Documento seguirá para o
Ministério Público e questiona as parcerias público-privadas. No final,
parcerias custarão cerca de 23,7 mil milhões de euros
Cristina Rita/Lídia Magno
Ao longo de 500 páginas, a
comissão de inquérito às parcerias público-privadas arrasa os governantes da
equipa liderada por José Sócrates, entre 2005 e 2011. O inquérito vai seguir
para o Ministério Público na sequência de "pedidos feitos à Comissão por
autoridades judiciais".
Se a redução dos encargos com
as PPP se verificar, as parcerias rodoviárias custarão, em toda a sua extensão,
23,7 mil milhões de euros brutos, ou seja, menos 7,3 mil milhões face ao valor
inicial.
Depois de muitos meses de
audições, os deputados sustentam que "os encargos com as PPP rodoviárias
são excessivos, fruto da sua massificação, da sua desordenada implementação, da
ausência de estudos que suportem o seu benefício económico-financeiro e da
decisão puramente política". Diz ainda o relatório que, tendo em conta as
considerações feitas pelo Tribunal de Contas, há indícios "de gestão
danosa" para os interesses públicos no caso da REFER.
Paulo Campos é um dos ex-secretários de Estado mais visados no processo e a comissão recorda as acusações do antigo presidente das Estradas de Portugal, Almerindo Marques, sobre pressões diretas desse governante e pressões indiretas do ex-primeiro-ministro José Sócrates. Os deputados revelam que a 20 de junho de 2011, a menos de 24 horas da tomada de posse do atual primeiro-ministro, o secretário de Estado do Orçamento, Emanuel dos Santos, assinou um despacho que permitia a reprogramação de verbas do PIDDAC.
Título, Imagem e Texto: Cristina Rita e Lídia Magno, Correio da Manhã, 06-9-2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-