Alexandre Garcia
Eu nunca tinha visto um 1º de maio como foi esse sábado. Eu nasci em 1940. Ainda peguei um restinho da ditadura Vargas fazendo grandes festas na data no estádio São Januário, do Vasco. E depois, no segundo governo Getúlio, eu lembro das festas nos círculos operários. Mas nunca vi nada igual ao sábado. Foi uma apoteose na Avenida Paulista, totalmente cheia, na Esplanada dos Ministérios, em Copacabana.
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Belém, Pará, 1-5-2021. Foto: Marx Vasconcelos/Estadão Conteúdo |
Fica aqui o registro da manifestação popular. Ninguém fez propaganda em órgãos tradicionais da mídia, ninguém anunciou, ninguém falou, a não ser nas redes sociais. E foi essa surpresa, essa explosão de manifestação de pessoas de todas as idades que saíram de casa para se expressar.
Um esforço diplomático
Por fim, queria registrar o
trabalho que teve o presidente da República. E vamos fazer Justiça. Foi o então
secretário de Comunicação Fábio Wajgarten que levou ao presidente as
preocupações sobre o motorista do então jogador do Spartak, Fernando, que agora
está na China.
O motorista levava para o
sogro do jogador o remédio Mytedom, o cloridato de metadona, que é para dor. E
também serve para as pessoas que estão passando por desintoxicação de droga.
Mas no caso, era contra dor. Ele é liberado no Brasil e custa baratinho, mas na
Rússia é proibido e ele pegou uma pena de três anos de prisão. Já estava há
dois anos na prisão. O presidente entrou nessa, o Itamaraty, o prefeito de Moscou, o jogador Felipe Melo, e
por fim Putin. Conseguiram um perdão para ele, voltando ao Brasil nessa semana.
Título e Texto: Alexandre
Garcia, Gazeta do Povo, 2-5-2021, 22h18
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ResponderExcluirOrganizadores estimam que atos chegaram a 500 cidades e explicam significado do “eu autorizo”."