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Lisboa, dezembro de 2012 |
O Natal é o principal evento
mundial onde se reverencia o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, que torna
a humanidade mais solidária, mais sensível, mais amorosa, mais tolerante e
compreensiva, quando todos, com suas finanças reforçadas pelo pagamento do 13º,
presenteiam seus familiares e amigos mais próximos, celebrando com euforia o
Sagrado momento da Ceia Natalina.
Todas os familiares e amigos
então se confraternizam, se beijam e se abraçam afetuosamente, com desejos
recíprocos de boas festas, de muitas alegrias, de muita paz, saúde, tonificando
o coração que se liberta dos sentimentos rancorosos e vingativos, purificando a
alma sempre ressentida pela falta constante de amor ao próximo.
No clímax da festa, à
meia-noite, todos empunhando lindas taças de cristal, com legítima champanhe
francesa, brindam-se com o tradicional "tim-tim", o ritual toque
mágico entre taças, umas nas outras, todas, no momento mais emocionante e
marcante de qualquer evento e/ou data comemorativa. É o NATAL...
Enfim, é uma festa cristã que
revigora o ser humano, forçando um esquecimento momentâneo das agruras,
injustiças, mágoas, incompreensões e obstáculos sempre presentes na vida
moderna, reacendendo as esperanças de todos por dias melhores e mais felizes no
Novo Ano que já vem se aproximando.
É assim a vida, enigmática,
incógnita, simbolizada por uma escada imaginária, onde todas as criaturas
almejam sempre galgar o degrau de cima, porque na verdade, cada degrau acima,
representa maior prosperidade com melhor qualidade de vida.
Quantos mais degraus o homem
puder subir, melhor e mais prazerosa será a sua existência na face da Terra.
Este ciclo natural da vida vivido por todos os cidadãos, não é permitido por
culpa dos poderes superiores, que seja estendido também aos velhinhos
aposentados, cuja aposentadoria transformou-se num castigo ao invés de uma
merecida e compensadora premiação.
Esses aposentados são
relegados a uma expectativa de vida inferior, sem proteção dos poderosos, sendo
descartados por não constarem mais dos planos do governo. Não são mais vistos
com bons olhos por receberem de aposentadoria mais de um salário mínimo que o
Executivo lamenta ter que pagar, a todos os aposentados, em todos os meses, sem
nada receber em troca.
Desprotegidos, são entregues à própria sorte, quando, ao contrário,
como uma lógica natural de justiça e merecimento, deveriam ser cuidadosamente
preservados, mantendo-se o seu poder aquisitivo longe de defasagens provocadas
arbitrariamente.
Que neste Natal de 2013 todos
que prestam serviços aos Poderes Públicos constituídos, que vivem
nababescamente com salários astronômicos, gozando de todas as regalias,
contrários a que se conceda um pouquinho mais de justiça aos aposentados e
pensionistas, que felizes comemoram com seus familiares contando com uma mesa
natalina farta das mais nobres e caras iguarias, abra um pouco mais a sua
consciência perante Deus, agradecendo com humildade por toda a fartura
recebida, fazendo uma íntima e sincera confissão de culpa:
"SENHOR, eu que recebi de Ti plenos poderes para criar, modificar,
cortar e anular leis voltadas para o bem-estar da população, não permito que o
velhinho aposentado que recebe um pouco mais do piso, suba mais um degrau da
escada, obrigando-o sim, a retroceder, descendo um degrau a cada novo ano, atual
realidade na desdita do cidadão aposentado, condenando-o a ser deslocado num
futuro bem próximo, para o primeiro degrau da escada. É a involução da sua
vida, o que vergonhosamente tenho concordado!
Tenho me oposto SENHOR, perversamente, a ascensão do aposentado e, Te
confesso PAI, neste momento que o remorso me corrói a consciência, a minha
máxima culpa!
E a cada novo ano, o aposentado tem que sujeitar-se a um Natal inferior
ao do ano anterior, pela queda gradativa do seu poder de compra. Isto porque o
seu poder aquisitivo se deteriora ano após ano, não por culpa natural da
inflação que lhe é reposta, e sim, por subtrações indevidas feitas nos seus benefícios,
reduzindo-o, anualmente, em número de salários mínimos, para o que fecho os
olhos.
Tenho concordado SENHOR, embora tenha poderes para discordar, que a
Previdência Social utilize insensatamente dois percentuais diferentes na
correção das aposentadorias. É uma sórdida discriminação PAI, tratamento e
direitos diferenciados na correção das aposentadorias! E a tudo isto, assisto
impassivo e acomodado!
Realmente, a bem da verdade, longe dos microfones, fora do alcance das
filmadoras e dos flashs fotográficos, intimamente, eu e a minha consciência, reconheço
que o aposentado é o único que não tem atualizações monetárias, e sim, perdas
reais. E a cada corte na sua aposentadoria, é mais um degrau da vida que ele
desce, originado pela minha covarde omissão!
Reconheço a minha culpa por acomodar-me a essa deslealdade, não
procurando de acordo com a minha decência de parlamentar que me é dado por Ti,
romper as barreiras desse perverso preconceito, para anular tamanho preconceito
e discriminação."
Deveria ser esta no fundo do
seu ego, a verdadeira contrição a ser feita perante Deus. Deputados
primeiramente, e demais autoridades dos Poderes Públicos, ainda estão em tempo
de se redimirem deste ato indigno que trava e enlameia a justiça social
brasileira. Igualdade e os mesmos direitos para todos os trabalhadores.
Lembrem-se que justiçando os
aposentados, corrigindo com um único percentual a atualização de todas as
aposentadorias do RGPS-Setor Urbano, estarão defendendo um ato nobre e
necessário, principalmente considerando a idade avançada destes ex-trabalhadores,
que desgastados, humilhados e sofridos, sem condições de retornar ao mercado de
trabalho, já estão fazendo por merecer há muito, uma nova "Carta de
Alforria".
FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO
PARA TODOS OS BRASILEIROS!
Título e Texto: Almir Papalardo, 03-12-2013
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