Só em caixões foram gastos R$ 12.160.000,
ou R$ 323 por unidade. Esse total é R$ 4,2 milhões superior ao despendido em
2019
Branca Nunes e Artur Piva
Em 23 de abril, quando a capital
paulista contabilizava 3.316 óbitos por coronavírus, o prefeito Bruno Covas [foto] decidiu antecipar-se à multiplicação das mortes — e lançou o “Plano de
Contingenciamento Funerário”. Além de comprar 38 mil urnas funerárias, 15 mil
sacos para transporte de cadáveres e 15 mil mantos protetores, Covas determinou
a abertura de 13 mil sepulturas nos cemitérios da cidade.
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Foto: Mister Shadow/ASI/Estadão
Conteúdo
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Só em caixões foram gastos R$
12.160.000, ou R$ 323 por unidade. Esse total é R$ 4,2 milhões superior ao
despendido em 2019, quando cada urna das 72.579 compradas pela prefeitura
custou R$ 207.
“O objetivo do plano é atender
o aumento da demanda em decorrência de óbitos da covid-19″, informou uma nota
da prefeitura. “A nossa preocupação é de estarmos preparados para organizar e
minimizar a dor das famílias, para que elas possam dar um sepultamento digno
aos entes que serão perdidos”, acrescentou Covas.
Passados pouco mais de
cinquenta dias do lançamento do plano, o boletim epidemiológico divulgado nesta
terça-feira, 16, registrou 5.772 óbitos por covid-19 desde o começo da
pandemia. Ou seja, um aumento de 2.456 mortes desde 23 de abril. Em maio,
morreram 9.890 paulistanos, cerca de 30% a mais que nos anos anteriores.
Restam mais de 28 mil caixões
à espera da próxima vítima. A prefeitura ainda não explicou por que terá de
gastar com cada morto deste ano R$ 116 a mais do que gastou em 2019.
Título e Texto: Branca Nunes
e Artur Piva, revista Oeste, 17-6-2020, 16h57
É um bocado como o mítico Odorico Paraguaçu que construiu um cemitério e depois desesperou para que alguém o estreasse.
ResponderExcluirNÃO SÃO CAIXÕES SÃO CAIXAS DE COMPENSADO.
ResponderExcluirOS CORPOS DEVERIAM SER CREMADOS.