Maioria dos inquiridos do
barómetro i/Pitagórica defende conceito utilizador/pagador para financiar PPP
rodoviárias
Luís Rosa
A introdução de portagens nas
autoestradas foi uma das principais divergências entre PS e PSD nos últimos 15
anos. Enquanto os socialistas implementaram a partir de 1999 várias vias em que
o Estado substituia o utilizador no pagamento da viagem, os sociais-democratas
sempre argumentaram que o sistema mais justo passava pelo pagamento de uma
portagem por quem utilizava a via.
Com a crescente aposta em
parcerias público-privadas rodoviárias, e a consequente falta de receitas para
pagar às concessionárias, o governo de José Sócrates viu-se obrigado a
introduzir as primeiras portagens nas autoestradas sem custos para o
utilizador (SCUT). O governo actual acabou por concluir esse processo.
Apesar de ainda persistir
alguma contestação nas áreas que ficaram sem autoestradas SCUT, cerca de 65%
dos inquiridos do barómetro i/Pitagórica preferem que as portagens sejam pagas
apenas pelos utilizadores.
Os inquiridos que defendem que
as portagens sejam pagas por impostos cobrados a todos os portugueses ficam-se
pelos 19,6% do total da amostra.
Questionados sobre a melhor
forma de fazer face aos crescentes encargos com as autoestradas SCUT (devido à
menor utilização e consequente baixa de receitas das portagens), 47,9% dos
inquiridos entende que os utilizadores dessas vias devem suportar um aumento
das portagens, assim como devem aumentar os locais de cobrança. Uma minoria de
12,8% defende que o aumento dos encargos com as portagens deve ser financiado
com um aumento de seis cêntimos dos combustíveis, mesmo que todas as antigas
SCUT deixem de ser pagas pelos utilizadores. ´
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