Grupo de empresários quer importar 33 milhões de doses
Andreia Verdélio
O presidente Jair Bolsonaro
disse hoje (26) que o governo federal apoia a iniciativa de empresários de
importar, por conta própria, vacinas contra a covid-19 para imunizar seus
funcionários. A afirmação ocorreu durante participação, por videoconferência,
em um seminário sobre investimentos na América Latina, realizado pelo
banco Credit Suisse.
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Foto: Marcos Corrêa/PR |
“O governo federal é favorável
a esse grupo de empresários para levar avante sua proposta para trazer vacina
para cá, a custo zero, para o governo federal, para imunizar 33 milhões de
pessoas. No que puder essa proposta ir à frente, nós estaremos estimulando
porque, com 33 milhões de doses de graça, ajudaria e muito a economia e para
aqueles que queiram se vacinar o façam para ficar livre do vírus”, disse
Bolsonaro.
O presidente explicou que, na
semana passada, o governo foi procurado por empresários para que fossem
importadas 33 milhões de doses da vacina de Oxford.
Desse total, metade seria
incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS), e disponibilizada à população de
acordo com os critérios do Ministério da Saúde, e a outra metade seria
utilizada pelas empresas de acordo com critérios próprios. Segundo o
presidente, o governo assinou uma carta de intenção favorável à medida.
“Já somos o sexto país que
mais vacinou no mundo, brevemente estaremos nos primeiros lugares, para dar
mais conforto à população, segurança a todos e de modo que a nossa economia não
deixe de funcionar”, disse, destacando que o governo editou medida provisória, no ano passado, destinando
R$ 20 bilhões para a compra de vacinas.
Atração de investimentos
Durante seu discurso, Bolsonaro reafirmou o compromisso com o teto de gastos públicos e disse que o governo quer acelerar as privatizações e reformas para incentivar e facilitar o trabalho da iniciativa privada na recuperação da economia, após a crise gerada pela pandemia de covid-19.
“Manteremos firme o
compromisso com a regra do teto de despesas como âncora de sustentabilidade e
credibilidade econômica. Não vamos deixar que medidas temporárias relacionadas
com a crise se tornem compromissos permanentes de despesas. Nosso objetivo é
passar da recuperação baseada no apoio ao consumo para um crescimento
sustentado pelo dinamismo do setor privado”, disse.
Segundo o presidente, o
trabalho desenvolvido pelo governo visa à atração de investimentos estrangeiros
diretos, principalmente para projetos prioritários na área de
infraestrutura.
“Pretendemos acelerar os
leilões de concessões e privatizações, em especial no âmbito do Programa de
Parcerias de Investimentos, o PPI, que tem uma carteira de projetos
estratégicos de longo prazo, baixo risco e com taxas de retorno atraentes e
estáveis”, frisou.
Mudanças
Além disso, Bolsonaro afirmou
que entende os problemas estruturais da indústria brasileira e global e disse
que está empenhado em realizar mudanças nesse setor “com pensamento estratégico
e redefinição de vínculos das cadeias produtivas globais”.
A agenda de reformas no
Congresso Nacional e a ascensão do Brasil à Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) também continuam como prioridades na agenda do
governo federal, segundo o presidente.
“Seguiremos defendendo a ampla
concorrência, o livre comércio, a modernização do Estado, os valores
democráticos e o combate implacável à corrupção. Já estamos vendo reflexos
muito positivos e contamos com apoio da iniciativa privada para consolidarmos
um novo ciclo de desenvolvimento e prosperidade em nosso país. Contem com nosso
empenho para trilhar o caminho da abertura econômica e facilitação dos
comércios e investimentos”, disse.
Título e Texto: Andreia
Verdélio; Edição: Kleber Sampaio – Agência Brasil, 26-1-2021, 11h31
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