Acabei de lê-lo. “Aos 15 anos, Viviane Forrester toma consciência de
acontecimentos tão surpreendentes quanto aterradores: as tropas nazis invadem a
França e ocupam Paris, impõem leis raciais, perseguem e prendem todo e qualquer
patriota que se mostre contrário à Nova Ordem. E Viviane, adolescente rebelde,
não poupa ninguém, nem ela própria: rapidamente, com toda a lucidez, põe a nu a
grandeza e o ridículo de todos, próximos e distantes, quando uns e outros se
debatem com as armadilhas da história.”
“Viviane Forrester, romancista e ensaísta francesa, é
crítica literária do jornal Le Monde
e membro do júri do Prêmio Fémina. Tornou-se mundialmente conhecida com um único
livro: O Horror Econômico, traduzido em 24 línguas. (Veja aqui a resenha da professora da Universidade Federal da Bahia, Sônia Lúcia Bahia
Ferreira). Em França, obteve com ele o Prêmio Médicis 1996
de Ensaio. Quanto a Uma Estranha Ditadura, saíu em França em fevereiro de 2000,
logo ocupando lugar de destaque entre os livros mais vendidos.”
Não sei se gostei, muito provavelmente não.
Seu estilo é meio opressivo. Pudera! Afinal, a
narrativa passa-se na França ocupada (e delatora) e ela, Viviane, é judia.
Portanto, não há como escrever rindo a lembrança da nossa constante inquietude,
do nosso medo. Não só os nossos como os dos outros.
Na minha adolescência curti muito livros e filmes
sobre a segunda guerra mundial, mais precisamente no cenário francês. Aprendi a
respeitar os feitos da “Résistance” como também a temer os efeitos da guerra.
E, mais ainda, em conversas com quem a viveu, aprendi a valorizar uma
batata, por exemplo.
Que tristeza, nos dias atuais, olhar em volta e testemunhar
que a malta não se contenta com a sua batata, quer avançar na dos outros. É
mais ou menos isso.![]() |
Viviane Forrester, photo: JM Holterbach
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