Amigos, leiam e reflitam sobre
o texto que nos enviou o Ahmed, um palestino que desde menino pequeno vive no
Brasil, mas tem família na Palestina. Acresci alguns comentários meus ao texto
(escritos em letra azul) a título de maiores informações.
É algo que deve ser lido e
refletido por todos os amantes da verdade dos fatos.
Saudações,
Francisco Vianna
Amigos,
Meu nome é Achmed Assef, sou palestino e vivo no Brasil atualmente.
Meu nome é Achmed Assef, sou palestino e vivo no Brasil atualmente.
Desde que se iniciaram
novamente os conflitos no Oriente Médio, não se fala em outra coisa a não ser
nesta guerra infeliz que tanto vem fazendo vítimas dos dois lados.
Nasci na Palestina, um país
que ainda não existe oficialmente, e quando a situação ficou insustentável para
minha família, tivemos o feliz e sagrado convite de um amigo de meus pais a
virmos para o Brasil, e desde os meus 5 anos de idade, moro neste lindo país
acolhedor.
Quando digo que a situação na Palestina ficou insustentável, não estou me referindo aos inúmeros conflitos
com o exército de Israel ou com os religiosos judeus que mantinham suas casas
lindas em território palestino, e que hoje essas mesmas casas foram tomadas à
força pelos terroristas, mas sim de uma insustentabilidade provocada pelos
próprios "governantes" palestinos em todos esses anos.
Comentário 1 – Não apenas
religiosos judeus viviam na Faixa de Gaza e ainda vivem na Cisjordânia (West
Bank), mas também uma maioria de colonos judeus, todos pacíficos e produtivos e
que, acima de tudo, sempre respeitaram profundamente a religião muçulmana.
Muitos saíram da região espontaneamente quando a violência antissionista
explodiu na área, mas muitos foram retirados à força e tiveram as suas casas demolidas pelo próprio governo de Tel Aviv.
Para quem está no Brasil ou em
qualquer outro lugar do mundo, na segurança de seu lar e de sua vizinhança, não
vai conseguir imaginar nunca o que é viver em Gaza. Somente de lembrar a minha
breve infância nas cidades em que vivi me dá um aperto no coração e tenho
vontade de chorar, porém, ninguém que esteja no conforto de seus lares e também
recebendo milhares de informações, fotos e notícias do atual conflito, pode
imaginar o que é se sentir traído por aqueles que se intitulam líderes
palestinos.
Os hoje intitulados ‘líderes
palestinos’ nunca quiseram um Estado Palestino. E eu posso falar isso em alto e
bom-tom, porque é uma verdade. Se quisessem, teriam-no criado antes de 1948,
quando ainda não existia o Estado de Israel; se quisessem, o teriam feito em 48
também quando a ONU decidiu pela criação de dois Estados, mas nossos ‘grandes
Líderes’ preferiram incitar o povo à violência de lutar contra os judeus do
local a fazer lobby por um Estado palestino viável.
Comentário 2 – A não criação
de um Estado Palestino é uma realidade que se situa muito além da existência de
vontade ou não desses “líderes” criados e apoiados por outros países
antissionistas (Síria, Líbano do Hezbollah, Irã, entre outros). A causa
principal de não ser possível a criação de um “estado palestino regular” é a
incapacidade dessa gente em produzir qualquer coisa, além de montar mísseis
cujas peças são contrabandeadas pela fronteira com o Egito pelo Hamas e outros
grupos ‘jihadistas’ enviadas de graça, principalmente pelo Irã. À época da
dominação britânica da região e antes da chegada dos judeus para a criação de
Israel, as populações que habitavam a Palestina, Judéia, Cisjordânia e
adjacências eram nômades e viviam, de oásis em oásis, de atividade extrativista
e de comércio de trocas por caravanas. Quando foi criado de fato o Estado de
Israel, quase oito anos antes da criação de direito pela ONU, os judeus
tentaram ficar, aculturar, dar mercado de trabalho e educar a todos os
palestinos numa tentativa de integrá-los à população de Israel, e os muitos
palestinos que vivem hoje em Israel, são convictamente israelenses e, o mais
importante, têm toda a liberdade e respeito dos judeus para professarem a
religião muçulmana. Mas muitos rejeitaram essa possibilidade, levados por
intensa campanha ideológica dos estados antissionistas vizinhos que os
convenciam a lutar contra os “invasores” judeus e pela “independência” de uma
Palestina que ninguém sabe até hoje onde começa e onde acaba. Tal contingente
populacional fixou-se em Gaza, basicamente na cidade de mesmo nome, construída
por britânicos e judeus na Cisjordânia, para onde foi a maioria não aceita pelo
reino (árabe) da Jordânia. O resultado é que tanto a antiga OLP de Yasser
Arafat como a atual AP (de Abbas), criações internacionais como tentativas para
se criar um Estado Palestino (como recomendara a ONU em 1948), sempre viveram
do dinheiro enviado por outros países – via ONU – e, basicamente, dos EUA e –
pasmem! – de Israel. Se esse ‘mensalão’ internacional parar de chegar à
“autoridade palestina”, ela simplesmente fecha e desaparece. O povo palestino
de Gaza e da Cisjordânia, simplesmente, não tem um PIB que permita a criação e
manutenção de um Estado Palestino regularizado e capaz de assegurar a soberania
sobre um território, qualquer que possa ser ele definido na região.
Não quiseram também os líderes palestinos quando os territórios, chamados "ocupados por Israel" e que hoje estão em sua grande maioria em nosso domínio, cedidos de volta pelos judeus, criar um Estado palestino. O que dizer então da mais recente escalada de violência, quando ocorreu a segunda intifada causada pelo grande líder Arafat que em 2000 rejeitou o melhor acordo de paz de todos os tempos (Camp David) proposto pelo premiê israelense Ehud Barak e quando, mais uma vez, se incitou o povo palestino à violência e a brutalidade através de homens-bomba, enquanto a família do Sr. Arafat vivia com regalias, mordomias e riquezas em Paris, tudo fruto de doações dignas estrangeiras à OLP, mas que nunca chegaram ao povo sofrido da Palestina.
Ao invés de comprar comida,
água, remédios, e de oferecer uma vida digna e boa ao povo palestino, nossos “líderes”
preferiram o caminho da violência, da brutalidade e da estupidez de promover o
ódio e a discriminação contra o povo judeu, que se não são anjos, mas também
não são os demônios como pregam nossos líderes.
As mesmas crianças que hoje
morrem inocentemente no colo de suas mães, são as mesmas que recebem ‘criação e
educação militar’, desde cedo, aprendendo a odiar Israel e o povo judeu, a atirar
com armas pesadas com menos de 5 anos de idade, e ainda recebem a lavagem
cerebral de se tornarem mártires explodindo-se para causar ainda mais vítimas
do outro lado.
Comentário 3 – Os tais
“líderes palestinos”, antes da OLP e hoje do Hamas e do Fatah, sob a inspiração
do Hezbollah sulibanês e de outros grupos jihadistas, propositadamente situam
seus arsenais e quartéis-generais próximos a escolas, hospitais, mesquitas,
mercados, e outros locais de grande concentração de civis porque sabem que
qualquer ataque israelense a esses locais provavelmente causará um número
considerável de mortes entre civis, principalmente de mulheres e crianças,
aumentando, conforme a vontade deles, em maior número possível, os “mártires do
Islã”, com o intuito de promover mundialmente o crescimento do ódio
antissionista.
Os líderes palestinos não
possuem nenhum sentimento humanitário como se espera para uma população cansada
e calejada de sofrimento. Pois se tivessem, não mandariam para o suicídio seus
parentes e suas crianças, enquanto esses covardes assassinos escondem-se em
outros países ou ate mesmo utilizando escudos humanos dentro da população
civil, como vemos hoje na faixa de Gaza. O Hamas, que há muito tempo vem
promovendo barbáries dentro e fora de Gaza, desde que em seu único ato
inteligente na história, transformou-se em partido político somente para dar
legitimidade ao seu terrorismo jihadista praticado diariamente nas ruas de
Gaza, matou, perseguiu, torturou e aniquilou todos os "inimigos" membros
do Fatah, o partido moderado que hoje é representado pelo incapaz Mahmoud Abbas,
Presidente da “Autoridade Palestina” e que hoje ‘controla’ apenas a Cisjordânia.
Senhores, como pode um grupo
terrorista, dizendo-se ‘líder do povo palestino’, matar nossos irmãos, nossa
própria gente? Como entender que eles não estão defendendo nosso povo, mas sim
seus próprios ideais que não refletem a opinião da maioria desse meu povo
palestino? Matar palestinos somente porque não concordam com seus atos e ideias
é arcaico, totalitário, nazifascista, e acima de tudo terrorista. Sobrou a
Cisjordânia para o Fatah e que se não tomarem cuidado, servirá de base para
mais atos de violência dos terroristas do Hamas.
Vocês podem argumentar que os
terroristas do Hamas praticam ‘atos sociais’ e de solidariedade, mas não
acreditem em tudo que veem na mídia e muito menos em tudo que ouvem. Para que
vocês consigam compreender, faço uma analogia com os traficantes das favelas do
Rio de Janeiro, pois é legitimo o que eles fazem? Aliciar crianças inocentes
para o tráfico de drogas, colocando armas pesadas em suas mãos? Acredito que
não, mesmo que esses traficantes promovam ‘atos sociais’ e ‘atos solidários’ junto
aos moradores dos morros onde estão alojados. Continuam desrespeitando o
direito das crianças crescerem com educação saudável e não para a guerra, como
os terroristas do Hamas fazem hoje.
Amigos brasileiros, a quem
tanto respeito e tanto quero bem, faço um apelo, como palestino, como
muçulmano, mas acima de tudo como um ser humano que não aguenta mais ver a ignorância
e a falta de conhecimento por parte de muitas pessoas neste lindo Brasil sobre
a realidade do Oriente Médio: parem de atacar Israel, parem de atacar os judeus
e também parem de achar que o povo palestino é somente de terroristas. Há muita
gente boa, inocente e que não quer mais conflitos com os israelenses e não os
odeiam, assim como não odeiam os americanos.
Muita gente lá, incluindo
minha família, está cansada de tanta dor e sofrimento e sabemos que devemos ter
uma convivência pacífica com Israel, Afinal, é de Israel que vem nossa água,
nossa comida, nosso trabalho e nosso dinheiro.
Comentário 4 – Ou seja, toda a
colaboração possível, tanto internacional como por parte de Israel, foi feita
para que se criassem condições para se erigir um Estado Palestino, amigável,
produtivo e soberano. Infelizmente isso não está sendo possível não apenas pela
incapacidade social do povo palestino, mas, principalmente, pelo esforço dos
países antissionistas de usarem a população local como bucha de canhão na sua
decadente e imoral ‘jihad’ islâmica antissionista e antiocidental.
Israel inclusive nos oferece
ajuda militar, sabiam? Quando houve o acordo com a Autoridade Palestina no
governo de Arafat, a polícia de Israel treinou muitos de nossos homens que não
queriam envolvimento com o conflito estimulado pelo antissionismo para que
pudessem trabalhar na ordem de nossas cidades. Como assim? Israel ofereceu
treinamento para seus supostos inimigos? Sim, porque essa inimizade é apenas
suposta e artificialmente insuflada. Os judeus, inclusive, nos forneceram armamentos
e equipamentos para que tivéssemos nossa própria segurança.
Terroristas que tentaram e não
conseguiram se explodir nas cidades de Israel, receberam atendimento médico nos
hospitais israelenses! E muitas das escolas em Israel promovem a educação
igualitária com alunos palestinos e judeus, convivendo em perfeita harmonia e
recebendo educação sadia e de respeito ao próximo. Diferentemente do que
acontece em Gaza, por exemplo.
Se nossos líderes não fossem
tão burros e estúpidos, nosso povo sofrido não teria mais o que reclamar, pois
em Israel estão as maiores oportunidades para um palestino que vive em Gaza ou na
Cisjordânia e quem tem um mínimo de inteligência, sabe que não vai conseguir
nunca “varrer Israel do mapa” ou “exterminar todos os judeus”, como apregoam
certos líderes maníacos do nosso lado.
Quanto ganharíamos se
estivéssemos do lado de Israel e dos judeus? Por que aqui no Brasil a
convivência entre os dois povos sempre foi motivo de orgulho e quando estamos
em sociedade ganhamos em tudo?
Meu tio recebeu visto de
trabalho em Israel. Todos os dias levantava cedo e ia trabalhar em Israel e
voltava de noite para sua casa em Gaza. Quando o Hamas tomou o poder à força e
iniciou seus diários ataques às cidades israelenses, meu tio perdeu o emprego e
a fronteira foi fechada. A culpa é de Israel? Do meu tio que nunca odiou os
judeus? Não, a culpa é dos terroristas do Hamas. Meu tio hoje continua não
odiando os israelenses nem os judeus. Vive na Síria, onde a situação não é das
melhores, mas lá não há grupos terroristas como o Hamas ou como o Hezbollah que
somente acabam com a vida dos cidadãos de bem.
O povo palestino foi expulso
de diversos países chamados "amigos dos palestinos", incluindo Jordânia,
Líbano, Síria e Líbia. O Egito fecha a sua fronteira com Gaza porque não nos
querem por lá, inclusive no tratado de paz com Israel, na devolução do Sinai ao
Egito, foi oferecido por Israel devolver Gaza também e os egípcios não quiseram
porque chamaram de ‘terra sem lei’ e o pior lugar do mundo para se viver.
Comentário 5 – É, ao que
parece, o único país no mundo a aceitar palestinos e disposto a integrá-los à
sua cidadania é Israel – o inimigo, segundo cretinos antissionistas ‘líderes’
do povo palestino.
Por que países fortes e com um
território gigantesco como Arábia Saudita, Jordânia, Irã e outros não tão
grandes, mas muito ricos, como o Kwait, os Emirados Árabes ou o Qatar não nos
recebem de braços abertos? Preferem somente financiar atentados terroristas e
mandar todo seu dinheiro para “os líderes palestinos terroristas” e que não
pensam no bem-estar da população, mas somente em enriquecimento próprio e
incentivo ao ódio e a intolerância aos judeus?
Por isso, meus amigos, escrevo esta mensagem. Sei que esta carta não vai fazer nenhum dos dois lados pararem com o atual conflito e muito menos mudar o pensamento dos líderes que hoje determinam o rumo do meu povo palestino, mas se servir para fazer o povo brasileiro pensar nisso e entender que não precisamos importar um conflito que não serve pra nada aqui e também para que todos vocês realmente entendam quem são os principais responsáveis pela matança generalizada que ocorre atualmente em Gaza, fico feliz.
Por isso, meus amigos, escrevo esta mensagem. Sei que esta carta não vai fazer nenhum dos dois lados pararem com o atual conflito e muito menos mudar o pensamento dos líderes que hoje determinam o rumo do meu povo palestino, mas se servir para fazer o povo brasileiro pensar nisso e entender que não precisamos importar um conflito que não serve pra nada aqui e também para que todos vocês realmente entendam quem são os principais responsáveis pela matança generalizada que ocorre atualmente em Gaza, fico feliz.
Israel não é culpado, mas está
se defendendo dos irresponsáveis líderes terroristas palestinos que diariamente
atacam o nosso vizinho com seus ‘nada caseiros’ foguetes para depois se
esconderem atrás de mulheres e crianças, colocando toda a culpa nos
israelenses, enquanto esses terroristas que infelizmente também são palestinos
covardemente se escondem em áreas altamente populosas para causar ainda mais
mortes e ganharem fotos sensacionalistas nos jornais do mundo todo.

Pensem nisso antes de escolher algum lado no conflito, mas acima de tudo, escolham o lado da paz, da tolerância e do respeito com quem quer que seja.
Grato,
Achmed Assef, 19-11-2012
Achmed Assef, 19-11-2012
Recebi há minutos na minha caixa postal uma "recomendação" para esquecer Assef, pois esta carta, informa o mensageiro, teria sido escrita em 2009.
ResponderExcluirPara mim, podia ter sido escrita antes de Moisés, não muda em nada a minha percepção e opinião sobre aquela região...
Esses conflitos, de meio irmãos,podemos contar: a/c e d/c.
ResponderExcluirABRAÇOS Janda.