"Espero que os especialistas da OMS não se tornem uma ferramenta para espalhar mentiras", relata o parente de uma vítima chinesa da covid-19
Artur Piva
Em Wuhan, os parentes de vítimas da covid-19 estão sendo impedidos de conversar com membros da delegação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que estão no local. A equipe foi enviada para investigar a origem do Sars-CoV-2, o novo coronavírus que se espalhou pelo Mundo. Os trabalhos começaram nesta quinta-feira, 28, depois que os funcionários da entidade passaram pelos 14 dias de isolamento impostos pelo governo chinês.
Da esquerda para a direita: o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesu e o presidente da China, Xi Jinping. Fonte: Xinhua |
As autoridades da China deletaram um grupo formado por parentes dos mortos que funcionava no WeChat — versão chinesa do WhatsApp. Membros de cerca de 100 famílias participavam dele. “Eles temem que os familiares das vítimas possam se encontrar com a equipe da OMS e, sem qualquer aviso, desmantelaram nosso grupo WeChat durante a madrugada”, relata Zhang Hai. “Espero que os especialistas da OMS não se tornem uma ferramenta para espalhar mentiras”.
De acordo com a Agence
France-Presse, sob a condição de anonimato, um integrante do grupo contou ter
recebido instruções explícitas de agentes do governo chinês para não “falar com
a mídia ou ser usada por outras pessoas”. Uma mulher relatou ter recebido o
mesmo aviso, seguido de 5.000 yuans [R$ 4,2 mil] como “pagamento de
condolências”.
Título e Texto: Artur Piva,
revista
Oeste, 29-1-2021, 13h09
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Podemos falar sobre tratamento precoce?
Igor Araujo
ResponderExcluir@igoraraujojj
A imprensa fala da mutação amazônica, mutação britânica, mutação sul-africana, mutação brasileira....
Mas se falar vírus chinês vc está errado.