domingo, 12 de agosto de 2012

"Ao entardecer após a guerra"

Acabei de lê-lo. “Aos 15 anos, Viviane Forrester toma consciência de acontecimentos tão surpreendentes quanto aterradores: as tropas nazis invadem a França e ocupam Paris, impõem leis raciais, perseguem e prendem todo e qualquer patriota que se mostre contrário à Nova Ordem. E Viviane, adolescente rebelde, não poupa ninguém, nem ela própria: rapidamente, com toda a lucidez, põe a nu a grandeza e o ridículo de todos, próximos e distantes, quando uns e outros se debatem com as armadilhas da história.”
“Viviane Forrester, romancista e ensaísta francesa, é crítica literária do jornal Le Monde e membro do júri do Prêmio Fémina. Tornou-se mundialmente conhecida com um único livro: O Horror Econômico, traduzido em 24 línguas. (Veja aqui a resenha da professora da Universidade Federal da Bahia, Sônia Lúcia Bahia Ferreira). Em França, obteve com ele o Prêmio Médicis 1996 de Ensaio. Quanto a Uma Estranha Ditadura, saíu em França em fevereiro de 2000, logo ocupando lugar de destaque entre os livros mais vendidos.”
Não sei se gostei, muito provavelmente não.
Seu estilo é meio opressivo. Pudera! Afinal, a narrativa passa-se na França ocupada (e delatora) e ela, Viviane, é judia. Portanto, não há como escrever rindo a lembrança da nossa constante inquietude, do nosso medo. Não só os nossos como os dos outros.
Na minha adolescência curti muito livros e filmes sobre a segunda guerra mundial, mais precisamente no cenário francês. Aprendi a respeitar os feitos da “Résistance” como também a temer os efeitos da guerra. E, mais ainda, em conversas com quem a viveu, aprendi a valorizar uma batata, por exemplo.
Que tristeza, nos dias atuais, olhar em volta e testemunhar que a malta não se contenta com a sua batata, quer avançar na dos outros. É mais ou menos isso.

Viviane Forrester, photo:  JM Holterbach

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