sexta-feira, 12 de junho de 2015

DesTAPam-se - finalmente! - os olhos...

José Mário Ferreira de Almeida

Uma boa notícia, a da venda de parte das participações da TAP nas mãos do Estado. O que li e o que ouvi da boca de gente que sabe e não está comprometida com eleitoralismos ou sofre de miopias ideológicas, criou em mim a convicção de que a venda de parte do capital e do domínio da TAP, nunca podia ser feita a qualquer preço. Um preço inaceitável seria a necessidade de o contribuinte contribuir. Ao que parece o contribuinte não tem de contribuir. Satisfez-se, pois, por aí, uma parte do interesse público. A outra parte, compete a quem adquiriu. Tudo tem de fazer para que a TAP se transforme numa empresa bem-sucedida, invertendo o plano inclinado em que deslizava velozmente. Creio que não passa da cabeça de ninguém (bem formado, claro) negar que o sucesso dos futuros novos acionistas corresponde ao interesse dos clientes da TAP e ao interesse do País.

P.S. - As reações de toda a oposição revelam um desconhecimento lamentável do significado de a TAP ter acumulado 512 milhões de euros de capitais negativos (salvo erro). Alguns dos opositores de plantão não sabem mesmo o que isso quer dizer. Mas no PS há quem saiba, sendo por isso lamentável a demagogia dos seus argumentos quando se sabe que se o PS tivesse de se confrontar com as consequências de uma alternativa à venda de participações do Estado, jamais a quereria assumir. Por isso é muito confortável não ter de decidir. Nem por isso menos condenável o irresponsável discurso da oposição pela oposição. 
Título e Texto: José Mário Ferreira, “4R – Quarta República”, 12-6-2015

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