Almir Papalardo
Os aposentados, pensionistas e
aposentáveis que são discriminados e prejudicados há dezesseis anos, com quatro
anos da gestão de FHC (segundo mandato), mais oito anos do governo Lula e mais quatro
anos da gestão de Dilma, continuam sem perspectivas reais para uma solução justa
e definitiva para o grave e desumano problema que sem compaixão e sensibilidade
nos empurraram goela abaixo.
Esses problemas que todos já
sabem quais são, tornando-se até enfadonho repetir, foram uma vil e covarde
rasteira nos indefesos trabalhadores brasileiros, algemando-os e colocando
garrotes em seus pescoços, sem chances de defesa, pois nem a Constituição
Federal de 1988 nem o Estatuto do Idoso de 2003, com seus artigos de direitos
iguais para todos os aposentados, conseguiu protegê-los. Conseguiram desvirtuar
os objetivos daqueles artigos, que ficaram desatualizados, deixando os
aposentados sem chances alguma de procurarem seus direitos através da justiça.
Os que entraram, perderam, conforme aconteceu comigo.
Agora se aproxima rapidamente
as eleições de outubro que poderá empossar um novo presidente, novos senadores
e novos deputados. Seria a hora propícia para tentarmos numa solução
estratégica, usar os nossos votos com responsabilidade e inteligência, votando
só em candidatos da oposição, para equilibrar as forças entre situacionistas e
oposicionistas, cuja diferença a favor dos primeiros é patente e
desproporcional, favorecendo sempre os petistas que determinam somente o que
lhes interessa, descartando sempre os aposentados que visivelmente não fazem
parte dos seus planos de governo porque não passam, no conceito deles, de
cidadãos ociosos.
Seria preciso esquecer na
medida do possível a sigla partidária, porque se o PSDB e o PT foram
protagonistas de um covarde massacre ao aposentado, serão eles mesmos, mais o
PMDB, os três mais fortes partidos que poderão nos tirar dessa areia movediça
que eles mesmo nos atiraram. Deveremos portanto só considerar a conduta
política de cada um candidato, acreditando que poderá ser mais consciencioso
com a classe dos aposentados.
Portanto, que o cidadão
cônscio de sua responsabilidade, tenha em mente que não deverá abster-se de
votar em candidato que pelo menos tenha se mostrado honrado, tenha a ficha
limpa, para ver se conseguimos, a médio prazo, mudar a política podre que hoje
impera no Brasil, onde os maiores prejudicados têm sido os aposentados que
recebem mais de UM salário mínimo e os trabalhadores aptos a se aposentarem
Lembrem-se, ninguém deverá
omitir-se da responsabilidade de votar, porque estará fugindo do compromisso
que tem com a nação, querendo deixar para os outros a difícil escolha dos
candidatos, pensando estar se eximindo de culpa se os futuros eleitos não
corresponderem. É o exemplo típico de: “eu lavo as mãos”, não voto em ninguém
por isso não sou responsável pelos destinos dados ao Brasil. Errado, porque não
votando em nenhum candidato, mesmo que não admita, está concordando com o que a
maioria decidiu numa eleição. Ficou alheio...
Não, todos os 135 milhões de
eleitores têm a mesma responsabilidade. Nas últimas eleições, houve uma
abstenção de 29 milhões de eleitores. O que é isto minha gente? Vamos mudar o
atual rumo da política que está sepultando o nosso Brasil!
Título e Texto: Almir Papalardo, 17-05-2014
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