Viva o fim da família,
prefeito Fernando Haddad!
Reinaldo Azevedo
Pois é, pois é… Recebi na
Jovem Pan a informação de um pai indignado, morador de São Mateus, na Zona
Leste de São Paulo. Na semana passada, as instituições públicas de ensino em
que seus filhos estudam deixaram de comemorar o tradicional “Dia das Mães” para
celebrar o inovador “Dia de quem cuida mim”.
O jovem pai, de 27 anos, tem
dois filhos matriculados na rede municipal de ensino. O mais velho, de 5 anos,
é aluno da EMEI Cecília Meireles, e o mais novo, de 3 anos, do CEI Monteiro
Lobato, de administração indireta.
Ele afirma que conversou com a
coordenadora pedagógica da EMEI e sugeriu que fossem mantidas as datas do “Dia
dos Pais” e do “Dia das Mães”, além de incorporar ao calendário esse tal “Dia
de quem cuida de mim”. Ele acha que essa, sim, seria uma medida inclusiva e não
preconceituosa. A resposta que recebeu dessa coordenadora pedagógica foi a
seguinte: “A família tradicional não existe mais”.
Isso quer dizer que, segundo a
moça, família com pai, mãe e filhos acabou. É coisa do passado.
O produtor Bob Furya foi
apurar. Tudo confirmado. A assistente de direção da Escola Municipal de Ensino
Infantil Cecília Meireles afirmou que a iniciativa de criar “o dia de quem
cuida de mim” partiu de reuniões do Conselho Escolar, do qual participam pais e
professores e de reuniões pedagógicas entre os docentes.
O pai garante que não
participou de consulta nenhuma. Ele assegura, ainda, ser um pai presente. E
parece ser mesmo verdade. Para a escola, o fato de se criar “o dia de quem
cuida de mim” permite a crianças órfãs, criadas por parentes ou por casais
homossexuais que não se sintam excluídas em datas como o “Dia das Mães” ou o
“Dia dos Pais”. Para esse pai, no entanto, trata-se do desrespeito à
“instituição da família”.
Em nota, afirma a Secretaria
de Educação: “Hoje em dia, a família é
composta por diferentes núcleos de convívio e, por isso, algumas escolas da
Rede Municipal de Ensino decidiram transformar o tradicional Dia dos Pais e das
Mães no Dia de quem cuida de mim.”
Não dá! Você que me lê. Pegue
o registro de nascimento do seu filho. Ele tem pai? Ele tem mãe? Ou ele tem,
agora, cuidadores?
Qual é a função da escola? É
aproximar os pais, não afastá-los. O que é? A escola pública vai agora decretar
a extinção do pai? A extinção da mãe? A democracia prevê o respeito às
minorias. Querem integrar os pais homossexuais? Muito bem! Os avôs? Muito bem!
Extinguir, no entanto, a figura do pai e da mãe, transformando-os em cuidadores
é uma ideia moralmente criminosa.
Nessas horas, sei bem o que
dizem: “Ah, lá estão os conservadores…”. Não se trata de conservadorismo ou de
progressismo. Todo mundo sabe que boa parte das tragédias sociais e individuais
tem origem em famílias desestruturadas.
Uma pergunta: declarar o fim
da família tradicional é o novo objetivo da gestão de Fernando Haddad?
Título e Texto: Reinaldo Azevedo, Blog, 16-05-2014
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