediar a falta de amparo para sancionar os infratores, pois se assim não
fosse, teriam aplicado o Regulamento Disciplinar.
Por certo, prometeram acalmar
os militares de pijama. Como sabemos um preso é um cidadão, um drogado é um
cidadão, um corrupto é um cidadão, um patife é um cidadão, mas um militar de
pijama (?) não é um cidadão.
Sua impotência diante dos
fatos parece tê-los colocado em má situação perante as autoridades, e eles se
empenham em minimizar a mossa, clamando por paciência e para a contemporização,
para uma atitude passiva que deve ser banida do dicionário de qualquer
individuo, que tenha um mínimo de vergonha na cara (artigo escasso no mercado).
Não sabemos que tipo de
individuo pode apelar para o bom-senso, para a boa-vontade, ou para
qualquer tipo de trégua, quando recentemente, haviam determinado a punição de
cidadãos acima de qualquer suspeita por exercerem o seu direito de opinião.
Mesmo antes da Lei da Anistia,
que permitiu o retorno de uma canalha (muitos conhecidos criminosos) para o
País, corria à solta a avalanche de propaganda e ações psicológicas que
objetivaram desmoralizar as Forças Armadas e denegrir e, se possível, condenar
os que haviam lutado contra a subversão.
Bom, depois eles assumiram o
poder, e a partir de então, com o aval, e até a mão do governo, a perseguição
sem quartel adquiriu tal dimensão que ficou caracterizada como um ignóbil
REVANCHISMO.
O REVANCHISMO tem sido
implacável e uma serie sem conta de eventos e de maléficas e estudadas atitudes
corroboram que ele foi, é, e prosseguirá.
É preciso sofrer de amnésia
profunda para esquecer tantas repugnantes ações. A Comissão da Verdade é um de
seus últimos atos, mas, certamente, não será o último.
Portanto, é de estarrecer que
entre pessoas esclarecidas, convivam ingênuos que possam vir a sussurrar em
nossos ouvidos para que acalmemos os ânimos, para que nos calemos, e apenas por
amor, a não sabemos bem “a que, ou a quem”, enfiemos a viola no saco.
Hoje, não se trata tão-somente
de denunciar, de bradar em defesa da honra militar, mas de alertar que muito
pior do que desmoralizar e enfraquecer as Forças Armadas, de crucificar antigos
agentes da repressão, está em andamento uma tirania programada, que submeterá a
todos, e que se propõe a destruir esta terra como nação soberana e democrática.
E um dos passos é a
subserviência militar, que vai bem obrigado, o que estraga é esta cachorrada de
vira-latas de pijama.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm
Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília, DF, 17 de março de 2012
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