domingo, 10 de agosto de 2014

Jean Wyllys entra para a lista dos políticos de extrema-esquerda trollados por Joselito Muller

Luciano Henrique


De novo justifica-se aquilo que sempre tenho dito em relação à esquerda (especialmente a extrema-esquerda): devemos submetê-los ao mais corrosivo e abrasivo ridículo. Principalmente por que é fácil demais pegá-los nessa situação constrangedora.

Jean Wyllys, por exemplo, é a eterna alegria da garotada. Não pense bobagem. O fato é que é possível dar muita risada de seus papelões. Agora ele entra para o rol de políticos da ultra-esquerda que levaram a sério as postagens humorísticas do Joselito Muller.

Vamos começar, a partir de seu mimimi no Facebook (e, como sempre, seleciono as partes mais bizarras ou divertidas):

OS CANALHAS DIFAMADORES NÃO PARAM! Soube há pouco – por meio de uma postagem feita por uma atriz famosa que está entre meus amigos virtuais – que eu havia me oferecido, junto a outros parlamentares de esquerda, como “escudo humano” na Faixa de Gaza (?!). Essa MENTIRA é parte de uma matéria FALSA e bizarra feita por um blog apócrifo, que, segundo a atriz, foi repassado por uma pessoa “séria e respeitadíssima” da colônia judaica à qual ela pertence. A atriz já excluiu a postagem e me pediu desculpas pelo que fez.

Agora só falta ele pedir desculpas à amiga “atriz famosa” dele por ter feito papelão diante de uma piada. É exatamente o mesmo comportamento histérico e a mesma gritaria dizendo “difamação, difamação” praticada por Maria do Rosário contra o mesmo blogueiro Joselito Muller, que neste momento está morrendo de rir disso tudo. Vejam aqui e aqui o cirquinho de Maria do Rosário.

O texto publicado pelo tal blog (que só consegue ser lido por milhares de pessoas graças a esses “ingênuos” e malintencionados que o compartilham como se fosse uma notícia real, sem perceber, ou mesmo percebendo, que é uma MATÉRIA FALSA) é tão bizarro que parece obra do The Piauí Herald — embora não se trate, como nesta paródia de jornal, de humor explícito, sincero, mas, sim, de uma peça difamatória dissimulada por tom humorístico de baixa qualidade para se espalhar rápido.

Não é possível que ele tenha postado isso em pleno domínio de suas faculdades mentais. Ele diz que parece (mas não é) uma obra do The Piauí Herald, que faz o mesmo tipo de humor só que para beneficiar o PT. Joselito Muller é especialista em zoar a extrema-esquerda. Daí ele cria a distinção que manda a lógica às urtigas: um site humorístico de notícias fictícias que beneficia o PT é “humor explícito, sincero”, mas aquele que não agrada a turma da extrema-esquerda (leia-se por PT, PCdoB, PSOL e PSTU) é “peça difamatória dissimulada”. É uma indigência intelectual que até seria digna de pena, se não estivéssemos diante de um sujeito inimigo da democracia.

Alias, “tom humorístico de baixa qualidade”? Eu achei  o post de Joselito Muller (está aqui: Políticos de esquerda se oferecem como escudos humanos na Faixa de Gaza) excelente. Mas quem é zoado definitivamente não gosta. Elementar…

Entre outros absurdos, o texto do blog apócrifo diz que deputados de vários partidos de esquerda decidimos “unir forças com o Hamas”(!!) e apoiar a ação dessa organização, oferecendo-nos como escudos humanos na Faixa de Gaza.

Qualquer pessoa com um mínimo de inteligência deveria se dar conta de que se trata de uma piada de mau gosto, mas, como diz Leo Sakamoto, “falta amor no mundo, mas também falta interpretação de texto”. E há os que se aproveitam disso, criando uma bizarrice dessas para me atingir, pelas mais espúrias motivações. E há os burros que compartilham um texto desse como se fosse verdade, e ainda acrescentam a introdução indignada: “Olha que barbaridade o que esse Jean Wyllys falou!”.

Se falta interpretação de texto, falta muito mais entendimento de ironias do lado dele e de sua turma. Parece que esta é uma limitação cognitiva da extrema-esquerda. Daí ele critica os que compartilham um texto desse “como se fosse verdade”. Mas é uma falácia julgar um conteúdo pelo uso equivocado que seja feito dele. Ele virou deputado, se diz “intelectualizado”, mas posta como os mais iletrados BBB’s.

Então, esclarecendo… Eu Jamais poderia “unir forças” com o Hamas ou me solidarizar com ele, já que considero o Hamas uma organização terrrorista, criminosa e assassina que oprime seu próprio povo e usa as crianças palestinas, sim, como escudos humanos, da mesma forma que usa hospitais e escolas para esconder mísseis e armamentos. Jamais poderia cometer a burrice de chamar de “nazista” um estado fundado por judeus – seria, além de burrice, uma provocação ofensiva e desrespeitosa que atingiria todo um povo (o povo judeu) pelo qual nutro respeito e admiração, como, de resto, nutro pelo povo palestino.

Repudio sim – e isso tem que ficar claro – os ataques das FORÇAS ARMADAS DE ISRAEL (notem que não me refiro aos israelenses em geral!) contra a POPULAÇÃO CIVIL palestina; ataques que têm provocado milhares de mortes, inclusive de crianças. Da mesma maneira que repudio os ataques terroristas do Hamas contra o povo de Israel! Minha preocupação é com a vida humana de palestinos e israelenses e com o uso desproporcional da força por parte do EXÉRCITO DE ISRAEL!

Epa, epa… parou, parou!

Ele começa dizendo ser contra o Hamas, em um discurso até bonitinho e capaz de enganar os incautos. Porém fala dos ataques das Forças Armadas de Israel “contra a população civil”, o que é uma alegação… do Hamas. Antes, vejamos esse vídeo, mostrando os terroristas do Hamas lançando um míssil do lado de um hospital em Gaza:



A cara de susto da jornalista é impagável. Por sorte nada aconteceu com ela…

Mas realize a situação. A partir do lançamento de um míssil desses, Israel consegue rastrear a fonte de seu lançamento e bombardeia o local. Mas como o lançador de mísseis está localizado (deliberadamente pelo Hamas) do lado de um hospital, podem surgir vítimas inocentes. Isso não é, de forma alguma, um “ataque contra a população civil”, mas o uso de civis como escudos humanos.

Outro discurso inventado para defender o Hamas é o do “uso desproporcional de força” pelo Exército de Israel. Mas espere aí: o Hamas lançou mais de 2.000 mísseis em Israel, e até agora o número de vítimas palestinas não chegou a essa contagem. É óbvio que a única “desproporcionalidade” que estamos vendo aqui é o fato de menos israelenses morrerem por causa de seu ótimo sistema de defesa anti-aérea (Iron Dome). Mas em termos de ataques, não há nenhuma desproporcionalidade. Já afirmar “desproporcionalidade” em termos de poderio bélico de cada lado não faz o sentido em uma guerra, só em torneios esportivos.

Quer dizer, Wyllys é contra o Hamas, mas faz a propaganda anti-Israel baseada nos discursos do Hamas. Ele quer enganar a quem com isso?
Para quem divide a vida em preto e branco, deve-se estar do lado do Hamas ou do lado do Netanyahu. Eu não penso assim, logo, não estou do lado de um nem do outro — e acho que eles, de certa forma, estão do mesmo lado, que é o lado da manutenção da guerra até a eliminação total do outro.

Isso dá uma preguiça viu! O Hamas é um grupo terrorista que acredita no martírio. É claramente o tipo de grupo que tem que ser sumariamente varrido da face da Terra. Ao menos, em termos de poderio político. Quando ele coloca um grupo terrorista no mesmo pé de igualdade que Israel e simula uma moderação, já está tomando partido. É o mesmo jogo usado por quem diz “não tomar partido nem das FARC, e nem do governo colombiano”, o que é o joguete feito para interessar apenas as FARC.

Mais uma vez, Wyllys compra o discurso do Hamas e tenta nos enrolar fingindo estar na posição de neutro.

Estou do lado do povo palestino, que sofre os bombardeios da ação militar de Israel. E estou do lado do povo israelense contra a opressão dos fundamentalistas do Hamas, que usam a vida e a morte de seus compatriotas para sua delirante guerra santa. Estou do lado de cada família que perdeu um ser querido, de um lado e do outro da fronteira. Estou do lado dos cidadãos israelenses e palestinos que querem a paz.

A velha cantinela “murista” que no fundo é praticamente humorística. Só que em termos de humor involuntário, naturalmente. É como chegar em um torneio (agora o exemplo vale, diga-se de passagem) e ver dois times disputando a final. Um pergunta: “Para quem você torce?”. Resposta: “Para os dois ganharem”.

Esse tipo de discurso tem o mesmo valor que um peido para a análise de guerras. Temos que ter respostas claras e objetivas ao invés de discursos hipócritas.  É verdade que palestinos tem sofrido muito nas mãos do Hamas. Justamente por isso já passou da hora de Israel conseguir ajuda internacional para invadir Gaza de uma vez, buscando os terroristas do Hamas em cada buraco onde eles se esconderem. Eu acho que após uns três meses de invasão massiva, o problema será bem mitigado.

Sendo assim, alguém que compartilhe uma matéria caluniosa e bizarra como essa que a atriz compartilhou não pode ser considerada “séria e respeitadíssima”, a não ser que se admita que essa pessoa é um analfabeto funcional incapaz se discernir matéria e fontes jornalísticas sérias.
Chororô!

Eu compartilho a matéria, principalmente depois de ter refutado Jean Wyllys em quase todos os parágrafos (eu só deixei de avaliar dois deles, pois ele já estava repetitivo). Em termos de lógica, ele não pode nem sequer começar a conversar comigo e muitos leitores deste blog.

Ao mesmo tempo, pessoas intelectualmente superiores a ele (e não é preciso muito para isso) sabem discernir uma matéria de um texto humorístico como esse, que é engraçado exatamente pelo componente de ironia. Como sabemos (e ele não sabe, evidentemente), ironia ocorre quando o significado literal do que você escreve é o oposto do significado intencionado.

Assim, quando Joselito Muller escreve “Jean Wyllys se oferece como escudo humano” este é o significado literal, mas o significado real é “Jean Wyllys jamais se ofereceria como escudo humano”. Mas existe um sub-texto aí: “Ele não é doido para se oferecer como escudo humano, mas usa o discurso do Hamas, partido que depende de escudos humanos”.
Jean Wyllys seria uma pessoa de alta intelectualidade e ótimo potencial de discernimento, pelo que podemos avaliar de seu texto. E isto também é uma ironia. Que ele não entenderia, a julgar pelo andar da carruagem.
Título e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 10-08-2014

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