Aparecido Raimundo de Souza
VIVEMOS UM MOMENTO ÚNICO. Um momento restrito, peculiar, incomum. Respiramos dias e horas
obscuras, mastigamos infortúnios que jamais imagínávamos fossem chegar até nós.
Além de contarmos os ladrões e flibusteiros, mundo afora, picaretas e filhos da
puta em brazzzilia, agora nos divertimos também em contarmos carneirinhos
(carneirinhos, aqui, vistos e entendidos como jazigos), ou, se as senhoras e os
senhores preferirem, buracos abertos (a maioria em “covas solidárias”) para
enterrarmos amigos, vizinhos, parentes e até pessoas que nunca fizeram parte do
nosso convívio; menos ainda do nosso cotidiano.
Até bem pouco tempo atrás, nos limitávamos, ou nos restringíamos em
alardearmos larotas e fanfarrices. Nos
atínhamos, em paradinhas nos finais de noite, nos bares das esquinas, antes de
chegarmos em casa. Éramos felizes jogando partidas de sinuca, palitinhos ou bolas de pau. Nos livrávamos dos estresses
tomando umas geladas com os companheiros de sempre. Hoje, os bares das esquinas
se fecharam em sisudas portas aldraveadas, sem dia para reabrirem aos sorrisos
de seus frequentadores. As partidas de sinuca e os certames das bolas de pau,
se trancaram amedrontadas em cantos e recantos escondidos.
Para completar a nossa vida de palhaços de carteirinha e sindicato, nos
vimos obrigados a usar aquela venda, tipo a que a puta da justiça usa nas
vistas, com a diferença de que a puta da justiça continua bem mais puta e
safada. A infeliz adora tomar no pescoço em francês, uma vez que resolveu se
dar, ou se doar, aos deuses intocáveis do “olimpo”, ou dito de forma mais
transparente, para que os leitores entendam (se permutar ou se vender àqueles
senhores “cavaleiros da suprema corti do colegiado cagado maior, esses, não
outros, senão os mi’SI’nistros que por lá chafurdeiam).
Devemos lembrar que os ratos de esgoto daquele “Parlajumento”, não podem
ser melindrados, magoados, ofendidos ou
escandalizados... Afinal de contas, eles são deuses (ainda que de merda
fedorenta), mas soberanos, seres
poderosos, assim como o STF, ou “Superior Tribundal de Falcatruas”, o seu maior
palco para ruminarem “certas ações” em desfavor da sociedada e até do Executivo
em exercício. No STF, as desgraças e os cânceres abundam com seus traseiros
sujos. Eles gozam da “sombra das leis”. Carregam, no peito, o crachá pomposo dos ilibados e acima de
quaisquer suspeitas. Tudo em nome de uma bosta que conhecemos por constituição
federal, ou de forma mais povão, “desconstituição fedemal.
Alías, caríssimos, a constituição, fede a carniça, catinga à coisa podre.
A catinga da caatinga que nos perdoe.
Voltando ao foco, antes ríamos, contávamos piadas, troçávamos dos
políticos, dos perús empanados, tipo Sergio Moro, do magrelo e desbundado
Rodrigo Maia, do Davi Alcolumbre, enfim, de uma caralhada de sujeitos
suspeitosos... Agora computamos cadáveres, enquanto o “Estrado Derrocrático de
dirreito”, ou “Estrado Demoniacrático de Direito” tenta nos colocar, além da
venda, ou da birosca em nossos fucinhos, nos impõe sobre vara, a ficarmos em casa, trancados iguais
animais num zoológico construído às carreiras,
esperando Chico Buarque e a sua bunda, perdão, a sua banda passar.
Coisa de trinta ou quarenta dias passados, pasmem, não contabilizávamos vidas.
Preferíamos preservá-las. Hoje, entre outras coisas, perdemos a oportunidade de
velarmos nossos entes queridos, de enterrarmos nossos mortos em nome de um
Estado que se diz, que se afigura, um Estado Democrático de Direito, que
preserva tudo, tudo, menos a porra do ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. Vivemos,
ou melhor, vegetamos, a bem da verdade, num planeta onde nos tormamos robôs,
nos transformaram em autômatos, em seres sem vontade própria, sem poder de
decisão. Somos velhas linguiças para cachorros quentes, azeitonas para empadas,
pior, merdas para serem jogadas nos ventiladores da raia míuda...
Em resumo, nos metamorfoseamos num bando de paus mandados. Um imenso
barco de Arrelias e Carequinhas navegando, a esmo, em proceloso mar revolto.
Nos quedamos, pés e mãos atdos, num punhado de Chaves, de Patatís e Patatás,
igualmente de Piolins e Tiriricas, Gerónimos Medranos e outros tantos Grens Littles. Bem sabemos, o
que manda nesse proletariado de tolos e babaquaras, o que dá as ordens e as
cartas à essa chusma de operários de ingênuos e simplórios, é a Casa do Capeta,
ou (STF) e seus milhares de Tinhosos com
espíritos devoradores, sem tirar nem pôr, evidentemente com as suas inocentes e
meigas carinhas de divindades. Entre mortos e ferdos, viva o
“ESTRADO DEMOCRACRACRATITICA-TI-TI-CO DE DIRRRREITO”.
Título e Texto: Aparecido
Raimundo de Souza, de Vila
Velha, Espírito Santo. 5-6-2020
Colunas anteriores:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-