sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Inquérito arrasa governo Sócrates

Documento seguirá para o Ministério Público e questiona as parcerias público-privadas. No final, parcerias custarão cerca de 23,7 mil milhões de euros
Cristina Rita/Lídia Magno
Ao longo de 500 páginas, a comissão de inquérito às parcerias público-privadas arrasa os governantes da equipa liderada por José Sócrates, entre 2005 e 2011. O inquérito vai seguir para o Ministério Público na sequência de "pedidos feitos à Comissão por autoridades judiciais".

Se a redução dos encargos com as PPP se verificar, as parcerias rodoviárias custarão, em toda a sua extensão, 23,7 mil milhões de euros brutos, ou seja, menos 7,3 mil milhões face ao valor inicial.
Depois de muitos meses de audições, os deputados sustentam que "os encargos com as PPP rodoviárias são excessivos, fruto da sua massificação, da sua desordenada implementação, da ausência de estudos que suportem o seu benefício económico-financeiro e da decisão puramente política". Diz ainda o relatório que, tendo em conta as considerações feitas pelo Tribunal de Contas, há indícios "de gestão danosa" para os interesses públicos no caso da REFER.


Paulo Campos é um dos ex-secretários de Estado mais visados no processo e a comissão recorda as acusações do antigo presidente das Estradas de Portugal, Almerindo Marques, sobre pressões diretas desse governante e pressões indiretas do ex-primeiro-ministro José Sócrates. Os deputados revelam que a 20 de junho de 2011, a menos de 24 horas da tomada de posse do atual primeiro-ministro, o secretário de Estado do Orçamento, Emanuel dos Santos, assinou um despacho que permitia a reprogramação de verbas do PIDDAC.
Título, Imagem e Texto: Cristina Rita e Lídia Magno, Correio da Manhã, 06-9-2013

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