José Mário Ferreira de Almeida
Uma boa notícia, a da venda de
parte das participações da TAP nas mãos do Estado. O que li e o que ouvi da
boca de gente que sabe e não está comprometida com eleitoralismos ou sofre de
miopias ideológicas, criou em mim a convicção de que a venda de parte do
capital e do domínio da TAP, nunca podia ser feita a qualquer preço. Um preço
inaceitável seria a necessidade de o contribuinte contribuir. Ao que parece o
contribuinte não tem de contribuir. Satisfez-se, pois, por aí, uma parte do
interesse público. A outra parte, compete a quem adquiriu. Tudo tem de fazer
para que a TAP se transforme numa empresa bem-sucedida, invertendo o plano
inclinado em que deslizava velozmente. Creio que não passa da cabeça de ninguém
(bem formado, claro) negar que o sucesso dos futuros novos acionistas
corresponde ao interesse dos clientes da TAP e ao interesse do País.
P.S. - As reações de toda a
oposição revelam um desconhecimento lamentável do significado de a TAP ter
acumulado 512 milhões de euros de capitais negativos (salvo erro). Alguns dos
opositores de plantão não sabem mesmo o que isso quer dizer. Mas no PS há quem
saiba, sendo por isso lamentável a demagogia dos seus argumentos quando se sabe
que se o PS tivesse de se confrontar com as consequências de uma alternativa à
venda de participações do Estado, jamais a quereria assumir. Por isso é muito
confortável não ter de decidir. Nem por isso menos condenável o irresponsável
discurso da oposição pela oposição.
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