Ouvi há pouco um excerto de
uma entrevista à SIC em que António José Seguro, interrogado se iria baixar
impostos no caso de ser eleito, afirmou e reafirmou que apenas se comprometia a
não aumentar a carga fiscal.
Talvez ninguém mais do que
Seguro e os seus brilhantes acólitos criticaram o "roubo" descarado
que o governo fazia, através de impostos de todas as naturezas, através da CES,
e recorrendo a todas as "manigâncias" possíveis que pudessem retirar
uma parte dos salários e das pensões aos portugueses.
Ainda há dois dias, Seguro criticou violentamente o governo pelo injustificadoaumento do IVA e da TSU.
Pois, agora, aquilo que era condenável passou a ser tão virtuoso que Seguro nem pensa em mexer-lhe. O roubo é para ficar, agora que Seguro está a pensar em ser ele a meter-lhe a mão, quer dizer, a geri-lo.
Há 2300 anos, deambulava
Diógenes pela ruas de Atenas e Corinto com uma lamparina na mão a ver se
encontrava um homem honesto. Poderia bem fazê-lo agora em Portugal, à procura
de alternativas políticas sérias e honestas. Estou bem seguro de que não
encontrava. Nem, seguramente, com um milhão de lanternas.
Título, Imagem e Texto: Pinho
Cardão, “4R – Quarta República”, 06-05-2014
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Agradecido pela citação
ResponderExcluirNós é que devemos agradecer!
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