De novo justifica-se aquilo
que sempre tenho dito em relação à esquerda (especialmente a extrema-esquerda):
devemos submetê-los ao mais corrosivo e abrasivo ridículo. Principalmente por
que é fácil demais pegá-los nessa situação constrangedora.
Jean Wyllys, por exemplo, é a
eterna alegria da garotada. Não pense bobagem. O fato é que é possível dar
muita risada de seus papelões. Agora ele entra para o rol de políticos da
ultra-esquerda que levaram a sério as postagens humorísticas do Joselito Muller.
Vamos começar, a partir de seu mimimi no Facebook (e, como sempre, seleciono as partes mais bizarras
ou divertidas):
OS CANALHAS DIFAMADORES NÃO
PARAM! Soube há pouco – por meio de uma postagem feita por uma atriz famosa que
está entre meus amigos virtuais – que eu havia me oferecido, junto a outros
parlamentares de esquerda, como “escudo humano” na Faixa de Gaza (?!). Essa
MENTIRA é parte de uma matéria FALSA e bizarra feita por um blog apócrifo, que,
segundo a atriz, foi repassado por uma pessoa “séria e respeitadíssima” da
colônia judaica à qual ela pertence. A atriz já excluiu a postagem e me
pediu desculpas pelo que fez.
Agora só falta ele pedir
desculpas à amiga “atriz famosa” dele por ter feito papelão diante de uma
piada. É exatamente o mesmo comportamento histérico e a mesma gritaria dizendo
“difamação, difamação” praticada por Maria do Rosário contra o mesmo blogueiro
Joselito Muller, que neste momento está morrendo de rir disso tudo. Vejam aqui e aqui o
cirquinho de Maria do Rosário.
O texto publicado pelo tal
blog (que só consegue ser lido por milhares de pessoas graças a esses
“ingênuos” e malintencionados que o compartilham como se fosse uma notícia
real, sem perceber, ou mesmo percebendo, que é uma MATÉRIA FALSA) é tão bizarro
que parece obra do The Piauí Herald — embora não se trate, como nesta paródia
de jornal, de humor explícito, sincero, mas, sim, de uma peça difamatória
dissimulada por tom humorístico de baixa qualidade para se espalhar rápido.
Não é possível que ele tenha
postado isso em pleno domínio de suas faculdades mentais. Ele diz que parece
(mas não é) uma obra do The Piauí Herald, que faz o mesmo tipo de humor só que para beneficiar o PT.
Joselito Muller é especialista em zoar a extrema-esquerda. Daí ele cria a
distinção que manda a lógica às urtigas: um site humorístico de notícias
fictícias que beneficia o PT é “humor explícito, sincero”, mas aquele que não
agrada a turma da extrema-esquerda (leia-se por PT, PCdoB, PSOL e PSTU) é “peça
difamatória dissimulada”. É uma indigência intelectual que até seria digna de
pena, se não estivéssemos diante de um sujeito inimigo da democracia.
Alias, “tom humorístico de
baixa qualidade”? Eu achei o post de Joselito Muller (está aqui: Políticos de esquerda se oferecem como escudos humanos na Faixa de Gaza) excelente. Mas quem é zoado definitivamente não gosta. Elementar…
Entre outros absurdos, o texto
do blog apócrifo diz que deputados de vários partidos de esquerda decidimos
“unir forças com o Hamas”(!!) e apoiar a ação dessa organização, oferecendo-nos
como escudos humanos na Faixa de Gaza.
Qualquer pessoa com um mínimo de
inteligência deveria se dar conta de que se trata de uma piada de mau gosto,
mas, como diz Leo Sakamoto, “falta amor no mundo, mas também falta
interpretação de texto”. E há os que se aproveitam disso, criando uma bizarrice
dessas para me atingir, pelas mais espúrias motivações. E há os burros que
compartilham um texto desse como se fosse verdade, e ainda acrescentam a
introdução indignada: “Olha que barbaridade o que esse Jean Wyllys falou!”.
Se falta interpretação de
texto, falta muito mais entendimento de ironias do lado dele e de sua turma.
Parece que esta é uma limitação cognitiva da extrema-esquerda. Daí ele
critica os que compartilham um texto desse “como se fosse verdade”. Mas é uma
falácia julgar um conteúdo pelo uso equivocado que seja feito dele. Ele virou
deputado, se diz “intelectualizado”, mas posta como os mais
iletrados BBB’s.
Então, esclarecendo… Eu
Jamais poderia “unir forças” com o Hamas ou me solidarizar com ele, já que
considero o Hamas uma organização terrrorista, criminosa e assassina que oprime
seu próprio povo e usa as crianças palestinas, sim, como escudos humanos, da
mesma forma que usa hospitais e escolas para esconder mísseis e armamentos.
Jamais poderia cometer a burrice de chamar de “nazista” um estado fundado por
judeus – seria, além de burrice, uma provocação ofensiva e desrespeitosa que
atingiria todo um povo (o povo judeu) pelo qual nutro respeito e admiração,
como, de resto, nutro pelo povo palestino.
Repudio sim – e isso tem que
ficar claro – os ataques das FORÇAS ARMADAS DE ISRAEL (notem que não me refiro
aos israelenses em geral!) contra a POPULAÇÃO CIVIL palestina; ataques que têm
provocado milhares de mortes, inclusive de crianças. Da mesma maneira que
repudio os ataques terroristas do Hamas contra o povo de Israel! Minha
preocupação é com a vida humana de palestinos e israelenses e com o uso
desproporcional da força por parte do EXÉRCITO DE ISRAEL!
Epa, epa… parou, parou!
Ele começa dizendo ser contra
o Hamas, em um discurso até bonitinho e capaz de enganar os incautos. Porém
fala dos ataques das Forças Armadas de Israel “contra a população civil”, o que
é uma alegação… do Hamas. Antes, vejamos esse vídeo, mostrando os terroristas
do Hamas lançando um míssil do lado de um hospital em Gaza:
A cara de susto da jornalista
é impagável. Por sorte nada aconteceu com ela…
Mas realize a situação. A partir do lançamento de um míssil desses, Israel consegue rastrear a fonte de seu lançamento e bombardeia o local. Mas como o lançador de mísseis está localizado (deliberadamente pelo Hamas) do lado de um hospital, podem surgir vítimas inocentes. Isso não é, de forma alguma, um “ataque contra a população civil”, mas o uso de civis como escudos humanos.
Outro discurso inventado para
defender o Hamas é o do “uso desproporcional de força” pelo Exército de Israel.
Mas espere aí: o Hamas lançou mais de 2.000 mísseis em Israel, e até agora o
número de vítimas palestinas não chegou a essa contagem. É óbvio que a única
“desproporcionalidade” que estamos vendo aqui é o fato de menos israelenses
morrerem por causa de seu ótimo sistema de defesa anti-aérea (Iron Dome). Mas
em termos de ataques, não há nenhuma desproporcionalidade. Já
afirmar “desproporcionalidade” em termos de poderio bélico de cada lado
não faz o sentido em uma guerra, só em torneios esportivos.
Quer dizer, Wyllys é contra o
Hamas, mas faz a propaganda anti-Israel baseada nos discursos do Hamas. Ele
quer enganar a quem com isso?
Para quem divide a vida em
preto e branco, deve-se estar do lado do Hamas ou do lado do Netanyahu. Eu não
penso assim, logo, não estou do lado de um nem do outro — e acho que eles, de
certa forma, estão do mesmo lado, que é o lado da manutenção da guerra até a
eliminação total do outro.
Isso dá uma preguiça viu!
O Hamas é um grupo terrorista que acredita no martírio. É claramente o
tipo de grupo que tem que ser sumariamente varrido da face da Terra. Ao menos,
em termos de poderio político. Quando ele coloca um grupo terrorista no mesmo
pé de igualdade que Israel e simula uma moderação, já está tomando partido. É o
mesmo jogo usado por quem diz “não tomar partido nem das FARC, e nem do governo
colombiano”, o que é o joguete feito para interessar apenas as FARC.
Mais uma vez, Wyllys compra o
discurso do Hamas e tenta nos enrolar fingindo estar na posição de neutro.
Estou do lado do povo
palestino, que sofre os bombardeios da ação militar de Israel. E estou do lado
do povo israelense contra a opressão dos fundamentalistas do Hamas, que usam a
vida e a morte de seus compatriotas para sua delirante guerra santa. Estou do
lado de cada família que perdeu um ser querido, de um lado e do outro da
fronteira. Estou do lado dos cidadãos israelenses e palestinos que querem a
paz.
A velha cantinela “murista”
que no fundo é praticamente humorística. Só que em termos de humor
involuntário, naturalmente. É como chegar em um torneio (agora o exemplo vale,
diga-se de passagem) e ver dois times disputando a final. Um pergunta: “Para
quem você torce?”. Resposta: “Para os dois ganharem”.
Esse tipo de discurso tem o
mesmo valor que um peido para a análise de guerras. Temos que ter respostas
claras e objetivas ao invés de discursos hipócritas. É verdade que
palestinos tem sofrido muito nas mãos do Hamas. Justamente por isso já passou
da hora de Israel conseguir ajuda internacional para invadir Gaza de uma vez,
buscando os terroristas do Hamas em cada buraco onde eles se esconderem. Eu
acho que após uns três meses de invasão massiva, o problema será bem mitigado.
Sendo assim, alguém que
compartilhe uma matéria caluniosa e bizarra como essa que a atriz compartilhou
não pode ser considerada “séria e respeitadíssima”, a não ser que se admita que
essa pessoa é um analfabeto funcional incapaz se discernir matéria e fontes
jornalísticas sérias.
Chororô!
Eu compartilho a matéria,
principalmente depois de ter refutado Jean Wyllys em quase todos os parágrafos
(eu só deixei de avaliar dois deles, pois ele já estava repetitivo). Em termos
de lógica, ele não pode nem sequer começar a conversar comigo e muitos leitores
deste blog.
Ao mesmo tempo, pessoas
intelectualmente superiores a ele (e não é preciso muito para isso) sabem
discernir uma matéria de um texto humorístico como esse, que é engraçado
exatamente pelo componente de ironia. Como sabemos (e ele não sabe,
evidentemente), ironia ocorre quando o significado literal do que você escreve
é o oposto do significado intencionado.
Assim, quando Joselito Muller
escreve “Jean Wyllys se oferece como escudo humano” este é o significado
literal, mas o significado real é “Jean Wyllys jamais se ofereceria como escudo
humano”. Mas existe um sub-texto aí: “Ele não é doido para se oferecer como
escudo humano, mas usa o discurso do Hamas, partido que depende de escudos
humanos”.
Jean Wyllys seria uma pessoa
de alta intelectualidade e ótimo potencial de discernimento, pelo que podemos
avaliar de seu texto. E isto também é uma ironia. Que ele não entenderia, a
julgar pelo andar da carruagem.
Título e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 10-08-2014
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