O ilustríssimo educador e
Senador Cristovam Buarque nos brinda uma vez mais com um artigo claro, objetivo
e competente, que assim interpretamos e apresentamos em sua essência:
“Fingimos ser ricos, apesar da
pobreza; Fingimos ser possivel dar um salto à universidade sem passar pela
educação de base; Não damos atenção para o fato de que temos 13 milhões de
adultos prisioneiros do analfabetismo, 54,5 milhões de brasileiros com mais de
25 anos não concluindo o ensino fundamental, e 70 milhões não terminando o
ensino médio;
Fingimos que os matriculados
estão estudando, embora passem meses sem aula por motivos diversos alheios a
sua vontade; Fingimos que dando bolsa estamos erradicando a pobreza, embora na
realidade estamos fazendo com que fiquem infantilizados, dependentes e
continuando sem acesso aos bens e serviços essenciais que permanecem fóra do
seu alcance;
Fingimos ter 94,9 milhões na
classe média se estão com renda mensal entre R$291,00 e R$1.019,00, num pais
que não tem infraestrutura mínima de locomoção, assistência médica, educação
básica, segurança e perspectiva de progresso por esforço e mérito; Fingimos que
o aumento da frota de automóveis é progresso, quando não temos malha
metroviária, ferroviária, fluvial/marítima e aérea que se possa chamar de tal;
Fingimos que estamos numa
democracia quando temos 32 partidos politicos, 39 ministérios, ausência de
isonomia salarial entre funcionários publicos federais concursados dos três
poderes, padronizada em todo o país; Fingimos que podemos controlar a
violência, corrupção, tráfico de drogas e contrabando, quando a nossa fronteira
seca e marítima não está adequadamente guarnecida;
Queremos dar palpite errado no
Conselho de Segurança da ONU quando nem ao menos somos capazes de garantir
segurança de nossos concidadãos dentro do próprio território nacional; Fingimos
respeitar os índios, mas na realidade estamos estimulando e permitindo que eles
não nos respeitem e se achem donos da terra porque não sabemos administrar a
questão e permitimos que ONGs e seus kits palpiteiem e perambulem à vontade por
aqui;
Fingimos aceitar que o
legislativo e o judiciário votem seus próprios proventos e vantagens, enquanto
os da CLT e concursados do executivo ficam limitados a leis e regulamentos
mutantes, sempre mais restritivos e humilhantes.”
Finalmente, fingimos acreditar
que a "União" cumpre decisão do STF, quando na realidade os velhinhos AERUS
estão amargando uma eutanásia já em execução há oito anos.
Título e Texto: Alberto Cleiman, 16-06-2014
Via Dayse Mattos
O Senador Cristovam Buarque é excelente| Não sei se esta distopia pode ser generalizada em todas as sociedades do mundo - A mentira. Sei bem que no Brasil, houve um aumento da mentira em forma avassaladora. Interrompendo o progresso dos movimentos sociais, O silêncio dos que deveriam gritar por justiça, camuflando suas necessidades, em prol de uma falsa aparência de prosperidade. Lamentável tudo isso, e não vejo uma mudança de comportamento, o resgate da justiça e da verdade, possível cura da alma, Parabéns ao Senador e ao Cão que fuma pela bela reportagem.
ResponderExcluirBelíssimo artigo !
ResponderExcluirCristovam Buarque é provavelmente quem mais entende de educação, no Brasil, e quem mais lutou por ela. Lula entretanto o demitiu por telefone e colocou em seu lugar
Haddad.É preciso dizer mais alguma coisa ? Concordo com tudo que disse Galeria Ever
Botelho ! Paulo Contreiras.
Permitam-me como sempre, discordar.
ResponderExcluirEsse cara foi funcionário do BID e ainda hoje conselheiro.
Esquerdista, gramscista e membro da ação popular, membro do clube de Roma junto com FHC, cujas metas de contole da natalidade jamais forma impostas no Brasil.
Tentou elitizar o ensino superior no Brasil, limitando as faculdades públicas e priorizando as privadas.
A educação é ponto destacado nas orientações do FMI (Fundo Monetário Internacional), OMC (Organização Mundial do Comércio) e do Banco Mundial, orientações que devem ser seguidas por aqueles que "precisam" destas organizações, como os governantes do país.
O FMI exige que se passe o "grosso" do ensino superior para a iniciativa privada (a parcela mais lucrativa); a manutenção de algumas universidades públicas, porém sustentadas por parcerias e fundações privadas, transformando a educação em serviço "fiscalizado" pelo governo; exige a manutenção de instituições de ensino básico e certa parcela do ensino médio como responsabilidade do Estado. Garantiriam assim qualificação mínima para o mercado além de grande oferta de mão de obra, mantendo baixo o salário.
Essa política sempre foi defendida e aplicada pelo PT em seus governos. Políticas assistencialistas para o povo pobre que eles tem a cara de pau de chamar de excluídos, como se o sistema não produzisse e necessitasse destes para se manter.
Finalmente um dos recebedores de pensão vitalícia por perseguição política.
bom dia...