Em primeiro lugar, devo dizer que sou
absolutamente a favor do direito de Greve, como o direito ao voto, pelos quais
muita gente morreu por esse mundo afora. Ainda hoje, tem pessoas que morrem por
esses direitos, como em Cuba, como na Coreia do Norte, como na Síria… É
curioso, muito curioso, se não engraçado, perceber que por trás da aparente
justa Greve Geral promovida e patrocinada pela CGTP-Intersindical (um
departamento sindical do Partido Comunista Português) estão subjacentes os
verdadeiros motivos político-ideológicos, quais sejam o de “combater este
governo de direita” e outras “vontades” que desde antanho caracterizam a
dialética marxista-leninista. Não perceber isso pode ser ingenuidade, mas,
recusar perceber, é maldade. Portanto, de jeito e maneira, eu participaria
dessa Greve. Aliás, eu queria ver uma greve geral, se respeitado o direito
daqueles que que não queiram participar, isto é, livre direito de deslocamento
e o livre direito de ir trabalhar e poder sair com o seu camião…
Quando liguei a televisão, na RTP1, estava
passando uma entrevista, ao vivo, com o ministro da Administração Interna
respondendo sobre os incidentes ocorridos em frente ao Parlamento, e uma
repórter perguntando-lhe se não havia agentes policiais à paisana no meio dos “manifestantes”…
o ministro respondeu, muito bem, na minha opinião, que a pergunta era insultuosa,
e a repórter insistiu que “não é insulto, existem ‘relatos’”, perceberam? A
repórter acreditou nos relatos? Não, a repórter faz parte dos “relatos”, deu
para entender?
Mudei de canal.
No telejornal das nove, da SIC, com Mário Crespo,
vi uma reportagem sobre essa violência, por parte dos lindos idealistas
manifestantes (que jamais fariam isso, nem a metade, nos países acima citados)
que, confesso, me deixou boquiaberto pela serenidade e objetividade da repórter.
Que foi elogiada por Mário Crespo que mencionou, justamente, a objetividade e o
bom jornalismo. Me deu vontade de gritar avisando o Mário Crespo: “Ó Mário,
isso não é muito frequente no teu canal!”.
Para concluir, não sei explicar, é uma sensação,
mesmo que o próprio ministro da Administração Interna tenha ressalvado que
esses “incidentes” nada tiveram a ver com a manifestação da CGTP: por mais que
se esforcem nas próximas horas e dias em martelar que foi a maior greve nos
últimos anos, que foi a maior greve da história do planeta, etc… sinto que foi
um tiro no pé. O futuro dirá.
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