Rui A.
A enraizada mentalidade da esquerda e da
extrema-esquerda portuguesas, para quem a iniciativa privada é sinónimo de
trafulhice e a boa propriedade é apenas a que tem gestão pública, é uma
desgraça nacional.
Esta mentalidade explica muito bem o atraso
atávico de Portugal, que não fez a Revolução Industrial a tempo com medo de
perder os campos, que atrasou o caminho de ferro por receio das importações,
que condicionou a indústria para evitar que a produção de riqueza fugisse ao
controle do estado, que nacionalizou a propriedade privada porque ela tinha que
ser de «todos» e não somente de «uns poucos» e que tem medo que as pessoas tenham liberdade para escolher a educação que querem, a saúde que querem, a segurança social que querem.
O pretexto é sempre o mesmo, e é miserável: «no privado é para alguns (…) e no público é para os que menos podem».
A esquerda e a extrema-esquerda portuguesas têm
medo da liberdade e querem impedir que as pessoas possam crescer e progredir
sem terem de andar de mão estendida à espera que o estado se lembre delas. Não
acreditam que não se possa deixar ser miserável ou pobre toda a vida, e não se
tenha de estar condenado ao assistencialismo do estado. A esquerda e a
extrema-esquerda portuguesas têm medo da liberdade. Nem Salazar, que queria
Portugal e os portugueses a viverem «habitualmente», pensava tão mal do seu
país.
Título e
Texto: Rui A., Blasfémias, 8-8-2015
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