Workshop dá dicas de engate e
sexo em espaços públicos
Nuno Miguel Ropio
"Indignados" no
Parque Eduardo VI. Foto: Steven Governo/Global Imagen
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Como posso engatar ou ser
engatado? E ultrapassada essa questão: como ter uma aventura sexual num espaço
público sem ser visto? A estas e outras questões promete dar respostas o
primeiro workshop sobre engate e sexo em Portugal, esta segunda-feira à noite,
em Lisboa, inserido no movimento 'Primavera Global'..
"Fazer cidades
democráticas também é preservar os espaços de engate e de sexo em locais
públicos, mas discretos. E você, quer vir hoje ao parque?". O convite
partiu de uma filósofa, Anabela Rocha, e um sociólogo, Fernando André Rosa, do
coletivo 'Panteras Rosa', que decidiram associar ao protesto global que decorre
em 250 cidades mundiais - sete das quais portuguesas - tal formação.
A dupla promete fazer desfilar
os formandos, a partir das 21 horas e gratuitamente, pelas zonas de circulação
e arborizadas do Parque Eduardo VII, em Lisboa, habitualmente usadas para
aventuras sexuais. E, ali, entre um arbusto e outro ou atrás de uma árvore,
fora da visibilidade pública, ensinar não só técnicas de abordagem e prática
sexual em locais públicos, como alertar para casos de violência que tem
ocorrido sobre os adeptos destas práticas.
Segundo Anabela Rocha, este
singular workshop surge como forma de preservar a história deste local como
"zona de excelência de engate e de fantasias eróticas, especificamente
urbanas, de interação com um estranho".
"É necessário refundar as
cidades numa perspetiva mais democrática. Este é o nosso contributo nesse
sentido. Há aqui uma herança 'queer' (identidades sexuais não normativas) que é
necessário não ficar estigmatizada mas antes obter visibilidade e impor-se no
mapa da cidade", refere.
"A prática de engate
'queer' nos parques favorece as interações sem necessidade de consumir, sem
barreiras linguísticas ou de classe", acrescenta.
"Occupar o engate" -
assim se chama a formação – parte junto à acampada dos elementos que ali se
fixaram no sábado à tarde, após a marcha pela Avenida da Liberdade, contra as
medidas de austeridade.
Além de engatados e quem já
engatou, o workshop conta ainda com o contributo do geógrafo Paulo Jorge Vieira,
cuja área de investigação incide nesta temática.
Subtítulo e Texto: Nuno Miguel
Ropio, Jornal de Notícias, 14-05-2012
Estes faróis da humanidade são os mesmos que ontem vaiaram e insultaram o primeiro-ministro.
A Primavera Global PT é composta por cidadãos, ativistas, coletivos, movimentos sociais que, em conjunto, de forma pacífica, na sua diversidade e autonomia, querem encontrar soluções e construir novos modelos de organização à escala humana, mais sustentáveis e mais democráticos.
Que medo desta multidão de milhões!
Estes faróis da humanidade são os mesmos que ontem vaiaram e insultaram o primeiro-ministro.
Quem é esta gente? O Bloco de Esquerda assim a define:
A Primavera Global PT é composta por cidadãos, ativistas, coletivos, movimentos sociais que, em conjunto, de forma pacífica, na sua diversidade e autonomia, querem encontrar soluções e construir novos modelos de organização à escala humana, mais sustentáveis e mais democráticos.
Que medo desta multidão de milhões!
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