quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Entregues a imbecis

Rui Albuquerque

Fui, hoje de manhã, a uma FNAC.

As FNAC são dos raros estabelecimentos comerciais onde o vírus não entra ou, se entra, não se transmite. É isso que se pode depreender dos decretos do atual estado de emergência.

No interior do estabelecimento tudo estava acessível para ser manuseado e adquirido, inclusivamente os livros, que até a passada segunda-feira eram altamente transmissíveis da covid.

Tudo? Bom, tudo tudo também não: num canto recôndito da loja, uma pequena área estava isolada por um cordão. O que continha ela? Jogos, jogos de tabuleiro, conhecidos como «jogos de sociedade». O que viu o legislador de muito perigoso nesses materiais? Não é preciso pensar muito para atingir a sofisticada inteligência da medida: os jogos de sociedade jogam-se presencialmente com outras pessoas; quem os compra compra-os para jogar; logo, proibindo a sua venda, diminui-se radicalmente o perigo de contágio pelos jogos sociais.

Estamos entregues a imbecis.

Título e Texto: Rui Albuquerque, Blasfémias, 18-2-2021

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