domingo, 18 de maio de 2014

Questão de prioridades

ENQUANTO BRASIL TENTA O HEXACAMPEONATO MUNDIAL DE FUTEBOL, ISRAEL DESCOBRE UM MEIO DE REVERTER OS DANOS DA DOENÇA DE ALZHEIMER
Francisco Vianna
A Prof. Illana Gozes, o grande astro da seleção israelense que coleta títulos mundiais de Prêmios Nobel. Foto: cortesia da UTA
Professora da Universidade de Tel Aviv, num excelente trabalho de equipe, descobriu uma proteína que pode proteger os neurônios cognitivos do sistema nervoso central dos estragos produzidos pelas demências senis que incidem na terceira idade e, mesmo, impedir que eles ocorram. Tal feito pode render aos judeus mais um Prêmio Nobel na sua coleção recorde.

Se for perguntado aos governantes de Israel se gostariam de sediar a Copa do Mundo, da FIFA, certamente os judeus responderiam que preferem investir todos os imensos recursos necessários para tal fim em suas universidades, hoje, entre os mais adiantados centros de pesquisa do mundo. O que os judeus têm conseguido conquistar através de suas pesquisas científicas, torna, cada vez mais, o Estado de Israel um país cada vez mais valioso para a humanidade como um todo.

A última pesquisa da “seleção” da Universidade de Tel Aviv representa um ‘gol de placa’ – no jargão futebolístico brasileiro – na profilaxia e recuperação de pessoas de idade vitimadas por demências senis tais como a doença de Alzheimer, conseguindo até reverter seus danos cerebrais observados antes do novo tratamento.

O novo método envolve uma proteína semelhante à que protege o cérebro de lesões e danos, mas que, no entanto, está ausente nos pacientes com doença de Alzheimer.

Ainda não se sabe, com todos os detalhes, o que causa a doença de Alzheimer, mas as condições físicas que levam ao desenvolvimento dessa neuropatologia demencial da senilidade estão muito claras para os cientistas, ou seja, o acúmulo de placas e novelos neuronais que matam as células cerebrais nas pessoas que sofrem dessa doença, levando a pessoa à degeneração da função cognitiva e perda de memória progressiva até um grau que se torna incompatível com a manutenção da vida. 

Partindo do conhecimento dessa proteína protetora, a equipe da Prof. Illana Gozes, “matou a bola no peito, fez uma série de tabelinha brilhantes e, de bicicleta, marcou um gol de placa”, decisivo para vencer o jogo contra o time da Alzheimer...

Um dos objetivos mais importantes nessa “partida decisiva” tem sido o de estabelecer modos de proteger os neurônios cerebrais das placas e neurofibrilas que formam minúsculos novelos que destroem a função neuronal. Num estudo publicado na edição de maio do Jornal da Doença de Alzheimer, a Profª. Illana Gozes, da Universidade de Tel Aviv, descreve como a NAP, um fragmento de uma proteína essencial para a formação neuronal do cérebro, tem evidenciado em estudos prévios a sua ação protetora do tecido cerebral. A perda de NAP expõe os neurônios ao dano físico resultante do comprometimento de suas funções, principalmente as cognitivas e de equilíbrio, que eventualmente os destrói, e como a aplicação de proteínas semelhantes à NAP que estão sendo sintetizadas na UTA impedem que esses danos progridam e até recuperam as suas funções celulares. E tais proteínas foram descobertas por Gozes e sua equipe. “A pesquisa”, disse ela, “pode eventualmente levar ao desenvolvimento de novas drogas que possam curar ou controlar de modo satisfatório os efeitos da doença de Alzheimer e de outras demências senis”.

No Brasil de hoje, qualquer estudante de escola secundária sabe de cor os nomes dos futebolistas convocados para disputar a Copa da FIFA de futebol no país e se esforçam em colecionar as figurinhas desses artistas da bola, mas não fazem a menor ideia do que abnegados cientistas vêm descobrindo para o bem da humanidade.

Talvez seja a hora de criar álbuns de figurinhas com as figures desses heróis anônimos, entre os quais, certamente, a da Prof. Illana Gozes ocuparia um lugar de destaque, sem que Neymar ou Messi perdessem nada de seu brilho.
Título e Texto: Francisco Vianna, 18-05-2014

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